Um final diferente (a seleção)

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Bjj

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AMERICA:

Minha cabeça e meu ombro latejavam, mesmo assim, fiz esforço para abrir os olhos e sentar sobre o vestido que já estava todo sujo do poeira.
Inspecionei o lugar rapidamente, não era nada de mais, uma só lâmpada iluminava o ambiente todo, havia um quartinho ao lado, do qual deduzi ser o banheiro, algumas prateleiras mas com coisas que pareciam ser inúteis no momento, me lembrava muito um abrigo.
Do nada, um clarão invade o espaço, vejo um closet bem de longe, então deduzo que seja um quarto, só não sei de quem exatamente.
— Veja só quem acordou.
Ouço uma voz com tom irônico, com a claridade não consigo ver direito.
— Adam? Mas que lugar é esse? Onde estou?
Ele se aproxima com vários guardas a sua volta, agora não estou entendendo mais nada, ele puxa uma cadeira que havia ali perto e se senta.
— Não se preocupe, tudo será esclarecido, e eu mesmo estou organizando.
Reviro os olhos impaciente e começo a aumentar o tom de voz.
— Organizando o quê? E que lugar é esse?!
Ele ri sozinho e eu arqueio uma sobrancelha.
— Este é o abrigo do meu quarto, e eu estou organizando a nossa festa de noivado, você não achou que só existiam abrigos em Illéa, achou?
Quando ele diz aquilo eu travo, noivado? Eu havia dito que não iria me casar.
— Eu recusei sua proposta, e você sabe disso.
—É, mas eu sabia que você não estava pensando direito, e vou lhe dar mais uma chance.
Diz para depois pegar a caixinha de veludo, pegar o anel e jogá-lo em minha direção, a jóia pula no chão algumas vezes e para bem na minha frente.
Desvio o olhar, eu não conseguia encara-lo.
Adam levanta de sua cadeira se preparando para ir embora assim que seus guardas recuam para dar passagem.
— Eu tenho perguntas.
Murmuro mais para mim do que para ele, mas Adam para e me olha por cima do ombro.
— E terá todas as respostas, mas só depois que Kriss chegar.
— Kriss?
Ele apressa o passo me deixando sozinha naquele lugar, eu me direciono até um canto e encosto a cabeça na parede fechando os olhos novamente.
Como ele pode fazer aquilo? Eu estava disposta a me entregar totalmente para ele, ter uma vida ao seu lado, e agora, estou aqui.

MAXON:

Dobrei o corredor perto do meu escritório rapidamente, mais especificamente correndo, para fugir de Kriss, que não parou de me seguir o dia inteiro, quando será que ela vai entender que um homem precisa de privacidade em alguns momentos?
Logo o alarme soa e eu me disponho a correr até um abrigo o mais rápido possível, alguns guardas vem até mim e me acompanham para que eu fique em segurança.
— Maxon, onde estava? E por que demorou tanto?
Meu pai vem até mim me atolando de perguntas.
— Eu estava no escritório. Onde está Kriss?
Pergunto olhando em volta e vejo que ela não estava por lá mesmo.
Minha mãe se aproxima e coloca sua mão sobre a minha, sempre calma.
— Ela não chegou ainda.
Faço que sim com a cabeça, mas a verdade, é que não estou preocupado, depois que descobri que ela tinha um tal de acordo, ou sei lá o que com os rebeldes, ela fica por aí durante os ataques sulista, o que me preocupa é não saber sobre o que eles conversam.
Começo a escutar alguns barulhos vindo da porta de ferro que tinha no abrigo, assim como meus pais nos afastamos um pouco, conforme o barulho aumentava.
No final, quem entrou foi Aspen, nos procurou e veio até nós rapidamente.
— Majestades - ele fez uma reverência- estamos seguros agora.
Meu pai e minha mãe dão os braços e saem andando para fora, mas Aspen permanece, ele chega perto disfarçadamente e eu estranho.
— August está aqui, disse que quer falar com você agora mesmo.
Sussurra e volta na posição ereta para sair comigo do abrigo.

Após sair do abrigo, Aspen me leva até meu quarto, onde August estaria me esperando.
Abro a porta do quarto e me deparo com August analisando as fotos do meu mural. E sim, eu continuava neste quarto e não o do espaço perto da suíte da princesa.
— August.
Chamo por ele, mas o mesmo não responde, continua ali analisando as fotos, pega uma em especial, uma foto de America olhando para a Lua, aquela sempre foi a minha favorita.
— Precisamos conversar Maxon.
Diz baixo e colocando a foto no lugar.
— Então, sente-se.
Ofereço puxando a cadeira e me sentando em outra que havia ali no quarto perto da mesa.
Aspen senta em uma delas e August ocupa a outra.
— Sobre o que quer falar?
Pergunto para August, ele parecia tenso, passo a mão no cabelo nervoso.
— Eu vou te contar umas coisas, e eu preciso que você mantenha a calma, ok?
Ele pergunta fazendo um sinal com as mãos, aquilo não ia acabar nada bem, mas balança a cabeça em sinal positivo.
— E-eu te trai Maxon....
Gagueja enquanto eu esperava as palavras fazerem sentido na minha cabeça.
— Eu não fui honesto com você, mas fique sabendo que eu fiz porque estava com medo de dar algo errado, eu quis...
Fiz um sinal o interrompendo com a mão.
— O que exatamente você fez?
Ele hesita um momento, eu já estava bem irritado.
— Eu fiz um acordo com Kriss, eu queria alguém de confiança no trono, e em troca eu ajudaria a te convencer a casar com Kriss e não com a America, me desculpe.
Olho para Aspen e ele estava boquiaberto, mas eu estava vermelho de raiva com certeza, eu confiei nele! Como ele pode?
— Que droga August! Eu te tratei como um irmão, eu confiei em você e você é incapaz de retribuir?!
Passo a mão no cabalo várias vezes, estressado.
— Sinto muito....
Lamenta outra vez, levanto da mesa derrubando a cadeira me sentindo um idiota por ter confiado num rebelde.
— Me dê um bom motivo para não mandar matá-lo.
Exijo não esperando resposta mas ele levanta a cabeça.
— Porque você vai precisar da minha ajuda.
Diz confiante mas eu rio de ódio assim mesmo.
— Pra quê?!
Eu preciso me controlar muito para não atacá-lo aqui mesmo.
— Kriss planeja tirar sua coroa, ela é egoísta e tem um acordo com os rebeldes sulistas, se você não aceitar minha ajuda, vai perder tudo.- August faz uma pausa enquanto eu refletia furioso- e também, estão com a Geórgia.
Olho para ele, parecia fraco, me senti mal por um instante.
— Então é por isso que eu não há vejo por tanto tempo.
Ele confirma com a cabeça.
— E suspeito que Adam está com America.
Arregalo os olhos, meu coração aperta ao ouvir seu nome.
— America?!
Ele confirma, a raiva me sobe a cabeça, ando em direção a porta mas sinto alguém segurar em meu ombro.
— Onde pensa que vai?!
Aspen me pergunta, tiro sua mão de meu ombro num movimento brusco.
— Falar com Kriss, ela me deve explicações, agora mesmo.
— Se fizer isso nunca mais vamos ver nenhuma das duas!
August grita e me viro para ele, acho que eu não estava pensando direito.
— O que vamos fazer?
Me sento na cederia novamente, August se aproxima um pouco.
— Eu tenho um plano.