ROMA

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Cheguei em Roma disposto a deixar a tristeza dos últimos acontecimentos para trás. Disposto a encarar o primeiro semestre de intercâmbio estudantil com todas as minhas forças e, se possível, prorrogar por mais um semestre.

Cheguei no aeroporto e o responsável pelos alunos intercambistas (Sr. Salvatore) já estava esperando.

Da minha universidade fui somente eu, pois o outro estudante para quem ofereceram não aceitou.

Junto com o responsável já estavam dois alunos mexicanos que tinham chego um pouco antes e três brasileiros que tinha ido por meio de uma Faculdade da região do nordeste.

Ficamos por mais uma hora no aeroporto para recepcionar dois estudantes que chegariam do Chile.

Era manhã e aproveitamos para nos conhecer.

Confesso que na questão beleza nenhum dos intercambistas me chamou a atenção, porém todos eram muito simpáticos e alegres.

Mas os italianos, ahhh os italianos...

Por mais que eu tivesse com o meu coração partido por causa do Renato, não pude deixar de notar na beleza dos homens daquele país.

A gente nem sabe para que lado olhar e além da beleza,sabe o que mais chama a atenção?

O estilo.

Os homens se vestem muito bem! Mas a beleza é indescritível. Tem para todos os gostos, são simpáticos e alegres, ao cumprimentar te beijam no rosto e gostam muito de falar.

Com a chegada de todos e após todos os tramites no aeroporto partimos em direção a Universidade para a regularização de toda a documentação e para conhecermos o local.

No caminho aproveitei para vislumbrar a beleza daquela cidade.

Parecia um sonho!

Por um momento desejei que Renato estivesse ao meu lado vivenciando tudo aquilo comigo e, por mais que estivesse tentando deixar as lembranças do Brasil para trás, era inevitável não pensar nele, afinal, por mais que ele tivesse me traído, eu ainda o amava intensamente.

Minha vontade era pegar o meu celular, que não funcionava naquele país, e ligar para ele. Eu tinha que parar de pensar nele, senão seria insuportável a minha estadia na Itália se tivesse que sofrer com a ausência do Renato. Ele era passado e tinha que apagá-lo da minha memória e coração.

Após conhecermos a Universidade, que era um belo local, fomos apresentados para os "nossos familiares" italianos, que já estavam nos esperando por lá. Cada intercambista moraria na casa de uma família, de modo a facilitar a adaptação ao idioma italiano e aos costumes daquele país.

E é aí que entra os personagens principais da minha estadia em Roma.

Fui apresentado para a "minha família", que na verdade não passava de um casal. Antonella era a esposa, uma jovem mulher por volta dos 37 anos, cabelos castanhos claros, olhos verdes, proprietária de uma pequena loja de roupas e um detalhe: ela estava grávida. O seu marido era Mariano, um belíssimo exemplar de italiano, de 38 anos, funcionário de uma grande empresa italiana, pele queimada de sol, uma barba bem feita, olhos verdes também, cabelos castanho escuro, um corpo na medida certa (nem magro e nem gordo), um sorriso encantador e uma elegância no modo de se vestir.

Ambos eram muito simpáticos e me receberam com muita alegria. Não tive dificuldades de comunicação, afinal já tinha um prévio conhecimento do idioma, embora travasse em algumas palavras.

AMIGO DA FACULDADE (Romance gay) #Wattys2018Where stories live. Discover now