Capítulo 33: O Baile

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Eu acordei cedo como de costume, acho que estou passando tempo com os filhos de Apolo e pegando sua bela mania de acordar assim que o sol se ergue. Ao pensar nessa frase meu coração se aperta e, sem minha autorização, me direcionam á uma pessoa a qual eu tento com todas as minhas forças esquecê-la. Alec. Mas, ao pensar no mesmo, eu penso na nova missão do tríplice treta (que na verdade virou quadrúplice, pois Hilary se juntou ao grupo) e, instantaneamente, solto um sorriso travesso.

Eu olho Chloe que ainda dorme tranquilamente, ressonando levemente. O que me dá receio de acorda-la, pois e faz três dias que eu a conheço e nesses dias, com exceção de hoje, ela tem certos pesadelos com sua infância deixando bem claro que ela teve mais traumas pra quem mal começou sua vida. E isso me faz acha-la mais preciosa, quem é que após sofrer tanto em sua pouca vida e ainda tem forças para dar sorrisos sinceros. É, eu acho que é isso : ela emana uma força e isso me faz ama-la como uma irmãzinha.

Por isso, tomo a sensata escolha de a deixar dormindo, para compensar suas noites insones ou com sonhos ruins. Eu me levanto da minha cama e encaro a paisagem marítima que ganha uma aparência alaranjada. Eu me arrumo calmamente, não antes de ver meu vestido para o baile envolto em uma capa. Dou um sorriso de satisfação ao vê-lo, realmente os vestidos daquele burguês são esplêndidos, mas esse em especial fora o mais encantador que eu achara em seu arsenal.

Eu saio do quarto deixando um bilhete para ela dizendo que iria tomar café da manhã no grande salão. Eu fecho a porta gentilmente para não poder acordar Chloe, ao largar a porta e dar meia volta, eu dou um pequeno grito de susto ao ver a presença silenciosa de Hillary. Ela ri com meu pequeno susto.

"Considere-se sortuda! São poucas pessoas que conseguem me assustar." Eu digo rindo, após o susto inicial.

"Então eu devo me sentir lisonjeada?" Ela diz com uma expressão divertida.

"Certamente." Eu digo sorrindo de canto.

"Você sabe que ainda não é hora do café da manhã, né?" Ela pergunta com seu mesmo sorriso de praxe.

"Não, porque?" Eu pergunto intrigada.

"Ora! Pois, não há ninguém acordado à essa hora! Principalmente, esses nobres preguiçosos! Sem ofensas!" Ela diz e eu rio caminhando até o convés. A Hillary e a Audrey, são as únicas a não ter uma linhagem nobre no nosso pequeno grupo.

"Tranquilo. E Angel?" Pergunto com um olhar analítico para suas feições.

"Ah! Você sabe como passou a noite toda bebendo com os marinheiros, deve estar roncando como uma porca agora!" Ela diz zombeteira e eu rio fazendo uma simulação da cena em minha mente.

"Novidade! Ela só vive bebendo! Mudando de assunto, você teve alguma visão?" Eu pergunto séria.

"Não e isso é engraçado! É como se tivesse alguma coisa me bloqueando." Ela diz olhando para o mar a sua frente.

"É realmente estranho." Eu digo pensativa. E ela toca suavemente em minha mão me chamando a atenção

"Você já consegui...." Ela estava falando quando de repente seu olhos ficam totalmente nublados em uma cor branca, interrompendo a sua pergunta.

"Hillary? O que houve?" Eu pergunto sacudindo levemente os seus ombros. Eu começo a me desesperar ver ela não da nenhum sinal.

A última pessoa que eu queria ver na terra aparece do nada e se dispõe ao meu lado para ajudar Hillary. De quem será que eu estou falando? Quem falou Alec acertou!

"Hill, Hill! Fala comigo." Diz Alec desesperado assumindo o belo papel de a sacolejar na tentativa falha de desperta-la de seu transe. Eu e ele nos entreolhamos em desespero. O mar ao senti-lo começa a se agitar.

A Filha de PoseidonWhere stories live. Discover now