A Filha de Poseidon

Capítulo 86: A Ação

Hades
Enquanto Maya lutava contra Oceano

Minha sobrinha é demais! Que modo turbo é esse?" Ares falou com empolgação.

"É claro que um troglodita como você iria comemorar isso! Isso não é saudável para ela, tonto!" Atenas reclamou dando um soco forte no seu ombro, já gemendo imediatamente.

"Aí! Sua sem-graça!" Ele reclamou massageando o braço com afinco.

"Parem de brigar, meninos!" Zeus ordenou calmamente. Seus olhos observavam atentamente a pequena Maya fazer estragos que podiam destruir países.

"Eu entendo agora o porquê Poseidon quer proteger tanto essa menina. Ela é forte, tem potencial para grandes coisas." Zeus falou sorrateiramente para mim, com olhos vidrados nela.

"Ela não é um de seus soldados, meu irmão. muito menos um peão no seu tabuleiro." Eu o cortei irritado.

"Um peão não... um cavalo!" Ele levou as mãos ao queixo. Seus olhos brilharam por algo que já era conhecido por mim... cobiça!

"Não invente!" Eu rangi os dentes, meu maxilar duro como pedra. "Ainda bem que Poseidon não está ouvindo! Porque ele está sofrendo nesse instante com medo de perder a alma da filha para vingança. Então não venha com esse papo para cima de mim. Ela é minha protegida! Eu a abençoei..."

"Sim! Você, eu e mais um monte de deuses!" Ele abriu um sorriso debochado, abrindo os braços.

"Mas, você sabe o que eu quero dizer! Eu a abençoei primeiro, ela é minha afilhada. Não ouse mais falar nesse assunto e nem tocar nela!" Eu ameacei gravemente, sentindo as sombras se agitarem um pouco.

"Está bem!" Ele espalmou as mãos nas coxas e levantou as mãos em rendição. "Não está mais aqui quem falou! Você sabe que eu aprecio a boa paz entre meus irmãos. Só queria que vocês não me tratassem com tamanho preconceito." Ele falou com um sorriso falso.

Eu decidi que não iria perder mais tempo com ele. Eu fui até Poseidon e o vi estremamente abalado. Não era fácil ficar calmo quando sua filha estava lutando com um titã elemental. Maya estava a vários metros debaixo do Oceano, lutando incansavelmente.

"Você tem que acreditar na sua filha!" Eu insisti novamente, colocando a mão em seu ombro. Poseidon chorava silenciosamente.

"Eu sei. Eu acredito mas, ainda dói ver ela assim. Ela está com a aura parecida com a Euríbia, a deusa da fúria do mar. " Ele resfolegou. "Tenho medo de perder ela! De ela ficar insana e descontrolada igual a ela." Ele se silenciou não querendo continuar a falar, não sabendo o que dizer. Eu podia sentir sua dor.

"Você sabe que estou aqui. Vou impedir ela de cometer qualquer loucura quando chegar o momento. Afinal, ela é minha protegida." Eu sorri para ele. Ele segurou minha mão.

"Espero que você tenha um excelente plano para conter a doida da minha filha." Ele sorriu para mim. Esfregando o rosto para secar todas as lágrimas.

"Ela tem com quem se parecer... a um certo deus do mar por exemplo." Eu sorri me afastando dele, bem no tempo em que ele bufou irritado. "Não se preocupe! Você sabe que sempre carrego um ás nas mangas." Falei por cima do ombro, indo em direção a Atena.

"Qual é o seu veredito, deusa da sabedoria?" Eu perguntei com um sorriso comedido.

"Ela está em um limiar perigoso, está perto de perder sanidade e a consciência. Não sei o que você vai fazer mas, espero que seja eficiente." Ela falou imperativa com um sorriso de lado.

"Você sabe que sou a definição da eficiência." Eu sorri novamente, me sentando na mesma rocha em que ela estava sentada. Ela soltou um leve riso.

"Verdade eu me esqueci disso!" Ela brincou tocando levemente meu ombro com os seus.