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Bj
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AMERICA:

A primeira coisa que pensei foi em desejar desaparecer dali, como se minha existência não importasse mais para ninguém, tudo que eu já havia passado até chegar naquele momento, com Aspen, Maxon, Adam, agora Nicolas? Eu não mereço isso, não para chegar nesse ponto.
Soltei minha mão da de Adam e avancei na sua frente até o bar, me sentei e pedi uma cerveja, qualquer uma.
— America, o que está fazendo?
Indagou se sentando ao meu lado, não respondi nada, o barman deixou a cerveja aberta no balcão e eu a levei até a boca numa virada só, bebendo metade da garrafa.
— Por que você se importa?
Perguntei dando de ombros me preparando para dar mais uma golada, sendo que Adam colocou a mão na garrafa me impedindo de beber de novo.
— Vamos conversar.
Disse mais como uma ordem do que um pedido.
— Eu não quero. E o que está fazendo aqui?!
Ficou um silêncio entre nós, ele não  respondeu e eu revirei os olhos.
Levantei e sentei umas quatro banquetas de distância, levei o conteúdo da garrafa até a boca de novo sentindo o álcool rasgar minha garganta.
O príncipe me seguiu e se sentou ao meu lado.
— Eu vim com Alessandro, ele me convidou. Assim como algumas famílias que já chegaram, inclusive a de....
— Não quero saber.
Disparei já sabendo quem estaria lá.
— Está bem.
Respondeu tirando a cerveja sob a bancada levando-a para longe de mim.
As lágrimas começaram a rolar só de lembrar de tudo que estava acontecendo.
— Não chore, está tudo bem agora.
Neguei com a cabeça.
— Não não está.
Não havia como alguém me consolar naquele momento, tudo estava confuso, é tudo que eu conseguia ouvir era a música alta.
— Eu te amo.
Disse baixinho mas alto o suficiente para eu poder ouvir.
— Adam....
— America, se eu não te amasse, não teria vindo até aqui com o Alê, não teria ido até você, e não teria te salvado daquele psicopata, do qual não vou nem perguntar o nome. Já pensou nisso?
— Eu só estou cansada Adam, só estou cansada de ser enganada! Cansada de ver todos se aproveitando de mim! Não é isso que eu quero!
E abaixei a cabeça sentindo as lágrimas escorrendo, ele pegou no meu queixo me obrigando a olhar para ele, e selou nossos lábios num beijo, ser urgência, confiante e tranquilo, me senti relaxada por um momento, mas é diferente do que quando eu beijava Maxon, o toque é diferente, não sei explicar. Porém não resisti, acho que eu precisava daquilo de qualquer jeito. Um mínimo de conforto.
— Adam é sério acho que....
— America?
Pela voz fina parecia Celeste. Interrompemos o beijo e olhamos para ela que estava ao lado de Nick, também com expressão de surpresa.
Adam se afastou e se misturou na multidão, até o ponto em que se não conseguia mais vê-lo. Provavelmente ele estava com vergonha.
— O que nós perdemos Ames?
Pergunta Nick se aproximando preocupada por ter visto minhas lágrimas.
— E onde está Nicolas?
Aquele nome me hipnotizou por um momento, uma lágrima escapou sem querer e eu abaixei a cabeça.
— E-ele, tentou me tocar e....
Sacudi a cabeça para afastar a lembrança, aquilo bastou e as duas vieram me abraçar, já estendendo o que provavelmente havia ocorrido.
— Vamos voltar. Alessandro e seus amigos também já estão indo.
Todas assentimos e fomos até o carro, com Alê e algumas outras pessoas na frente das quais eu não conhecia, mas Adam estava lá, virando a cabeça de vez em quando e sorrindo de canto, mas nossa conversa não acabou ainda.

Deixamos os dois carros na garagem do palácio e cada um foi para seu quarto, já que estava bem tarde da noite, quase de manhã.
Minhas criadas não estavam, eu me aprontei para dormir e deitei na cama dormindo instantaneamente, no final acho que precisava.
