A Filha de Poseidon

Capítulo 5: Pretendentes?

Eu acordei com Angel invadindo o meu quarto.
"Vamos levantar, preguiçosa." Ela exclamou, abrindo as cortinas do meu quarto, fazendo o favor de me cegar temporariamente. Eu tenho que me lembrar de trancar a porta!
"O que foi? Nós vamos treinar?" Eu perguntei sonolenta.
"Não. Você esqueceu que depois de você completar 17 iria parar o treinamento?" Ela perguntou intrigada.
"É?" Eu perguntei confusa, por não me lembrar desse fato.
"Sim. E você tornou uma espadachim melhor que eu." Ela disse sorrindo orgulhosa.
"Uma filha de Ares!" Ela sussurrou.
"Oi?" Eu perguntei confusa. Será que eu ouvi aquilo mesmo?! Filha de Ares? Devo estar imaginando coisas!
"Bom, eu esqueci de te dar o meu presente." Ela falou.
"Presente? Não precisa ..." Eu falava quando fui interrompida por ela.
"Por favor aceite! É muito especial." Ela implorou.
"Ok." Eu cedi finalmente.
Ela trouxe pra cima da minha cama um grande embrulho. Ela olhou pra mim travessa, me incentivando a abrir. Eu abri, era uma linda espada de prata junto com uma bainha de ouro branco. A espada tinha um desenho de tridente, igual ao meu colar. Eu olhei pra ela animada e ergui a espada no ar. Ela se encaixava perfeitamente em minha mão e seu peso era ideal.
"Uau. É linda!" Eu exclamei admirada.
"Ela é de prata celestial. É perfeita para você!
Por favor! Me prometa que sempra vai leva-la consigo junto com a outra espada." Ela disse preocupada.
Eu hein! Prata celestial? E por que junto com outra? Uma espada não basta?
"Eu prometo." Eu disse animada ao admira-la outra vez em minhas mãos.
"Mas, então por que me acordou?" Eu perguntei intrigada.
"Pra você receber Madame Hannah." Ela disse. Agora? Pra quê? Eu hein!
"Oi?" Eu falei confusa.
"Você vai conhecer o primeiro pretendente hoje. E Madame Hannah vai lhe preparar. Você esqueceu?" Ela perguntou. Eu bati com a mão em minha testa. Nossa é mesmo! Tinha me esquecido da terrível parte do acordo com meu pai. Sem problemas! Vou expulsar todos à ponta pés!
"Pela sua reação aposto que você esqueceu! Bom, boa sorte pra eliminar o primeiro da lista." Ela sorriu com maldade. Pra quem não conhece Angel pensaria de primeira que ela é muito sinistra e maliciosa, mas por mais que não deixe transparecer. Com as pessoas da família ela tem um lado fraternal, de irmã mais velha.
"Se eu fosse você se demonstraria mal educada longe dos seus pais." Ela sussurrou.
"Com prazer!" Eu sorrio maliciosa.
"Boa sorte! Vou chamar Madame Hannah." Ela disse com uma piscadela.
"Ok." Eu sussurrei.
A Madame Hannah entrou, com uma roupa um pouco mais simples do que outrora.
"Srt. Miller que prazer revela. Esta pronta para ficar deslubrante?" Ela perguntou animada. É, pelo visto iria virar uma boneca outra vez! Eu assenti com a cabeça.
"Andem! Podem entra!" Exclamou Hannah. Ela abriu a porta deixando que uma penca de gente entrasse.
"Bom, estou sobrando. Boa sorte, Maya!" Ela disse saindo com uma piscadela significativa.
"Vamos começar!" Anunciou ela.
Bom, vocês já sabem a história! Só faltou ser carregada pela equipe de Hannah.
Fui empurrada pra uma banheira com um monte de coisas. Tive que ficar submersa na água antes de sair, não que eu me importe. Eu tenho um fôlego enorme!
Me secaram e passaram um monte de óleos e sais. Depois me enxaguaram de novo para ir pra uma banheira com uma agua de coloração estranha. Sai da banheira e fui secada de novo. Passaram um creme diferente em mim para minha pele absorver.
Depois fui vestida. Colocaram um vestido com espartilho, apesar de que eu não precisava. Madame me convenceu a usa-lo, para melhorar um pouquinho a minha postura. Era um vestido fantástico, com uma coloração creme com detalhes de renda dourado com um belo decote em v.
