Smoke on the water

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— Você sabe nadar? — Indagou Regina ao homem, olhando para ele pelo retrovisor. Estavam parados na ponte mais famosa de Chicago. DuSable. Ou Michigan Avenue, como é conhecida. O homem observou Mills, mas nada respondeu. — Perdeu a língua? Não me lembro de você ser tão tímido. — Balançou a cabeça negativamente e deu um sorriso irônico. De repente, se soltou do cinto de segurança, saiu do carro e foi para o banco de trás do veículo, sentando-se ao lado dele, que olhava para frente, em silêncio. — Eu bem que poderia te jogar aí dentro com carro e tudo, você não acha? — Indagou retórica. — Mas... — Olhou pela janela, observando a linda paisagem do Rio Chicago. — Não teria graça, simplesmente te jogar daqui e acabar com tudo... — Balançou a cabeça negativamente, voltando-se para o homem. — Sem falar que o Rio não merece esse seu... — Fez cara de nojo. — Corpo...

De repente o homem avançou em Regina, pegando-a de surpresa, e começou a apertar, como pôde, o seu pescoço. Mas o ato não durou por muito tempo, pois, após dar uma bela joelhada em suas partes baixas, para desestabiliza-lo, Regina já estava em cima dele, enforcando-o e sorrindo.

— Guarde suas forças... — Deu o aviso. Saiu de cima dele e soltou seu pescoço, ao ver que já estava ficando sem ar.

Em seguida, saiu do carro, retirou seu celular do bolso e o escondeu por entre as barras de segurança da ponte. Ela voltaria para buscar depois. Estava escondendo o aparelho para que ninguém conseguisse encontrá-la antes de fazer o que queria com o homem.

•§•

— O que você está fazendo aqui? — Questiona Humbert, de cenho franzido, assim que vê Mike entrar no Departamento, quando deveria estar na rua, levando o prisioneiro para outro Departamento.

— O que aconteceu? — Emma indagou ao ver o homem chegar todo agitado.

— Regina... — Apontou para fora. — Ela...

— Fala de uma vez. — Eric pediu, impaciente com o gaguejo do parceiro.

— Ela saiu com o prisioneiro. — Disse finalmente. Graham colocou as mãos na cabeça, desesperado.

— Por que você deixou? — Emma indagou, nervosa.

— Porque eu não queria que ela fizesse aquela massagem em mim. E além de tudo, eu sou seu subordinado. — Defende-se.

— Ok! Não vamos perder tempo. — Graham se aproximou do primeiro computador que viu em sua frente. — Vamos localiza-la. Quanto mais rápido encontrarmos ela, menos besteiras, ela pode fazer.

•§•

— Sabe... — Regina quebrou o silêncio dentro do carro. — Eu estou me perguntando... — Observou o homem pelo retrovisor, e ao ver que o mesmo não lhe dava atenção, freou bruscamente, fazendo-o cair de cara nos bancos da frente. — Preste atenção em mim quando eu estiver falando com você. — Disse entredentes. Esperou que ele respondesse algo, mas seus lábios nem se moveram. — Ô porra, você não tem língua? — Virou-se para trás, vendo-o encarar-lhe em silêncio. — OK! — Deu um sorrisinho. — É bom que guarde sua voz mesmo... — Virou-se para frente de novo, botando o carro para andar novamente. — Você vai precisar muito dela para o que faremos em alguns minutos.

Tempos depois e Mills estava estacionando o carro em frente a uma casa de modelo antigo e que parecia abandonada, em uma Rua de Dearborn Homes. Um dos bairros mais pobres de Chicago.

Segurou nas algemas postas no braço do homem, tirou-o do carro, batendo a porta com bastante força, e o puxou em direção a entrada da casa.

— Já aviso que essas quatro casas... — Apontou para duas residências do lado esquerdo, e duas do lado direito do imóvel em que eles estavam entrando. — Não tem moradores... Ou seja... — Parou de repente, segurando a maçaneta da porta, que já se encontrava aberta. — Pedir por ajuda não vai te salvar... — E o puxou novamente.

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