Noivado de Maryl

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Aquele dia passou, foi momentos de angustia para Fritz, a não aceitação de sua copanhia no casarão era sentida até por mim, papai nao dirigia a palavra a ele quando entrava no quarto para me ver, falava rapidamente e saia.

Voltei a andar pelo quarto, me sentia melor e Fritz me dava animo para sorrir e acreditar na vida. não quis me amar, ele tinha medo de me cansar o suficiente para não acordar, ele simplesmente era um caalheiro, ele sabia me amar apenas com sentimentos, palavras e atitudes.

Maryl ficou noiva e hoje a noite iria ter um baile para comemorar o noivado, Fritz ganou roupas novas, uma cartola e ficou impecavelmente lindo; meu marido seria apresntado ao meu lado como um importante fazendeiro da região, poucos o conheciam, então era fácil alavancar seu aimportancia na America.

Um vestido vinho foi me preparado, eu estava tão magra que mamãe e Maryl e a criada me enceram de roupas para poder ficar elegante e farta no vestido, mal caminhava ainda, então ficaria a maior parte do tempo sentada em um mesa com Fritz.

Praticamente o comia com os olhos de tão elegante que estava, ele me olhava com paixão, amor e isso me enchia de felicidade.

Os convidados começaram a chegar, o salão estava cheio quando me levaram para o andar debaixo, muitos ficaram olhando para entender por que Omú me levava no colo, eu apenas sorria para as pessoas, pois eu não as conhecia.

Me colocaram sentadas, algumas moças da minha idade vieram falar comigo, apenas sorri e concordava com tudo ou respondia suas perguntas, Fritz estava sendo apresentado para importantes empresários, via a falcidade no rosto do meu pai como se ele fosse o genro que pediu a Deus, Titio veio ao meu lado e se sentou.

- Como se sente? - Ele pegou minha mão e beijou.

- Morrendo. - Sorri, e ele riu.

- Está disposta e feliz.

Olei para Fritz.

- Ele é a minha vida, titio. - Voltei a olhar para o meu tio. - Só sinto por não ter mais tempo com ele... Deixa-lo assim.

- Nem tudo é cor de rosa... - Ele disse com pesar. - Mas você está se saindo muito bem... Já luta com essa doença a mais de dois anos... Poderia viver mais se quisesse.

- Não... Chega para mim... - Respirei fundo, puxei a taça de água e dei um gole. - Meu corpo está cansado, minha mente está prejudicada... Não tenho mais o que fazer aqui neste mundo.

- Sua mãe está se acabando com a sua decisão.

- Ela vai se acostumar com a minha partida... Mamãe tem dois filhos maravilhosos... - Sorri ao ver Maryl tão felizao lado do noivo. - Maryl vai se casar, terá filhos, os netos a encherão de vivacidão, e não terá tempo de pensar em mim.

- Você é muito avançada no seu tempo, Marjory, admiro sua coragem e vontade... Outra em seu lugar estaria condenando a Deus pelo seu infortunio.

- Do que posso reclamar, tio! - O encarei. - Eu tive uma vida, pais, irmãos, um tio dedicado e amável como o senhor, e Deus me deu um marido que me ama e não cobra por não poder me deitar com ele... - Olhei para Fritz. - Ele me ama ao ponto de me preservar e se sente feliz com isso... esse homem simplesmente não existe neste tempo... ele me defendeu, me defende e não desistiu de mim quando teve a chance.

- Nunca vi amor igual ao de vocês... - Titio fez um bico. - Gostaria de vê-los com seus filhos, frequentando essa casa...

- É... Eu também gostaria de ter tido filhos com ele... de tê-lo amado, me entregado aos seus desejos.

- Ainda está em tempo. - Titio se levantou para cumprimentar um homem,que também me cumprimentou, mas apenas sedi minha mão a ele e não abri a boca para falar.

A festa continuou e de uma hora para outra me senti esgotada, a mesa estava cheia, mamae estava do meu lado, e ria sem parar.

Me senti como uma bareria, que a carga vai acabando e quando ela chega ao fim, nada mais quer guncionar, toquei em seu braço, ela me olhou, eu devia estar palida.

- Preciso... - Foi a unica coisa que consegui emitir.

Logo estava no quarto, Fritz entrou uando Omú me colocou na cama.

- Pode deixar, eu cuido dela. - Fritz tirou o paletó e se sentou ao meu lado.

- Eu só estou cansada... - Disse deslizando minha mão em seu peito, sorri.

- Vou ajudar a tirar essas roupas. 

E com cuidado ele tirou o meu vestido, a meia calça, os brincos, o colar, limpou o meu rosto da maquiagem pesada, soltou meus cabelos.

- Deite aqui comigo? - Pedi o segurando pela mão.

- Preciso descer.

- Não precisa... eu sou mais importante que eles todos.

- Tem razão. - Fritz foi a porta, diss algo a alguém que batia e a fechou.

- Fritz... faz amor comigo? - Pedi tirando a coberta sobre mim. - Agora... por que não vou mais poder esperar.


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