Omú conta como era Marjory

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Maryl simplesmente levantou meu animo, ela era feliz, engraçada e não saia de perto de mim, e finalmente no terceiro dia de cama, me levaram para o belissimo jardim para um banho de sol.

Omú estava limpando as folhas que cairam no gramado, a manhã estava radiante, sol brilando e nenhuma nuvem no céu, olhava em volta, a propriedade era lindissima, pena que não foi concervada no futuro, pois não existia propriedades como aquela em 1997.

Maryl tinha saido para ver algo com Mathys, eu como não andava, tive que ficar onde estava, ao longe ouvia o relincar de alguns cavalos.

- Omú? - Chamei, ele me olhou e sorriu. - Poderia me levar para ver os cavalos?

Sua mãe não vai gostar.

- Por favor, Omú! - Pedi com um sorri maroto no rosto.

Omú riu, largou o rastelo e veio em minha direção, me pegou no colo e seguiu comigo pelo jardim.

- Quandos animais tem na propriedade?

- Ao todo doze... - Ele respondeu calmo.

- Omú... Vocêpode me contar um pouco do meu passado?

- A sinha está memso desmemoriada - Ele me olhou com um sorriso no rosto.

- Eu não sei se é dememoriada ou se eu já morri e resucitei dos mortos. - Disse apoiando a cabeça em seu ombro, suspirei.

Ele tinha um cheiro forte de estrume com transpiração escessiva, mas quem eu queria enganar, estava numa época que banho era algo luxuoso.

Omú me colocou sentada num feno, de frente as cochias, cada animal colocou suas cabeças para fora, eles eram magnificos, tinham branco, bege claro, bege escuro e por ultimo, vejo um garanhão negro, que ao me ver quanse derruba a portinhola que o mantinha preso.

- Qual é o nome dele? - APontei para o corcel negro.

Omú abriu a portinhola, o animal veio em disparada ao meu encontro, pensei que ele fosse me atropelar, mas sinplesmente parou a minha frente, esfregando o focinho em mim, eu o segurei.

- Esse é Phill... você o trouxe no navio... - Omú segurava ele para não me machucar ou derrubar.

- Oi Pill... - Beijei seu focinho, Omú se sentou ao meu lado.

- Sinha... O que quer saber?

- Tudo que puder me contar. - O encarei.

- Vai ser uma história longa. - ele disse rindo.

- Estou preparada. - Sorri animada,mantive minhas mãos acariciando Phill, eu e Omu nos olhamos. - Vai?...pode me contar até as partes ruins.

- Muito bem... - Ele respirou fundo.

- Você sempre foi uma garotinha petulante, mimada e arredia, nao existia não para você, sempre exigindo de seus pais, e assim foi crescendo, e se tornou uma adolecente arrogante, maltatando os empregados...

- Eu te maltratava, Omú? - O olhei me sentindo malcom aquilo, ele era tão bom.

- Inclusive a mim. - Ele riu. - Mas eu não ligava para isso, eu achava divertido.

- Que horror. - Disse rindo e me sentindo envergonhada. - pode continuar.

- Você e o Sr. Backer já estavam prometidos desde pequenos... Faltavam poucos meses para o casamento quando ficou doente, os médicos daqui não sabiam dizer o que tinha, e sujeriram para que fossem a França e procurassem pelo Doutor Patson.

- Eu fiquei tão ruim assim?

- Sim... - Ele me olhou trsite. - Foram um ano e meio que ficou com sua mãe na França, e quando voltou parecia outra pessoa, não falava muito, se recusou a se casar, seus pais viviam brigando por essa sua teimosia de se casar, sua mãe dizia que você estava curada, mas eu sabia que não estava.

- Você sabia? - O olhei incredula.

- Você me contou que não existia esperança, a peguei tentando se matar aqui no estabulo junto do Phill.

Levei a mão a boca assustada, eu nunca teria coragem de me matar, eu devia ser realmente uma pessoa muito infantil, mimada, não conseguia me enchergar na pele de Marjory.

- Omú? - O olhei. - Eu não sou Marjory... - Disse em voz baixa.

- E quem é você? - Ele me olhou rindo, achando graça.

- Meu nome é Margareth Foley, eu sou do futuro... de 1997... eu não sei como vim parar aqui.

Omú deu um pulo do feno quase que caindo no chão,o homem de negro quase ficou cinza, e eu congelei ao ver seu estado, então comecei a rir sacudindo a cabeça, ele relaxou e levou a mão ao peito.

- Não faz mais isso, sinhá... Eu quase acreditei no que disse.

Desviei o olhar e comecei a chorar, eu queria que alguém me explicasse o que eu estava fazendo ali, num corpo doente que não me pertencia, convivendo com gente que não cnhecia, e onde estava Fritz? Porque ele não vem me buscar?

- Sinhá... - Omú ficou compadecido com meu choro.

- Pode me levar para cavalgar? - O olhei com os olhos em lágrimas. - Por favor, Omú, me de esse prazer de poder montar.

- Eu vou ser mandado embora.

- Não vai, eu explico que é meus ultimos desejos comoviva-morta.

demos risadas, sequei as lágrimas.

Assisti Omú celar Phill para mim, com calma me colocou sobre o animal, suspirei satisfeita e sem esperar por ele, dei o comando para que Phill começasse a andar e sair do local,Omú como um bom guardião, montou no cavalo as pressas e me seguiu, cavalgamos pela estenção da propriedade, no caminho ele me contava de como eu sempre fui apaixonada por animais, por fim, eu sabia como tinha sido minha vida, e o que me incomodava era o fato de eu ser uma pessoa rude, malvada, ranzinza assim como meu pai, herdando dele essa mania de ser autoritária, mas com Maryl e Mathys, eu era uma pessoa completamente doce, amável e os defendia com unhas e dentes, não deixando que papai os maltratassem como fazia comigo por causa da minha petulancia.

A minha fulga os deixou praticamente arrasados, mas faço uma ideia do por que fiz isso, talvez eu tivesse me apaixonado perdidamente por Fristz e quis viver esse amor avasalador com ele, e duvido muito em não ter feito sexo com ele, alias, eu não, Marjory, uma mulher não se mudaria assim para um lugar comum homem e não se entregaria a ele, mas isso eu teria que descobrir quando visse Fritz novamente.


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