OUTRO

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 Mariano se aproximou de mim e olhou nos meus olhos.

A excitação nele era evidente, e ele percebeu o volume que estava em minha calça também.

Ele afagou meus cabelos mais uma vez.

Me puxou para um abraço e encostei minha cabeça em seu peito.

Nossos corpos se encostaram e nossos paus também.

Me afastei novamente e olhei nos seus olhos.Ele deu um passo adiante e colocou a sua mão no meu rosto.Não acreditava que aquilo estava acontecendo....

Sentia seu hálito próximo de mim e o calor do seu corpo. Porém veio a lembrança de Renato e a visão de Antonella grávida. Eu não poderia fazer aquilo, embora eu tivesse desejando.

Abaixei a minha cabeça.

EU: Não Mariano. Me desculpe! Não é certo!

MARIANO: Por que não? Eu quero e pelo o que estou percebendo você também está querendo.

EU: Não quero misturar as coisas, os sentimentos... Você será pai, sua esposa está grávida!

Mariano deu um sorriso e passou a mão em meu rosto, com um gesto de carinho sobre a minha barba.

Me puxou para um abraço e novamente senti o calor do seu corpo e o volume de sua calça. Resolvi sair dali.

Precisava colocar os meus pensamentos e sentimentos em ordem. Saí do quarto e deixei Mariano para traz, em pé, sem falar mais nada.

Aproveitei o restante da tarde visitando alguns lugares de Roma, olhando vitrines, aproveitei para tomar um café juntamente com um pedaço de torta. Observava os turistas que iam e vinham pelas ruas da cidade. Como queria que Renato estivesse ali, naquele momento, ao meu lado. Não adiantava fugir do que sentia. E naquele momento tomei a minha decisão... Não iria prolongar o meu intercambio por mais um semestre. Entraria com o pedido para a Universidade para retornar para o Brasil. Estava com saudades da minha família, da minha terra, dos meus amigos. Queria sentir o abraço da minha mãe, deitar no seu colo e receber o seu cafuné. Queria tentar reconciliar com o meu pai. Queria voltar para o meu curso no Rio e rever os amigos. E o que mais me dava frio na barriga... queria rever o Renato. Será que me perdoaria pela maneira que agi? Será que ele ainda gostava de mim e me queria por perto? Ou será que ele já tinha partido para outra, tentado outro relacionamento?

Definitivamente, eu estava muito carente naquele momento!

Voltei para a casa e Mariano estava lá com Antonella.

Agimos naturalmente diante do "carinho" que rolou a tarde. Comentei com eles sobre a decisão de voltar para o Brasil e eles entenderam a situação da minha carência... rsrs. No dia seguinte procurei o Sr. Salvatore e dei entrada no pedido de retorno. Em um mês estaria de volta para a minha casa. Avisei minha mãe e perguntei se poderia ir para a minha casa no interior de São Paulo. Apesar de meu pai ter dito que não queria me ver mais, iria tentar conversar com ele, pedir seu perdão

(embora achasse que não era necessário).

Mas pai é pai, família é família!

Era início de julho. Faltava um pouco mais de uma semana para retornar. Estava um calor infernal naquela cidade. Mariano disse que era para separar algumas roupas que iríamos no dia seguinte até uma vinícola nas redondezas de Roma e aproveitar para visitar um amigo dele que era proprietário de um hotel.

AMIGO DA FACULDADE (Romance gay) #Wattys2018Where stories live. Discover now