História completa e recomendado para maiores de 18 anos por ter conteúdo sexual. Não permito adaptação.
"Taehyung espera!" ele se virou para trás.
"Não quero que a gente fique assim... vamos nos ajudar."
"A única coisa que você pode me ajudar é com...
O dia tinha se arrastado para taehyung, ele tinha passado o dia todo na cama, não tinha comido, bebido, nem chorado...
ele estava estático, quase como uma estátua. ele se recusava a aceitar o que tinha acontecido. A única coisa que ele conseguia pensar é que ele estava perdido, era como se ele estivesse vivendo em uma casa de cartas que desmoronou.
taehyung não sabia que horas eram, e também não interessava para ele. no quarto escuro ele se perdia em pensamentos ruins.
ele sentia que não tinha lugar pra ir, ele estava desolado. encolhido em posição fetal em sua cama.
primeiro sua mãe, e agora seu pai... ele tinha sido um péssimo filho para os dois, ele tinha falhado como filho, como amigo, como ser humano.
porque as pessoas boas foram levadas e eu que sou uma pessoa tão ruim fiquei?
será que vale a pena viver?
na mesma hora ele pensou em anna, outra pessoa boa que tinha surgido em sua vida, e de repente o medo dela ser levada para longe dele também o aterrorizou com um aperto enorme no coração.
bem na hora houve uma batida na porta do quarto. "taehyung" anna chamou com uma voz suave do lado de fora.
ele não respondeu, mas anna sentiu que ela teria permissão para entrar ali, e foi o que ela fez.
o quarto estava muito escuro, ela quase tropeçou em algo que não reconheceu.
anna andou devagar até a cama, onde reconheceu a figura encolhida do rapaz. o coração de anna doeu tanto que ela teve que se segurar para não chorar.
ver taehyung daquele jeito era pior do que ver ele com raiva, naquele momento ela preferia que ele estivesse gritando com ela, qualquer coisa menos aquele silêncio mortal.
anna se sentou na cama, perto dos pés dele. devagar e com cuidado ela encostou nele, na mesma hora taehyung se encolheu, não porque ele não queria o toque dela, mas porque ele tinha se assustado por um momento.
"anna? você é real?" a voz fraca de taehyung perguntou, não sabendo se ele estava acordado ou apenas sonhando.
anna segurou o soluço na garganta, ela queria chorar, gritar, mas ela precisava ser forte por ele. anna se permitiu deixar uma lágrima silenciosa escorrer.
taehyung estava tão absorto na dor que tinha perdido a noção da realidade. fazia dois dias que ele estava naquele estado, nem banho ele tinha tomado.
"s-sim..." a voz rouca de anna conseguiu responder.
anna sentiu a mão de taehyung agarrar o pulso dela, ela foi puxada em direção da cama, braços a abraçaram por trás.
anna se deixou entregar, pois ela precisava de conforto também. taehyung enterrou o rosto no cabelo de anna, ele precisava do cheiro familiar dela.
"não me deixa" ele disse tão baixo que anna não escutou.
"o que?" ela perguntou.
"n-não me deixe" segurando o choro ele falou dessa vez mais alto e firme.
anna sentiu a dor naquelas palavras, inspirando fundo ela reuniu a coragem que precisava para não chorar mais.
"nunca"
taehyung puxou anna para mais perto, colando o peito dele nas costas dela, os braços dele enrolados na cintura dela.
os dois ficaram assim por uma, duas, talvez três horas, era difícil saber sem luz nenhuma entrando no quarto.
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"eu preciso de um banho..." taehyung disse no automático. anna não conseguiu ficar sem dar um sorriso tímido.
"precisa mesmo" ela respondeu brincando. era claro que o cheiro dele era bom até mesmo sem tomar banho, ele não tinha feito nada alem de deitar na cama, então não tinha mudado muito coisa.
"você me ajuda?" ele perguntou.
"uhum" anna se levantou e o puxou devagar, ajudando o menino a se levantar.
taehyung ficou um pouco tonto, ele não comia ha dois dias. anna até que tinha tentado, mas o corpo dele não aceitava comida nenhuma.
anna ajudou taehyung a se apoiar nos ombros dela, e carregando ele até o banheiro, anna sentou ele no vaso enquanto ela ligava as torneiras para encher a banheira.
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anna esperou a banheira encher com água quente. colocou alguns sais e fez espuma com eles. então se virou para taehyung.
taehyung se levantou devagar, anna segurou ele para que ele não perdesse o equilíbrio. anna sabia que taehyung esperava que ela tirasse a roupa dele.
"eerr..." anna disse.
"só faz" ele a encarou.
devagar anna se liberou de taehyung e colocou as mãos na barra da blusa dele, levantando por cima da cabeça dele, anna tentou se concentrar no rosto dele que também estava focado no dela.
anna já tinha visto taehyung só de toalha, mas nunca tinha estado tão perto dele, seus corpos quase se tocando.
anna engoliu em seco, enquanto taehyung queimava ela com os olhos.
"você vai ter que me ajudar a tirar a parte de baixo também"
anna olhou para o menino desesperada.
"v-você consegue fazer isso sozinho."
ela se virou de costas e esperou ele tirar as calças, taehyung conseguiu sorri um pouco com a atitude de anna, e com isso ele andou até a banheira, entrando na espuma.
a sensação da água quente em sua pele relaxou os músculos que ele nem sabia que estavam tensos.
anna estava prestes a sair do banheiro.
"espera..." anna parou na mesma hora. "fica" ele pediu. "por favor, não sei se quero ficar sozinho de novo"
anna respirou fundo e se virou com cuidado, ela andou até o chuveiro e se sentou no chão ao lado da banheira.
sem dizer mais nada, taehyung fechou os olhos e se permitiu relaxar, e na segurança que anna transmitia para ele, taehyung que ate então não sentia mais nada, voltou a sentir a tristeza e chorou.
mas chorou consciente de que aquele choro era mais um choro de despedida, de... liberdade. ele não poderia ficar daquele jeito, seu pai não gostaria.
anna não olhava para taehyung dando uma certa privacidade para ele, mas ela o ouvia com atenção, os soluços doloridos que ele emitia.
anna esticou sua mão até a banheira e sem hesitar, taehyung a pegou e apertou forte.
"to aqui" anna conseguiu dizer.
e assim os dois ficaram em silêncio, interrompidos as vezes só pelo barulho dos pássaros cantando, lembrando anna e taehyung que o dia tinha amanhecido e que mais um dia tinha chegado e eles ainda estavam juntos.
