Margareth e seu novo visitante

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As coisas voltaram ao normal depois de uma semana, mas não voltei ao local depois de do que aconteceu, tinha medo de me encontrar com Fritz novamente. Passei a trabalhar a finco, exercer minha profissão de Veterinária e deixei o cruzamento de Estela para outro dia, ela ainda não estava em período para isso, tinamos tempo.

Dois meses depois, a fazenda estava estruturada para receber novos hospedes de quatro patas, Ryan fez um investimento incrível em marketing e graças a Deus, já tínhamos dois cavalos, quem não estava feliz em dividir seu território e atenção, era Rock, que tentou morder um dos machos, isso indicava que Stella logo estaria no cio, o certo era manter os machos bem longe um  do outro.

A antiga casa foi ficando, mesmo querendo demoli-la, o dinheiro que sempre sobrava ia para as reformas necessárias para a melhoria do local.

Aos fins de semana, os donos vinham com suas famílias para um dia divertido, um pic nic e cavalgar pelas terras, alimentar seus bichos e cuidar deles como gostariam, isso era bom e me sentia grata e viva.

Um fim de tarde, depois de um dia bem puxado de um dia tipico de semana, Vejo alguém andando pela antiga varanda da casa em ruínas, novamente me apreço no passo não me dando conta do perigo, mas sim de alertar a pessoa que não devia estar ali.

- SAIA JÁ DAÍ, ESSA CASA ESTÁ PRA DESABAR A QUALQUER MOMENTO... - Subi os degraus rapidamente, dando de cara com um homem.

Levei um choque ao ver quem era, ficamos parados, frente a frente, ele sorrindo e eu de boca aberta.

- Isso aqui é maravilhoso, quantos anos tem essa casa? - Ele apontou para a casa e depois me olhou.

- Mais de 100 anos... - Respondi. - Frits?

- Não!... Desculpa... esqueci de me apresentar, também, naquele dia que saiu correndo, gritando que não iria te levar pra não sei aonde. - Ele riu. - Me nome é Taylor Casse, muito prazer.

Ele estendeu a mão para mim, olhei para sua mão e subi os olhos gravados nele até seu rosto, morrendo de medo de apertar sua mão e ser transportada para outro lugar em 1800 e alguma coisa.

- Me desculpa... Acho que invadi seu território, não devia ter feito isso. - Ele baixou a mão decepcionado.

- Taylor? - Perguntei ainda desconfiada.

- Isso... 

Ficamos nos olhando.

- Margareth... - Estendi a mão e ele a segurou rapidamente.

Senti aquele toque como se um estouro de uma bomba atômica tivesse explodido naquele momento, o sol piscado intensamente e as chuvas de estrelas desabassem do céu, creio que Taylor também sentiu, pois não largou minha mão, seus olhos brilharam em um intenso azul, cheguei a tombar a cabeça para reparar melhor naquele rosto, ele era a cópia idêntica de Fritz, seria difícil não levar um choque de realidade todas as vezes que nos cruzássemos.

- É casado? - Saiu tão rápido da minha boca.

- O quê? - Ele perguntou saindo do transe, largando minha mão.

O sol se apagou e a noite caiu tão rápido que até el estranhou, olhamos para cima, o céu estava em um bom roxo.

- Quer entrar e tomar um café? - Disse apontando para a minha casa.

- Seria um prazer. - Ele sorriu e me indicou a escada para descer.

Seguimos em direção a casa em silêncio, um olhando para o outro, podia dizer que era tao estranho aquilo, eu o conhecia, não me sentia uma pessoa estranha ao seu lado, e acho que acontecia o mesmo com ele, pisamos na varanda.

- Sente-se, vou buscar um café para nós e algo para beliscar, assim podemos conversar com calma.

- Obrigado. - ele se sentou ainda me olhando. - Você escolheu um ótimo lugar para construir a sua casa.

- Na verdade... Aqui vai ficar para os meus amigos... Eu pretendo construir onde nos vimos.

Ele abriu a boca surpreso e sorriu encantadoramente, eu morreria por aquele sorriso novamente, eu já estava apaixonada por ele, creio que sempre estive, tanto na morte como em vida.

- Vou pegar o café para nós. - Entrei correndo parecendo uma adolescente, afobada e ofegante, ria como uma boba.

Encostei na geladeira rindo baixinho, feliz por ter descoberto que ele não era Fritz, mas parei de rir, eu precisava descobrir se ele tinha um relacionamento, porque isso não iria admitir se ele fosse casado e ter um caso, não, desistiria na hora.

Fiz o café e saí com alguns biscoitos, pates e o bule do café e duas xícaras, coloquei sobre a pequena mesinha depois que ele colocou ela entre nós, me sentei e o servi.

- A quanto tempo mora aqui? - Perguntei levando a xícara de café a ele.

- Tem um ano. - Disse ele pegando a xícara. - Me separei e resolvi dar um rumo mais tranquilo a minha vida.

- Separado? - Isso me animou. - Puxa... que interessante... Eu também sou separada, e da pior maneira...

- Me conte? - Pediu ele interessado, dando um gole ao café.

Discorri toda a história que me contaram enquanto estava em coma, Taylor ficou surpreso da tamanhã frieza de Odilon em ter me deixado num momento tão dramático da minha vida, conversamos por horas sobre isso e de repente nos demos conta de que a nossa conversa fluía perfeitamente, ele era engraçado e muito simpático, e ninguém atrapalhou a nossa conversa, muito menos Ryan que era um grude.

Aquela noite rendeu, e quando foi embora, prometeu voltar para me levar a um jantar em Chicago, claro que aceitei, ficando animada pelo convite, nos despedimos e ele seguiu de carro para sua fazenda que ficava logo ao lado. Ele simplesmente estava bem perto, perto o suficiente de querer cometer uma loucura e ir até lá, mas não fiz isso, deixei por conta do destino nos unir num futuro próximo.

 Ele simplesmente estava bem perto, perto o suficiente de querer cometer uma loucura e ir até lá, mas não fiz isso, deixei por conta do destino nos unir num futuro próximo

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