Não entre - não cometa erros

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Acordei me sentindo muito bem, feliz, hoje iria até há cidade para descontar o cheque e aplicar em nossa conta conjunta, pagar algumas contas e voltar correndo.

- Bom dia Owen! - Disse entrando na cozinha, ele já estava tomando café.

- Bom dia... - Ele me olhou. - Por que não volta para a cama? São 6hrs da manhã.

- Não... Temos muitas coisas para fazer, olhar meus cavalos, depois ir até a cidade.

- Quer que eu vá para você? - Ele me olhou animado.

- Hummm... essa sua carinha me diz que está querendo ir ver alguém, com saudades? - Sorri de lado levando a xícara a boca, dando um gole generoso do meu café.

- Sabe que sim. - Disse ele sem jeito.

- Está bem... - Cedi minha vez de ir ao  banco.

Depois de tomar o café, escovar os dentes e colocar uma roupa descente, seguimos para a coxia para cuidar dos animais, rock estava impaciente, louco para sair de seu quadrado, o puxei para fora enganchando a rédea nele e o levei ate o cercado, dando cenouras para ele comer, era o que ele gostava pela manhã, o soltei no pasto e ele correu feliz, com seu rabo em pé, parecendo um Corcel Negro, mas de corcel ele não tinha nada, sorri contente, logo foi Stella que foi solta.

- E agora? - Owen me olhou.

- Bom... Agora é limpar a coxia e lavar e desinfetar.

Owen respirou fundo e passamos a manhã tirando feno velho e sujo por um novo, lavamos toda a coxinha, potes de ração, água; Agora tudo estava limpo era hora de fazer almoço, Owen preferiu ir para o centro e me deixou sozinha, acabei comendo frutas, sentada no meio do cercado com Rock  e Stella a minha volta me ajudando a comer minhas maçãs e laranjas, dei muita risada, por que Stella enfiava o focinho no meu pescoço para tentar tirar a fruta da minha mão ou da minha boca.

Depois de muito rolar, correr atrás dos meus dois cavalos, saí do cercado seguindo em direção a minha casa, parei olhando a antiga casa, talvez Odilon tivesse razão, não tinha o por que de deixar aquela casa de pé, aquilo só aguçava a minha curiosidade, me deixava louca de vontade de me enfiar lá dentro e tentar puxar o tal caderno que um dia cheguei a por as mãos.

Respirei com força dei um passo desviando o olhar para a minha casa, mas algo me chamou a atenção vi alguém entrando na casa, entrei em pânico, aquela pessoa podia se machucar e eu teria grande problemas com isso, estava sozinha, tomei coragem e fui para a velha casa a fim de manda-lo embora, sair de lá, aquilo não podia servir de abrigo para ninguém.

***

Odilon

A uma semana praticamente estou no curso em Nova York, saber que Stella ganhou o primeiro prémio me deixou muito feliz, é segunda e o curso de hoje foi cancelado, devido a um falecimento de um parente do treinador, ficamos todos no hotel, Gena é uma mulher muito bonita, loura, com belas curvas, inteligente e de cara nos demos muito bem, confesso que aquela mulher me deixava excitado com seu perfume, com seu charme, quando ouvia meus colegas de trabalho comentando que dependendo do tipo de mulher, elas exalavam sexo selvagem, e Gena era assim, era a primeira vez que sentia esse cheiro e era bom demais, mesmo assim me mantive fiel até aquela tarde, depois do almoço nos juntamos para beber um pouco, assim mataríamos o tempo.

Gena se sentou ao meu lado, usando uma saia bege bem justa, uma blusa de ceda marrom clara com listras em verticais do ombro há cintura mais escuras, salto alto e os cabelos soltos completamente, formando ondas nas pontas, seus olhos azuis eram duas piscinas, ela puxou conversa e passamos a falar sobre o cotidiano; Gena está se separando, um casamento de três anos que não deu certo, quanto a mim, não podia reclamar, eu amava por demais Margareth e não pensava em me separar, mesmo ameaçando fazer isso; Uísque vai e vem e quando vi, estávamos no meu quarto, Gina me beijando, desabotoando minha camisa e eu a dela, estava tão excitado que não pensava no que estava fazendo e se iria magoar minha esposa e a mim mesmo.

