Bianca,o Allan feminino

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Ele me tratava como se me conhecesse há muito tempo e isso me deixava muito bem, muito feliz.

Os amigos também.

Rimos, conversamos e acabamos trocando os números de telefone.

Eles estavam combinando de ir num barzinho no sábado à noite e queriam que eu fosse junto. Fiquei mais animado ainda com o convite. Renato disse que me ligaria no sábado para combinar melhor.

E assim foi.


No sábado de manhã acordei com o meu celular tocando. Atendi meio sonolento e logo escutei a voz de Renato do outro lado da linha.


-Acorda vagabundo! E riu logo em seguida.
-Fala Renato, beleza? Falei olhando para o relógio que marcava 7 e meia da manhã.

Afff queria dormir até tarde, mas não demonstrei isso.


-O que você vai fazer agora Enzo?
-Dormir (eu ri no telefone).


-Nada disso! Vamos fazer uma caminhada na praia? Convidei o Tiago e o Marcos, mas eles não podem ir. Vamos? Passo aí na sua casa para caminharmos juntos.


Meio que contrariado aceitei o convite, pois além do Renato estar super animado, eu estava gostando do convite e da oportunidade de estar ao lado dele.

Levantei correndo e tomei um banho.

Enquanto me vestia o interfone tocou.

Já era Renato (ele realmente morava perto, que dava umas 6 quadras de onde eu morava). Pedi que ele subisse, pois iria terminar de me arrumar e comer algo, pois saco vazio não para em pé.


Renato elogiou o apartamento, a decoração e minha organização. Fiz um suco de laranja, preparei uma omelete e um pão na chapa e ofereci para ele. Renato não recusou, pelo contrário, atacou a comida.


-Que delícia cara! Saí de casa sem comer nada. Estava pensando comer algo na praia, mas este café está ótimo!


Fiquei feliz com o elogio!

Depois saímos para a nossa caminhada que durou por volta de duas horas e meia, afinal paramos várias vezes para sentar e conversar.


- Enzo, reparei que você chega e vai embora da aula de táxi. Você não tem carro?


-Tenho sim, porém ainda não tenho confiança no trajeto. Mas pretendo, em breve, começar a ir com meu carro.


-Se quiser você pode começar a ir comigo, afinal moramos próximo. De vez em quando meus pais me levam, mas a maiorias das vezes vou dirigindo mesmo. Assim aproveito e já te explico alguns trajetos mais fáceis.


-Ok,pode ser! E hoje, como faremos?


-Passo para te pegar na sua casa às 21hs. Vou com meu carro, assim já te mostro alguns lugares bacanas aqui no Rio;

-Beleza!


Na volta da caminhada Renato admirava as turistas, falava como elas eram lindas.

Aproveitei para perguntar do seu namoro com a Bianca e fiquei sabendo que eles estavam juntos há 7 meses, porém brigavam constantemente pelo gênio forte dela.

Ela era muito ciumenta e policiava ele, as suas amizades e tudo que fazia.


Ao chegar em frente ao prédio que morava convidei Renato novamente para subir, mas ele recusou.

Novamente repassamos o combinado da noite e deixamos tudo certo. Subi. Eu estava eufórico pela amizade que estava fazendo com ele, o quanto ele estava sendo atencioso comigo. Realmente estava me cativando. Passei o dia contando as horas para chegar a noite.


No horário marcado Renato me manda uma mensagem no celular falando estava lá embaixo me esperando. Desci rapidamente e quando abro o portão vejo que a Bianca estava dentro do carro.

Confesso que desanimei na hora, porém não deixaria ela estragar a noite.

Realmente eu não tinha ido com a cara dela.


No trajeto Renato foi me mostrando alguns pontos do Rio, falando das baladas e barzinhos. Chegamos no local combinado com o Marcos e o Tiago. As outras meninas também estavam lá (Alana e Sabrina). Elas sim eram simpáticas e animadas, assim como os rapazes. A noite foi muito animada, dançamos, bebemos, conversamos sobre tudo e um pouco.


Todos gostavam de estar ao lado de Renato e eu também estava gostando cada vez mais. Os amigos, com exceção da Bianca, me deixaram super a vontade, me acolheram ao grupo.

E assim transcorreram os primeiros dias de aulas.


Passei a ir para a Universidade junto com o Renato. Algumas vezes fui dirigindo seu carro e ele indicando o caminho. Adorava as aulas de terça, pois ele estudava comigo. O pessoal da minha sala admirou por ter feito amizade com os veteranos. Durante o intervalo, na entrada e na saída ficava com eles.


Última sexta do mês (véspera do Carnaval), cidade do Rio lotada de turistas. Meus pais queriam que eu fosse para Pernambuco para passar o feriado, mas recusei falando que queria passar meu primeiro carnaval no Rio. Renato passou para me pegar e irmos para a aula. Quando entrei notei que ele estava diferente, mais triste.


-O que aconteceu Renato?


- Tá dando para notar?


-Claro que tá, você sempre é alegre de manhã. Posso te ajudar em alguma coisa? Aconteceu algo?


-Eu e Bianca brigamos mais uma vez. Ela fica com esse ciúme besta, e isso tá me deixando mais louco ainda. Ontem discutimos feio. Foi a pior briga que tivemos desde que começamos a namorar.
Olhei para ele e percebi que realmente ele estava muito triste.

AMIGO DA FACULDADE (Romance gay) #Wattys2018Onde as histórias ganham vida. Descobre agora