Capítulo 44

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Ânia

  Me sinto presa no chão, fraca, cansada, sem forças. Tem algo errado comigo. Mas o que houve? Não me recordo concretamente, sei que foi por alguma coisa, mas não sei ainda o que foi.

  Desperto e me acostumou ao que vejo e quando minha visão focou um pouco e raciocinando melhor, percebi estar em um quarto de hospital. OK, mas a quanto tempo? O que me fez...
Estava enfrentando meu irmão, dizendo para que tomasse postura correta de alfa e se não fizesse eu mesma o enfrentaria pelo posto, pois o considerava que não estava agindo certo, por conta de seu sofrimento todo relacionado a perda da Nely.
O Black estava lá também e quando meu irmão perdeu a cabeça e me jogou contra a árvore me machucando. Hugo me ajudou e tão segundos seguintes senti algo estranho em meu braço e me senti sem forças alguma. E minha dor estava aumentando por conta do que tinha acabado de me acontecer. Minha dor causada pelo meu irmão. Tudo tinha escurecido rapidamente.

  Agora eu estou aqui. Mas cadê meu irmão? Hugo? Daniela? Sei lá alguém?! O que será que estou perdendo? Conhecendo Jeyson, ele estaria aqui no quarto me esperando acordar. Conheço ele, sei o quão amoroso é comigo, mesmo sendo bruto e grosseiro na maioria das vezes. Deve ter ido comer ou resolver algo...

  Me mexi um pouco na cama e me senti ainda dolorida então parei. Que estranho... Ainda não melhorei? Mas já era para eu estar boa, não consigo entender...
O sono começa a me invadir de novo. Pisco uma vez. Uma segunda e fecho os olhos. Escuto passos chegando perto de mim. Será meu irmão? Não, não é ele, o cheiro e a presença é diferente. Estou com tanto sono.

— posso ajuda-lá a melhorar logo, então farei isso... — uma voz masculina que nunca ouvi antes na minha vida diz que pode me ajudar, mas como? E por que me ajudar?

  Que sensação esquisita, sua voz me agradou. Mas quem é ele?

  Tentei abrir os olhos, mas acredito que por conta de remédios que provavelmente tomei, me deixam assim com tanto sono, meio grogue com tudo. Sem foco agora vi o rapaz a minha frente, ele estava olhando para o lado, parecia checar se não vinha ninguém. Seus cabelos negros pareciam lisos. O sono queria me vencer, não tinha como lutar. Senti algo perfurar minha pele no braço.

— o que está...fazendo? — tentei focar minha visão em seu rosto, após me remexer na cama, mas não consegui.

— acordada? — sua voz grossa parecia surpresa.

— Quem...

  Tentei falar, porém sem que eu percebesse o sono foi maior que a minha vontade de descobrir quem seria esse rapaz desconhecido.

— durma bem.

  Escutei sua voz que não sei como me surgiu um efeito de calma, que se espalhou por todo o meu corpo. Esquisito dizer, mas acho que não corria perigo com ele comigo...

   Ouço o som daquele aparelhinho que monitora os batimentos do coração. Também o som de uma brisa fresquinha e gostosa. Abro meus olhos e me estico, olhando ao redor ainda estou no quarto do hospital. Me sinto melhor, muito mesmo. Não sinto dor e nenhum outro desconforto. Coço meus olhos.

  Enquanto bocejava, um médico entrou com uma prancheta em suas mãos e me olhava curioso.

— impressionante como se curou tão rápido em pouquíssimo tempo desde que chegou aqui. — disse com a voz grossa e surpreso, mas acima de tudo contente.

— acho que obrigada. Me sinto muito melhor. — falou animada.

— por nada, já avisei seu irmão sobre sua melhora tão repentina e surpreendente. Quero só ter certeza que está bem. Faremos exames finais e acredito que em seguida poderá ir embora — anotou alguma coisa na prancheta.

Mais Temido Que Nunca! - Livro 2 (Em Andamento)Where stories live. Discover now