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Oi, passando aqui antes para avisá-los que esse capítulo contém cenas de tortura. Não recomendados para pessoas muito sensíveis.

Boa leitura!




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— O que você fez com ela? — Perguntou Bruno, a voz levemente alterada. 

Bruno direcionou os olhos para mim, analisando o meu corpo de cima a baixo com preocupação. Os seus olhos desceram do sangue da minha testa para o hematoma avermelhado em meu pescoço, seus olhos ficaram esbugalhados e foi como se uma fúria tivesse possuído seu corpo. 

— O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? — Ele gritava, puxando as barras de ferro, tentando arrancá-las. — EU VOU TE MATAR SEU DESGRAÇADO. EU VOU...Sophie? 

Eu não sabia o que dizer, estava sem palavras. Sentia-me tonta pela batida na cabeça e extasiada por estar vendo meu melhor amigo preso na cela ao lado da que eu estava. Bruno repetia o meu nome e tudo o que eu fazia era encará-lo. 

“Que seja uma alucinação pela batida, por favor, que seja…”, pensei enquanto fechava os olhos com força. Ah, como eu desejava. Mas era real, Bruno ainda estava lá quando abri os meus olhos. O ar começara a me faltar e tudo começou a girar, o choro veio com força e tudo o que eu conseguia dizer e voltar a dizer era: Não.

Ele não podia estar lá. Não ele. 

Eu não percebi quando Nick marchou até mim, só percebi quando meu cabelo foi tomado pela sua mão novamente, puxando com força. Eu soltei um grito de dor. Bruno gritou com ele. O meu rosto teve a sua lateral pressionada contra as barras frias de ferro e naquele momento eu tive Bruno a centímetros de mim. 

— É ELE? — Berrou Nick, ainda se referindo ao pai da criança. — Responde agora mesmo ou eu vou matá-lo na sua frente. 

O meu coração estremeceu junto com minhas pernas quando ele rosnou em meu ouvido. Eu fechei os olhos, fazendo uma careta pela força que Nick me prensava contra o ferro. Bruno ficou confuso, não sabia do que ele estava falando. 

— Deixe ela em paz. — Pediu Bruno. — Por favor, só… faça o que quiser comigo, apenas deixe-a em paz. 

Bruno implorou com os olhos inundados pelas lágrimas. Ele encostou na barra e por um segundo senti o calor do seu corpo antes de ser puxada para longe. Nick fitou-me furioso, voltando a repetir que se eu não dissesse a verdade a ele naquele exato momento, Bruno estaria morto. 

Eu olhei para o meu melhor amigo, que chorava enquanto me olhava com tanto amor. Eu não podia deixá-lo morrer, mas também não tinha como contar a Nick sobre a paternidade daquele bebê porque eu não tinha certeza. Eu podia estar de mais de cinco semanas como também poderia ser de três. 

Alex ou Bruno? Aquela resposta era uma das coisas que talvez eu jamais teria. 

Eu olhei para meu amigo e forcei-me a engolir o choro, assim que Nick soltou meu cabelo, sequei as lágrimas e com firmeza no olhar, fitei Nick. O meu coração estava batendo como louco em meu peito, mas eu tinha que fazer alguma coisa… dizer alguma coisa. Eu estava com medo, mas não podia ser aquela garotinha assustada o tempo tempo. 

— Se alguma coisa acontecer com ele, você nunca vai descobrir. — Disse, tentando deixar a minha voz firme.

Sua sobrancelha esquerda ergueu, sua respiração ficou mais pesada. Eu olhava para ele com seriedade, porém o meu interior tremia com o pânico que sentia dele. E como da última vez, sem aviso prévio tive o meu rosto esbofeteado por ele, o tapa não doera tanto como o anterior, mas ainda assim meu rosto esquentou. 

Desejo ObsessivoWhere stories live. Discover now