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MAXON:

Enquanto eu ficava pensando no plano de August, que já havíamos repassado mais de uma vez, eu não conseguia parar de pensar em como America estaria lá, e se alguém estivesse colocando-a em perigo? Esse pensamento me assusta.
— Bom dia alteza. Não esperava vê-lo acordado.
Diz Alfred adentrando o quarto e indo em direção as cortinas.
— Eu nem sabia que já estava de manhã.
Admito forçando os olhos por causa da claridade, enfim, eu tinha muito trabalho para fazer.
— E vossa majestade pediu para que vossa alteza o encontrasse em seu escritório. Antes do café da manhã.
Fala colocando algumas toalhas perto da cama.
Tá aí outra coisa que me assusta, se meu pai queria me ver, não deveria ser coisa boa.
— Bom, acho melhor falar com ele agora mesmo.
Digo para depois sair do quarto em direção ao escritório.

A porta grande de madeira escura me assustava, sempre assustou, especialmente quando meu pai me chamou aqui pela primeira vez.
Bati na porta e escutei um "entre" da parte dele.
— Ah! Maxon, que bom que chegou.
Saudou largando os papéis em cima da mesa, acho que é a primeira vez que ele falava comigo desse jeito tão animado.
— Oi pai.
Digo sem muita empolgação.
— Sente-se.
Pediu apontando para a cadeira em frente à sua mesa.
— Maxon, sabe por que o chamei para esta conversa?
Me sentei e endireitei a postura, arqueei uma sobrancelha, confuso por causa de sua pergunta.
— Não.
Ele abriu um sorriso, fez um sinal com o dedo para que eu esperasse um momento, procurou algum papel entre os vários que tinha e quando achou soltou um suspiro satisfeito.
— Recebemos este convite hoje de manhã e eu queria muito que você o visse com seus próprios olhos.
Diz me estendendo o convite, mas logo reconheci o brasão alemão e hesitei em pega-lo.
Ele insistiu de novo e eu não me mexi da minha cadeira.
— Pois bem!
Desistiu desmanchando o sorriso amarelo e se preparando para ler o convite.
— É com uma grande honra que nós, monarcas alemãs, convidamos os monarcas Illeanos, para comparecerem à festa de noivado do príncipe Adam Hensel e da senhorita America Singer....Preciso continuar?
Pergunta abaixando o papel entregando-o para mim, e eu? Não conseguia pensar, nem falar e muito menos me mexer, mas peguei o convite amassando-o entre meus dedos irritado.
— Bom, era isso, e fique sabendo que para a sua sorte, eu decidi adiar o seu casamento para o mês que vem. Assim vamos poder comparecer, o que você acha?
Me levantei da cadeira virando as costas, America não faria isso, faria?
Ouvi meu nome sendo chamado várias vezes mas não me importei.
Sai de seu escritório e corri para o meu.
— Chamem o soldado Leger, imediatamente!
Digo para algum guarda que estava fazendo a ronda e que saiu apressado por causa do meu tom de voz.
Não demora muito e alguém bate na porta.
— Entre.
Digo nervoso e andando de um lado para o outro.
Aspen faz uma reverência, da qual já disse não ser necessária, e se senta na cadeira.
— O que houve? Parece nervoso.
Pego o convite que guardei em meu bolso e jogo-o para ele.
Aspen me olha antes de começar a ler e depois abaixa a cabeça. Ele faz isso várias e várias vezes para se certificar que não era uma brincadeira ou algo do tipo.
— Isso é verdade?!
— Infelizmente....
Digo com voz de lamentação.
— Acho que deveríamos falar com August.
Falo já com o telefone na mão, disco o número, que por acaso já sabia de cor e não demora muito ele atende.
— Alô, August?
Chamo com uma pontada de ansiedade.
— Maxon? Aconteceu alguma coisa? Eu estava organizando alguns detalhes e...
— Temos um problema.
Disparo interrompendo-o, por um momento não escuto nada do outro lado.
— O que houve?!
Pergunta já desesperado, falar aquilo doía, só de pensar eu já sentia um aperto.
— America está noiva dele, recebemos um convite.
Digo sem querer pronunciar o nome dele, mas tenho certeza que August entenderá.
— Isso é péssimo August! Vai atrapalhar tudo.
— Não! Pelo contrário, vai nos ajudar.

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