Fritz chega na mansão

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Uma semana depois,eu me sentia mais fortalecida, eu memso passei a fazer fisioterapia em mim, fortalecendo minhas pernas, conseguia ficar em pé pelo menos uns dois minutos, mas logo o cansaço batia e eu tinha que voltar a me sentar.

Era cedo, Maryl me deixou sozinha no meu quarto para ir buscar meu café da manhã,ela estava feliz, seu pretendente chegaria na manhã seguinte para pedir sua mão em casamento, Maryl estava feliz e sabia que papai iria fazer gosto do casamento, já que ele era filho de um importante politico na cidade, era tudo que papai queria para alavancar o nome da família e as pessoas esquecerem a ovela negra da família.

Uma coisa intrigante é quê, eles mantinham segredo sobre minha doença para a sociedade, para todos, eu fui estudar na França, e não para um tratamento de saúde.

Saber que estava em faze terminal era até extranho, eu iria experimentar a morte pela segunda vez, e isso não me dava medo, eu até me sentia aliviada em saber que logo deixaria aquele mundo, deixaria o passado para tras e voltaria para algum lugar no futuro ou teria pago minha divida para ter um lugar ao céu, dei risada com isso.

- MARJORY...

- VOCÊ NÃO PODE ENTRAR ASSIM, SAIA DESTA CASA AGORA, MARJORY NÃO QUER VER VOCÊ... - Escutei abafado a confusão que estava tendo na casa, por um milésimo de segundo acei que fosse um sonho ou sei lá o que, mas escuto novamente.

- MARJORY... MARJORY... É FRITZ... 

Escuto novamente e meu coração vai a mil, jogo a coberta para o lado, me agarro a escrivaninha, me levanto.

- FRITZ... AQUI EM CIMA... - Grito quase em panico, tento correr, mas minha limitação é um passo de cada vez, meu organismo está cansado, começo a ofegar como se a qualquer momento iria perder os sentidos. - Fritz... estou indo... me espera...

No andar debaixo a confusão e a discução está acalorada, Fritz e meu pai e mais algumas pessas discutiam, impedindo de Fritz subir, ate que consigo cegar a escada, ofegante.

Fritz estava tentando subir a escada, ele empurrava Omú que recebia ordens de tira-lo a força da casa.

- FRITZ... 

Todos pararam e me olharam, estava me sentindo fraca, mas me mantive em pé, camisola branca, cobria o meu corpo, minhas pernas começaram a formigar.

- Marjory... - Fritz empurrou Omú e subiu as escadas tão rapido qua quando dei por mim, estava em seus braços, abraçada a ele e deitada em seu colo no topo da escada, ele se sentou comigo chorando agarrado a mim, nos beijamos apaixonados, era a primeira vez que o beijava daquele jeito, agarrei seus cabelos, nós dois choramos abraçados.

- Como soube que estava aqui? - Disse ofegante, me sentindo fraca.

- Martha mandou me avisar... Mas isso não importa agora, vou te levar para casa.

- Daqui ela não sai - Disse papai nervoso e a nossa frente.

- Ela é a minha esposa e vai voltar comigo. - Fritz o olhou revoltado.

- Marjory está doente, não pode sair desta casa, mas você vai sair por bem ou por mal.

- Se ele for, eu vou com ele... - Segurei firme Fritz em meus braços, o encarando.

- Marjory... Você não vai passar por cima da decisão de seu pai.

- Eu estou morrendo... e eu quero meu marido ao meu lado quando eu for, não abro mão disso, e se acha que não pode tê-lo aqui, então nos mande embora, mas quero morrer ao lado do meu marido.

- John... Por favor? - Pediu mamãe apoiando a mão em seu ombro.

Fritz me olhou surpreso, triste e sei la mais o que, apenas o olhei rapidamente, engolindo em seco.

- Não quero esse sujeito aqui, ele não merece o amor da minha filha, é um sujeito sem classe, sem berço.

Fritz fechou os punhos, rosnando baixinho, e papai continuou.

- O que eu vou dizer para o desembargador tendo a presença de um borra botas em minha casa.

- Vai dizer a verdade, está na hora das pessas saberem quem é Fritz Fessbeck, saber do que está acontecendo comigo - Esbravejei. - Chega de mentiras, chega... Eu não aguento mais ficar no meio desta briga, Fritz não quer nada de vocês, ele só quer... Me amar, e eu quero isso, quero me sentir amada por alguém como ele.

- Não é tão simples assim, você tem um sobrenome a zelar, tem tradição.

- E o que adianta ter tradição, mas não respeitar a vontade de uma moribunda que nem sabe o quanto tempo tem de vida, por favor? Eu quero morrer em paz e quero ver vocês em paz.

- Me deixe levar Marjory para casa... - Ele me olhou. - Para a nossa casa.

Sorri agradecida,pois era o que eu mais queria.

- Marjory não tem condições de fazer outra viagem longa, seu estado é delicado, não vai sobreviver.

- Não deviam ter tirado de lá se sabiam que ela estava morrendo.

de repente me senti fraca demais e me larguei em seu colo, um mal estar tomou conta de mim.

- Me leva pro quarto, eu... - Fehcei os olhos e não vi mais nada.

Por várias vezes acordei sentindo a presença de Fritz, escutava burburinhos e acho que Maryl estava pondo Fritz a par do meu real estado, mas eu estava me sentindo tão fraca que não conseguia me mexer ou abrri os olhos, depois acordei sentindo uma picada no meu braço, algo frio entrando na minha veia e apagui novamente.



VIAGEM AO PASSADOWhere stories live. Discover now