Sing

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— Mentiroso! — Grita Kirby ao telefone, em uma conversa com o assassino.

— Eu não disse que estava no SEU armário. — Rebate com tom irônico.

— O que está acontecendo? — Jill sussurra a indagação para Kirby, que ignora completamente a amiga, e volta seu olhar para a janela atrás dela. Ou melhor, para a janela do quarto da amiga que estava conversando minutos antes.

Quando Jill percebe para onde a loira olhava, vira-se para olhar também, e se surpreende quando vê o assassino atacando sua amiga e vizinha, com um facão na mão.

O "cara de fantasma" a empurra na parede, perfura sua mão, que estava em posição de defesa, a empurra novamente, em cima de uma cômoda, e a ataca mais uma vez.

Emma dá um grito, completamente assustada com a cena, e se joga em cima de Regina, escondendo seu rosto no pescoço da amiga, que se acabava de rir de seu medo, ao mesmo tempo em que se aproveitava da situação, e a agarrava ainda mais. No processo, Emma derrubou metade da pipoca que comiam, no chão.

Sidney então, que estava no quarto ao lado das garotas, lendo um livro, deitada na cama, ao ouvir a gritaria das meninas, levanta-se num pulo, e saí correndo em direção ao quarto de Jill. Quando abre a porta, vê as meninas gritando pela janela, e corre até as mesmas, vendo então, Olivia Morris, ser esfaqueada até a morte, dentro de seu quarto, e depois ser pendurada em sua janela.

— Essa mulher é uma gata. — Mills comenta, enquanto observa a protagonista do filme, Sidney Prescott, correr pela casa da tia, até a da vizinha. Swan afasta a cabeça do ombro de seu ombro, e olha para a tela, para analisar a mulher, alvo dos comentários da morena. — E muito gostosa também. — Acrescenta, passando a língua por seus lábios. — Olhe esse corpo... — Aponta para a TV. — E esses peitos, então? — Emma, incomodada com os comentários de Regina, revira os olhos e dá uma tapa em seu braço. — Ai... — Desvia sua atenção do filme, e olha para a loira, passando a mão no local agredido. — O que foi? — Indaga, fingindo inocência.

— Presta atenção no filme. — Pede séria, e volta a olhar para a tela da TV, sem perceber o sorrisinho que Mills deu. — Na verdade, eu prefiro que tire. — Diz, já se levantando, sem focar os olhos na TV, pois havia visto segundos antes, que nesse momento, a mulher que Regina tanto comentara, — Sidney — estava agachada no portal da porta do quarto da garota Olivia, e a mesma estava em cima da cama, completamente ensanguentada, e com as tripas para fora.

— Ei, eu gosto desse filme, não faz isso... — Reclama manhosa. — Amo filmes de terror... Talvez esse seja o meu preferido... Por favor, não tira. — Mas, foi a sua súplica foi em vão, pois Emma já tinha apertado no stop e tirado o DVD. — Como é que você é policial e tem medo de filme de terror, hein? — Indagou zombeteira. — Medrosa! — Em seguida, é atingida pelas pipocas derrubas no chão, e algumas almofadas.

•§•

Regina Mills, quando criança e parte da sua adolescência, não gostava de violência. Sempre que escutava um de seus amigos dizer que queria ser policial, ressaltava o quanto não era fã da profissão. Seu sonho era ser cardiologista, pois sempre gostou do órgão que a envolvia, e se via sempre fascinada com a profissão. Seus filmes e livros sempre eram de temas relacionados ao corpo humano. Mas tudo isso mudou, quando em um assalto, ela acabou perdendo o melhor amigo, Daniel, que justamente queria ser policial. Depois da fatalidade, Regina decidiu que em nome de seu amigo Daniel, ela se tornaria o que ele gostaria de se tornar um dia, e de alguma forma, faria justiça em nome do amigo. Jurou que quando começasse a exercer a profissão, iria dar o melhor de si para não deixar nenhum meliante escapar, do que quer que tenha cometido, e só descansaria quando o deixasse atrás das grades. Disse para si mesma, que não queria que outras pessoas sofressem o mesmo que ela sofreu, ao perder o melhor amigo. Ainda mais de forma tão injusta, como ela perdeu.

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