Me deitei sobre Gina, beijando e apertando aqueles seios fartos, ela era muito gostosa, delineada, perfumada e a penetrei, gememos alto ao nos unir e me movimentei com desejo, coisa que fazia só com Meg, minhas mãos foram parar na nuca de Gina, puxando seus cabelos e buscando sua boca para mais um beijo, ela gemia, me arranhava mexendo seu quadril embaixo de mim, e acelerei, acelerei cheio de desejo e prazer, estávamos perto para gozar, meus olhos começaram a rolar lágrimas, um sentimento de culpa invadiu meu intimo, mas não conseguia parar, era como se aquela mulher tivesse me enfeitiçado e meus movimentos já não me pertenciam mais.

***

Meg

Caminhei até a antiga casa, realmente ela estava desgastada com o tempo sem manutenção, iriamos gastar muito dinheiro e no momento não estávamos dispondo disso, mas um dia eu realizaria esse sonho e quem sabe, Yasmin seria a grande promessa do jóquei este ano, estava preparada o suficiente para fazer uma boa estreia.

Parei e olhei para cima, algo saiu rapidamente da janela, me apavorei, alguém podia se machucar feio, o telhado estava para ceder.

- EI?... DESÇA JÁ DAI QUEM QUER QUE SEJA... - Gritei, percebi que não fui atendida, pois o vulto passou novamente pela janela, meu coração saltou, olhei para a entrada da casa, bufei, não pensei nas consequências e dei um passo a frente, passei pelo buraco no piso que tinha cedido da ultima vez que estive lá e que Odilon resgatou-me, olhei para cima, com a mão no balaústre da antiga escada, o piso de cima rangeu, realmente tinha alguém e provavelmente estava apavorado em ser descoberto.

- DESÇA JÁ DAÍ, OU VOU CHAMAR A POLICIA... - Novamente o piso rangeu, olhei para a porta, o correto seria voltar para traz e ligar para o corpo de bombeiros, puxei o celular e subi a escada a fim de me certificar se realmente tinha alguém disquei para a emergência. - Alô, meu nome é Margareth Folley e moro na propriedade Fassback, quero comunicar uma invasão, alguém entrou na casa abandonada na propriedade e ela está em ruina, prestes a cair, preciso de um resgate.

- Mandarei uma viatura e uma equipe de salvamento, fique longe da casa e aguarde pela ajuda, senhora.

Era tarde, eu já estava no terceiro piso, olhando em volta a procura da pessoa que poderia estar lá, meu coração começou a pular, o medo se instalou, não existia ninguém e onde pisei deu um estalo, a casa estremeceu, o telefone escorregou da minha mão e não sei como ele voou pela janela ao mesmo tempo que me virei para ver quem é que estava atrás de mim.

- Majory... Volta pra mim...

Abri a boca para responder, mas o que vi foi o telhado desabar sobre mim, e eu despenquei com tudo, Fritz estava aminha frente, despencando comigo, ele sorria feliz, estiquei a mão para alcança-lo e quando nos demos as mãos, eu senti uma dor aguda e apaguei.

***

Odilon

Gena me agarrou com força e gozou comigo, me ordenhando e nós dois arfamos em gritos abafados e eu gozei forte, jorrando dentro dela e desabando quase sem folego sobre ela, logo me deitei ao seu lado, tapei o rosto e chorei, um choro doído de como se estivesse perdido Margareth para todo o sempre, eu cometi o maior pecado que jamais imaginei que faria, eu traí Margareth e isso era imperdoável.

***




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