"Uau!" Eu falei com uma expressão boquiaberto.
"Fui eu que fiz." Ela disse um pouco presunçosa.
Na hora do espartilho, eu me senti totalmente sem ar.
"Eu não vou conseguir usar isso." Eu falei rouca por falta de ar.
"Acho que exageramos. Afrouxa mais um pouco Magnólia." Ela disse exasperada. Ela afroxou um pouco e deu pra respirar um pouquinho melhor.
"Obrigada. Mas, ainda acho isso incômodo." Eu falei rabugenta.
"Você ainda vai se acostumar." Ela disse sorridente.
Me deu vontade de pegar minha espada que estava debaixo da cama e lhe fazer um belo corte. É eu tinha uma espada debaixo da cama! Eu dei um sorrisinho amarelo.
Faltava poucos minutos para o chá da tarde quando finalmente fiquei pronta. É quando meu "pretendente" chegaria, prontinho para ser chutado de casa! A Madame Hannah e sua equipe saíram do meu quarto enquanto me preparava psicologicamente. Eu estava ansiosa não parava de movimentar a minha perna que se mexia freneticamente. Não parava de mexer em meu lindo colar de safira com simbolo de tridente com uma bela corrente de ouro branco. Eu não tinha ideia do significado desse símbolo. Eu não parava de mexer até ouvir a voz de minha mãe.
"Maya, por favor, desça. Seu primeiro pretendente está te esperando!" Disse minha mãe persuasiva. Eu revirei meus olhos, ajeitei o colar e o vestido e sai do quarto.
Dei de cara com minha mãe que me incetivava a descer. Ajeitei minha postura, ergui minha cabeça e fiz uma expressão de esnobe.
Desci as escadas com classe e encontrei meu pai e um cara que era justamente o cara que abandonou Chelsea. Ah! Eu vou aprontar legal com esse cara! Ele vai aprender a não mexer conosco!
"Querida, esse é Howard seu primeiro pretendente." Disse meu pai, implorando com os olhos para que eu tenha bons modos.
"Srt. Miller, é um prazer conhecê-la." Ele disse beijando a minha mão e tudo que senti foi asco.
"Sr. Pasteur." Eu disse com uma expressão séria.
"Bom, eu tenho negócios a tratar no meu escritório. Cuidarei que os mantenham em vigilância." Disse meu pai prezando pela minha virtude. Com coisa que eu deixarei este homem fazer algo comigo!
"Papai, não será necessário! Se trata de um cavalheiro!" Eu falei disfarçando o sarcasmo em minha voz, que logo meu pai percebeu.
"Tudo bem. Maya, leve o gentil cavalheiro ao jardim para tomar chá." Disse meu pai. Ele subiu em seguida as escadas.
"Vamos?" Perguntou ele oferecendo o braço que eu ignorei depressa, seguindo o caminho até o jardim.
Chegando na mesa preparada pelas criadas, ele puxou a cadeira pra mim mas, fiz questão de sentar na outra. Deixando escapar um sorriso sarcástico. Ele se sentou incomodado já demonstrando sua natureza.
"Por que age dessa maneira comigo?" Ele perguntou irritado.
"Porque conheco o tipo de homens como você Howard." Eu falei com presunção.
"Tipo de homens como eu?" Ele perguntou irritado.
"Sim! O tipo de homens que só quer farra e depois é obrigado pelos pais a arranjar alguém com um dote alto." Eu falei arqueando as sobrancelhas.
"O que?" Ele perguntou ultrajado. Com os punhos cerrados. Eu me levantei e ele fez o mesmo. Eu o encarei com deboche.
"Isso que você ouviu! Um homem que não consegue ficar com um par por uma noite, pode dar garantias de ser fiel à um só cônjuge?" Eu perguntei com sarcasmo.
Pronto toquei em seu ponto fraco! Todos os jovens da cidade sabiam da fama de Howard, só Chelsea que se negara a acreditar em tal coisa. Eu o vi ficar vermelho de raiva e levantar a mão para me dar um tapa, no último segundo eu segurei firme seu braço.