Mas logo comecei a ouvir gritos, baixos e que vinham do corredor, não poupei esforços e levantei com a visão ainda turva por causa do sono. Abri a porta de meu quarto e me deparei com Celeste com a cabeça para fora do quarto, também a procura do som.
— O que está acontecendo?
— Não sei.
Dei de ombros.
Tinha algo muito estranho ali.
Ouvimos outro grito e dessa vez parecia estar vindo do quarto de Nick. Nos entreolhamos e batemos em sua porta desesperadas.
— Nick?! Está tudo bem?
Perguntei batendo na porta. Celeste bateu e nada.
Entramos no quarto e a luz estava apagada, olhamos a cama e nada da Nicolleta.
Celeste me cutucou com o cotovelo apontando para a porta do banheiro que estava entreaberta com a luz acessa, andamos sem produzir nenhum barulho e empurramos a porta, nos deparando com a cena mais aterrorizante de nossas vidas, Cel levou a mão ao rosto, e eu abracei a mim mesma, o piso todo coberto de sangue, a banheira transbordando água e Nick encolhida num canto, com a camisola rosa bebê coberta de sangue.
Era tanto que o líquido vermelho se misturava com a água e escorria até encostar nos nossos pés, eu me ajoelhei ao lado de Nicolleta, assim como Celeste que fez o mesmo, e encostei em seu ombro como se aquilo fosse ajudá-la.
— Nick o que está acontecendo?!! O que houve?!
Indaguei histérica. Mas a única coisa que ela fazia era chorar e gritar em pânico com as mãos nos ouvidos, rolando se sujando ainda mais de sangue, eu e Celeste tentamos segura-la antes que Nick se machucasse mas parecia inútil!
— Celeste, chame ajuda!
Gritei em quanto segurava Nick em meus braços, ela hesitou um pouco mas no final saiu e gritou por ajuda, logo voltou com alguns guardas e criadas que assim como nós não sabiam o que fazer.
O médico se aproximou com para médicos e colocaram Nick numa maca, levando-a para a ala hospitalar, deixando eu e Celeste para trás super preocupadas.
Depois daquilo não conseguiríamos dormir de jeito nenhum, por isso fomos até o salão, onde algumas famílias reais estavam reunidos, provavelmente por causa do transtorno.
— Estou preocupada.
Celeste murmura baixinho para mim.
— Também estou. Por que aquilo aconteceu? Não tem sentido.
Digo no mesmo tom inconformada.
— America?!
Escuto alguém me chamar e me viro para a fonte da voz. Era Maxon, que correu até mim e me segurou com as duas mãos me inspecionando de cima a baixo.
— O que houve com você?! Está ferida?!
Pergunta colocando a mão em meu rosto.
— N-não. Por quê?
Gaguejei. Olhei para baixo e vi a o que ele estava se referindo, minha camisola roxa claro estava coberta de sangue, sangue de Nick, olhei para Celeste que também estava olhando para si mesma, mas eu estava bem mais suja que ela.
— Não é meu sangue.
Disse baixinho, seus olhos marrons claros relaxaram e ele me soltou.
A família de Maxon se aproximou e Kriss foi a primeira a se aproximar e agarrar no braço de Maxon, com um sorriso malicioso no rosto, Amberly sempre dócil e Clarkson emburrado, não era novidade.
Argh! America, olhe para você, esta vulgar, e suja!
Maxon me olhou de cima a baixo, já que eu estava só de camisola e corou levemente, enquanto Kriss falava alguma baboseira com expressão de nojo.
— Kriss, seja gentil.
Pediu Maxon sereno. Ela deu de ombros.
— A culpa não é minha se a princesinha deu chilique ou sei lá.
Celeste arregalou os olhos e correu até nós.
— Não ouse falar de Nicolleta pelas costas dela!
Cochichou com força e os dentes cerrados. Kriss deu um sorrisinho e parecia estar se divertindo com aquilo.
– Ou o quê?
Desafiou fazendo Cel quase pular em seu pescoço, algo do qual eu não duvidava, por isso toquei em seus ombros para acalma-la.
