Capítulo 12

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No sábado, uma grande tenda foi armada a beira do lago.

Padre Ralph, ao invés de realizar a missa no domingo, acabou a dizendo às nove e trinta da manhã, abaixo de uma macieira, depois de doutor Pat cedinho, ter ido na fazenda, e impressionado com a melhora praticamente mágica de Pamela, fruto dos unguentos e  preparados ora por Papa Sukru, ora por Sara, permitiu, ela já pudesse andar sem a bengala, se não fosse se esforçar muito.

Embora não tivesse imediata permissão para correr, cavalgar, ao menos se movimentar com maior desenvoltura, a jovem já estava liberada. para recomeçar de leve retomar a independência.

O que para ela foi um alívio enorme.

Quatro bancos grandes haviam sido colocados diante do altar, onde flores ornavam por sobre a toalha branca, e a luz da manhã com os paramentos, incluso a alva, a casula e estola, por sobre a sotaina e túnica, segurando o ostensório e Consagrando de olhos cerrados o Sangue de Cristo, finalmente padre Ralph, assemelhava-se a um "padre" de verdade.

Reconheceu Ivan, que talvez por baixo daquele feitio estranho dele, o sujeito tivesse mesmo nascido pra isso...

Tocou o sino e se ajoelhou, e todos fizeram igual movimento, exceto Pamela que meneou a cabeça, por causa do colete.

No banco da frente estavam os Carter.

O disposto ao lado destinado a Sean, Michelle e o simpático doutor Pat.

Um terceiro ocupado pelos empregados da casa principal: Sara Rhys com seu chapéu violeta, e Gilles num terno risca de giz cor de carvão, suava que nem bode velho, mas rezava e repetia as preces com mesmo fervor, Papa Sukru, por nada nesse mundo deixaria de cultuar os antigos da tribo, e em respeito a esse credo, Romeo não exigiu ele comparecesse ao serviço.

Eoghan de Dublin era o companheiro de Ivan.

Que de chapéu seguro contra o peito, também genuflectiu ao ouvir :_...E este é o mistério da fé.

Pamela, de pé,  o girassol perdido no meio da plantação.

Ivan perdeu o olhar para ela, tão próxima, mas a própria trincheira de assentos, naturalmente os distinguia como uma barreira de corais, impedia o mar de rebentar violento na praia.

E, qual ela houvesse sentindo, um par de olhos em devoção, não somente a virgem, mas a outra  estava pegado a suas costas, ela se virou no momento, Padre Ralph, fez o mesmo e abriu âmbula para retirar as hóstias.

O coração dela naquele mínimo e encantado instante, ganhou outro compasso, ao mirar Ivan, de uma maneira ela nunca o tinha contemplado.

Os cabelos soltos e limpos radiavam ao sabor do sol.

De camisa e colete, mas dispensado o terno estava no amparo do banco, de joelhos, e mão colada sobre o chapéu de feltro, ele inspirava humildade mas também confiança.

Um ar sereno, e meigo que, que pela primeira vez ela percebeu como "Ivy é jovem?"Pensou.

Ao dar-se conta disso, virou o rosto rapidamente, o ar lhe faltando aos pulmões, levou uma mão ao peito, onde pendia uma medalhinha do Coração de Maria.

Ivan deixou um sorriso lento se esticar, em pura sabedoria.

O que por um momento na eternidade, o garantiu seguro êxtase de orgulho.

Ergueu a sobrancelha, bem humorado. E até envaidecido, afinal viu muito bem, a maneira prolongada mais do que seria devido uma jovem , emitir a simples e reles empregado,  a senhorita Carter o examinar de olhos arregalados, as feições de rosto delicado, e anguloso, com maxilar proeminente e quadrangular.

Onde Impera a PaixãoWhere stories live. Discover now