Lapso da Escuridão

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Voltei depois de 84 anos...
Vou explicar a demora, lá em baixo ♥
Boa Leitura Eternals ✝

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Louis ✝

Bati duas vezes na porta da casa da minha avó, meu olhar passava por todos os lados, era como se alguém estivesse nos vigiando. Harry apertava meu ombro, como se estivesse fazendo uma massagem, respirei mais que uma vez. A cena ainda estava me vindo em mente, uma dor incapaz de ser sentida. As trevas queimando sua alma, as mãos, pessoas frias e medonhas, puxando você para baixo, quando você luta de várias formas para poder conseguir subir e alcançar a luz que está distante.

Eu não vou esquecer do que me aconteceu, naquele quarto, não vou dormir bem, como antes, tudo me causa pânico.

Quero fugir para não voltar mais, quero poder enfrentar o que me impede, mas simplesmente, não consigo.

O escuro, ele realmente está me fazendo inferior, quem me cerca, é como um inimigo que não conheço.

Mantendo meu foco, nos passos que vagam pela madeira que rugia, da casa da minha avó. Camila olha para mim e Harry, sorrindo, em seguida para a porta, cujo é aberta. Mas não é a minha avó que estava ali, me surpreendi ao ver Johannah parada do outro lado.

— Mãe? — Indago, dando um passo para trás — Aonde está a minha avó?

Perguntei porque Johannah estava com os olhos vermelhos, não queria pensar no pior. Mantive a calma, assim como controlei a respiração.

— Ela está fazendo um chá, disse que era para mim vir abrir a porta para você e seus amigos. — Ela disse — Você não deveria estar na morada?

Mordi os lábios, com a minha mãe ali. Tudo seria mais complicado, ainda mais porque ela é bem cismada com as coisas, não temos muitas boas lembranças juntos, afinal, eu quase a matei, quando percebi que estava me transformando em um... Monstro?

— Preciso falar com a minha avó, se permite. — corto o assunto que quero evitar.

— Podem entrar, todos vocês. — Sem fazer muitas perguntas, minha mãe, abre passagem.

Camila adentra a casa, em seguida eu, mas paro, virando-me para Harry que parecia recluso.

— Você não quer entrar? — minha mãe pergunta sem entender nada.

Passei os dedos, entre os fios do meu cabelo. Harry só poderia entrar, caso, minha avó, dona da casa, o convidasse.

Pensar nela, naquele instante, foi como atrai-la para perto de nós. Logo atrás de mim, sinto seu perfume de maracujá, vovó estava segurando uma bengala é apenas disse:

— Permito, que entre em minha residência, Harry! — Disse de longe, balançando os grisalhos.

Harry por outro lado, assentiu, bastante confuso.

Como ela sabe meu nome?”, perguntou já dentro.

Apenas dei uma risadinha, olhando em seus olhos.

“A vovó, é um enigma para mim, desde que eu era pequeno.”

Pisquei para o Harry, andando junto com ele e Camila, pelo pequeno corredor da casa de campo. Na cozinha, vovó mexia na panela, podia sentir o cheiro da erva de chá, que ela fazia, ortelã e carmim. Era o meu preferido, a mistura que ela fazia, a quantidade de açúcar. Nossa, era incrível.

— Oi vovó! — Me aproximei dela.

— Querido, demorou para dar sua escapadinha. — Vovó Constance me abraça.

Eternamente -  O Beijo mortalWhere stories live. Discover now