— Não faça nenhuma estupidez Cel, não aqui.
Sussurrei em seus ouvido. Ele assentiu e abaixou a cabeça envergonhada. Demos as costas e Maxon segurou em meu braço delicadamente, seu toque continuava tentador.
— Maxon?! O que pensa que está fazendo?!
Repreende Kriss perdendo a calma.
— Kriss, dá para me dar um minuto?
Pergunta irônico.
— Não Maxon! Você precisa parar de ficar flertando com essa cinco ridícula!
— Ahhh! Já chega!
Grita Celeste para depois dar um tapa na cara de Kriss, bem forte, tanto que as marcas dos dedos ficaram marcados na face de Kriss.
— Ora sua...
— CHEGA!
Berra rei Clarkson fazendo alguns guardas se aproximarem e chamar a atenção de todas as famílias reias que estavam ali presentes.
— Não seja infantil Kriss, você está fazendo tempestade em copo de água, não há motivo para fazer escândalo.
Disse e depois virei com Celeste para ir até a ala hospitalar, com certeza Nick deve estar precisando de apoio. E tudo que eu ouvi atrás de mim foi Kriss batendo o pé. Mas ela mereceu essa.

Pedimos para um dos médicos que estavam ali perto nos levar até o quarto de Nicolleta, e o mesmo aceitou muito satisfeito.
— Fico feliz que tenham vindo. Sua amiga vai precisar de ajuda.
Cel franziu o cenho e eu arqueei uma sobrancelha. Mas não fizemos perguntas, o médico indicou o quarto e batemos na porta ainda meio desconfiadas.
— Entrem.
Alguém lá de dentro permitiu e nos adentramos o ambiente, lá estava Nick no leito e Alessandro ao seu lado.
Corremos juntas até a cama e Alê nos deu espaço.
— Nick - disse sem fôlego- ficamos tão preocupadas! O que houve?!
Perguntei segurando em sua mão.
Ela abaixou a cabeça parecendo nervosa.
— E-eu, perdi meu bebê.
Disse gaguejando para depois enterrar o rosto nas mãos. Celeste passou seu braço por seu pescoço para reconforta-lá e eu fiz o mesmo.
Ela limpou as lágrimas e olhou para nós de novo.
— Meus pais descobriram da gravidez, não ficaram bravos, mas preocupados por eu não ter contado antes. Acho que no final não adiantou de nada ter tentado esconder. E....tem mais coisa.
— O quê?
Pergunto curiosa e aflita.
— O médico afirmou que eu cometi aborto. Mas eu jamais faria isso! Tudo o que eu queria era ter essa criança. E agora....
E voltou a chorar.
— Sabemos que você nunca faria isso Nick.
Celeste disse passando a mão em seu braço.
— É. Mas alguém fez.
Alê disse se aproximando.
— E quando eu pegar quem fez isso....
— Calma Alê. Não sabemos se alguém realmente fez isso, pode ter sido algo que comi ou....
— Ou Kriss andou aprontando.
Disse Celeste analisando as unhas.
— Não podemos sair acusando Kriss só porque ela já fez coisas ruins.
Disse fazendo Celeste levantar a cabeça para mim parecendo confusa. Agora acho que até eu fiquei confusa, defendendo Kriss?
— Ah! Qual é Ames! E quem mais seria?
Dei de ombros.
— Só estou dizendo que não sabemos se foi ela, não temos uma prova concreta. Só isso.
Disse meio cabisbaixa e percebi que deixei Nick assim também. Me preparei para falar alguma coisa mas antes, estilhaços de vidro voaram sob nós e eu abaixei para me proteger. Guardas entraram no quarto com armas em punho e todos nós fomos em direção da janela quebrada, mas não havia nada, somente o escuro e as árvores.
— O que foi isso?!!
Celeste pergunta histérica pegando a pedra que estava no chão, a mesma que havia sido jogada.
— Estão todos bem?
Pergunta Alessandro. Assentimos e nos retiramos do recinto assustados. Tinha algo muito estranho acontecendo.

Um final diferente (a seleção)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