INOCENTE TRAIÇÃO

18"Ethan"

Nos dias que se seguiram da minha recuperação, Melissa mantinha a distância, ela evitava falar comigo, voltando a ser aquela garota introspectiva de antes.

Uma tarde resolvi me distanciar da casa, caminhei longe, sabia que logo Richard levaria Doroti ao médico e a casa ficaria vazia, provavelmente Melissa iria com eles, então aceitei minha solidão e meu coração partido e caminhei.

Por fim, cansado da minha caminhada voltei para casa, encontrando Melissa sentada próximo a Lareira tricotando.

Ela parou e me olhou, eu fiz o mesmo, pois fiquei surpreso por ela estar lá.

— Richard e Doroti foram para a cidade?— Perguntei olhando para a porta, a procura de algum empregado próximo.

— Sim, pedi para ficar, não quero ir a cidade, aquelas pessoas... — Melissa estremece, mas não termina a frase.

— Quer cavalgar? — Sorri animado. — Você está livre para montar como quiser! — Levantei as mãos. — Prometo ser apenas seu par para uma boa cavalgada, temos algumas horas para isso.

Seus olhos brilharam e ela olhou para todos os lados vendo se alguém nos escutava, ela veio até mim.

— E se alguém ver? — pergunta temerosa.

— Eu virei na frente quando voltarmos... Se eu assoviar duas vezes, você dá a volta por trás da casa, deixe um vestido na coxia, assim pode vestir a tempo e voltar para casa antes mesmo que eu guarde o meu cavalo.

Melissa dá uns pulinhos e bate palma.

— Não acredito que vou fazer isso, vamos logo! — Ela pega minha mão e me arrasta.

Saímos rindo pelo jardim prontos para a nossa primeira aventura juntos. Demos a volta pela casa, rapidamente selei dois cavalos, entreguei o dela e montei no meu mostrando como é que se faz. Desci e a ajudei a montar.

— Pronta? — Sorri feliz vendo suas bochechas coradas.

— Só me deixe ter uma palavra com ele!? — Não entendi, mas deixei ela fazer o que queria. — Se for picado por uma cobra é muito pedir que não me derrube? — Quase ri de sua pergunta ao cavalo, ela fazia carinho no animal e ele parecia gostar. — Bom, menino! — O cavalo bufou e Melissa riu. — Pronto, agora acho que consigo!

— Muito bem. — Praticamente me joguei na cela num impulso já montando. —Vamos correr, me siga.

Saí em disparada, não muito para correr, mas o suficiente para não perdermos tempo.

Nos embrenhamos na floresta, cavalgando rapidamente entre as árvores, conversando sobre os lugares que andei, ela é bem curiosa e isso me deixava feliz, Melissa era outra pessoa, animada, bochechas rosadas de quem estava feliz.

Depois de muito cavalgar, paramos para deixar os cabelos descansarem e beberem água próximo a uma fonte.

Me sentei no chão e a olhei.

— Sente-se um pouco, logo voltamos, não é tarde ainda. Temos tempo.

Ela sentou-se bem próximo a mim, e sorriu.

— Quero Muito te beijar! — Ela soltou e ficou vermelha até as sobrancelhas. — Mas porque isso parece tão errado e ao mesmo tempo tão certo? — Pergunta levantando sua mão para tocar minha face.

— Porque você me ama. — Segurei em sua nuca e a deitei na grama, afastei seu cabelos colocando atrás da orelha.

Rocei o nariz no dela, brinquei com sua boca e a beijei lentamente, esperando ser repelido e isso não aconteceu e aprofundei o beijo, acariciando seus cabelos e seu braço que senti arrepiar.

— Amo você... Melissa! -— Soltei imediatamente, desejando que aquela sensação de liberdade nunca terminasse, estávamos na nossa bolha e ninguém seria capaz de estoura-lá.

Capturei sua boca novamente, beijando com paixão e luxuria, rolei para cima dela, pressionando o seu corpo contra a grama macia.

— Sim, eu amo você, Ethan! Mas... — Seus cabelos soltaram do prendedor que o mantinha presos e segurei-os acariciando. — Eu não sei mais se quero continuar resistindo a você! Não sou mais a mesma e isso me assusta tanto. — Seus olhos brilharam com lágrimas, ela está se abrindo comigo e me sinto vitorioso e amado.

— Isso é como um poema para os meus ouvidos. — Sorri emocionado e a beijei. — Seja minha...

Pedi voltando a beijá-la, precisava de seu sabor, de seu elixir, suas mãos agora me acariciavam com ternura, seus dedos enterrados em meus cabelos, bagunçando-os, ela me desejava a cada beijo que lhe dava.

Lentamente levantei seu vestido, sentindo a sua pele quente e macia, sua beleza inocente me deixava cada vez mais apaixonado e podia ouvir o canto dos florins saudando o nosso amor.

Toquei seus cabelos, agora éramos só nos dois ali, olhei em seus olhos.

— Seja minha! diz que sim? — Pedi quase em súplica, olhos marejados pronto para o ato a seguir, escreveria mais algumas estrofes em meus pensamentos.

— Tenho medo, Ethan! — Seus olhos assustados me deixa paralisado por um momento.

— Não tenha medo... Eu estou aqui e não vou embora sem você. — Voltei a beijá-la, tirando seu vestido entre nós, me ajeitei sobre ela, sua umidade já era sentida, num gemido desejoso, segurei suas mãos entrelaçando nossos dedos e dei a primeira estocada, tirando de Melissa um gemido e um gritinho de dor e prazer, a beijei, nossas lágrimas se misturaram ao nosso amor, dei outra estocada e ela se derreteu em meus braços, chorando e me abraçando com força, não deixei de me movimentar dentro dela, dizendo em seu ouvido o quanto a amava, ela era minha eu a protegeria.

Senti que me comprimia com força, gozei com ela naquele momento sublime, éramos apenas um, e seriamos um, pelo resto de nossas vidas.

Arfamos quando a olhei, acariciando seu rosto, a beijei ainda chorando, sorri feliz.

— Amo você... amo demais e não te deixarei aqui, amanhã vou comprar as nossas passagens para os Estados Unidos, virá comigo, Melissa. — Pedi ainda ofegante.

— Doris! — Melissa gemeu e colocou a mão no rosto envergonhada. Seu corpo tremia pelo sexo e pelo choro. Seu choro me corta o coração e tento acalmá-la.

— Doris ficará bem... deixe uma carta explicando tudo, ela te ama. — A beijei mais uma vez. — Eu te amo, Melissa Dukan!— Dei risada e rolamos abraçados pela grama, parando com ela sobre mim.— Eu vivi na escuridão por tanto tempo, você me trouxe a luz, e quero que o sol continue brilhando eternamente.

— Você está me prometendo o mundo que eu sempre quis, além de ser um amor real, um que eu escolho amar e não que me obrigam a fazê-lo com a ajuda do tempo. Com você não foi preciso o tempo, eu te amei por livre e espontânea vontade. E mesmo que neste momento nunca mais te visse, ainda sim, eu seria grata... Por ter me dado esses momentos de paz... Eu amo você, Ethan, eu sou sua!

sorri feliz e a beijei com paixão.