"Agora, covarde! Quer adicionar outra coisa na lista?" Eu perguntei com sarcasmo. Ele tentou se soltar mas, não conseguia. Eu estava distraída me mantendo segura do seu tapa, quando sua outra mão me atingiu fortemente no rosto. Seu soco me fez quase cair.
"Quem você pensa que é, bastarda?" Ele falou com deboche.
"Bastarda?!" Eu disse furiosa. Eu avancei até ele e lhe dei um soco na barriga que o fez perder o ar, ele colocou a mão na barriga e eu aproveitei a deixa e lhe dei um chute nas partes íntimas que o fez ajoelhar e cair no chão.
"Lave sua boca quando falar comigo e é melhor ir saindo da minha propriedade! Da próxima vez, vou lhe dar um belo corte de espada!" Eu falei furiosa o chutando outra vez.
Eu corri furiosa até o estábulo e não vi ninguém nele. Ainda bem!
Como ele pôde?!
Eu estava nervosa andando de um lado para o outro dentro do estábulo. Eu tirei os grampos do meu cabelo e o soltei por fim daquele penteado. Eu soltei do aperto que o espartilho me casava e enfim suspirei infinitamente melhor. Eu mal pude ver a tempestade que se formava lá fora.
Eu entrei no compartimento de Tempestade, a encontrei parada como se tivesse me esperando.
"Oi!" Sussurrei alisando seu pelo negro. Ela abaixou sua cabeça para que eu alisasse seu nariz.
"Vamos dar uma volta Tempestade." Eu disse a conduzindo para fora de seu compartimento.
Peguei Tempestade sem mesmo colocar uma cela. Eu a trouxe pra fora do estábulo e montei nela com pressa. Eu parti rapidamente seguindo em direção à floresta.
"Maya!" Alec gritou, vendo meu estado. Já era tarde eu já havia entrado na floresta e mesmo que tivesse ouvido, eu não queria parar. Precisava ficar sozinha!
Eu cavalguei com Tempestade até chegar no meu lugar. Eu saltei dela e atingi o chão.
"Fique por perto. E me avise se ver algo que não seja Alec e Trovão." Eu falei para bela égua que estava em minha frente. Ela relinchou em resposta e começou caminhar atrás de pastos mais apetitosos. Eu fui até a cachoeira e comecei a andar sem parar. Como louca!
Eu resolvir dar um mergulho para esfriar a cabeça, me despi rapidamente entrei na água. Eu fui novamente para debaixo da queda d'água.
Bastarda? Como ele pôde? Isso só foi um insulto não foi?!
Não tem como eu ser uma bastarda! Anthony e Annabeth são meus pais, não são? Esses pensamentos estão me deixando doida! Eu olhei ao redor e me assustei com uma cena bizarra. A água estava levantando sozinha! Como se algo a controlasse. As águas de repente se abaixaram.
Eu sai da água assustada e me vesti. Eu fiquei sentada em uma pedra pensado.
"Maya!" Alec falou ao me ver. E eu corri até seus braços. Eu chorei silenciosamente. Eu nunca chorava!
"O que foi? O que aconteceu?" Ele perguntou preocupado.
"Nada. Bobagem!" Eu disse limpando minhas lágrimas.
"Maya, eu te conheço. Se aconteceu algo me conte." Ele pediu com sua voz suave. Limpando o que sobrou das minhas lágrimas.
"Howard foi o primeiro pretendente." Eu comentei.
"Aquele cara? Eu não acredito!" Ele disse inconformado.
"Sim. Ele vei até minha casa e nos brigamos. Eu disse umas verdades e..." Eu falei hesitante.
"O que aconteceu, Maya?" Ele perguntou, já nervoso com que ele poderia ter me causado.
"Ele iria me bater e eu segurei mas, me distrai e ele me bateu e..." Eu falei hesitante, sendo interrompida por Alec.
"O que? Ele te bateu?" Ele perguntou exasperado.
"Sim. Mas, você sabe que não deixei barato." Eu falei baixo.
"Eu sei que não. A questão é que não se trata uma dama assim. Ele te fez mais alguma coisa?" Ele perguntou, enquanto me abraçava.
"Me chamou de bastarda." Eu falei com um tom grave e sério.
"Eu não acredito que esse cara fez isso!" Ele exclamou exasperado.
"Fez. Eu não aguento mais ficar lidando com gente assim." Eu falei me sentando na pedra em que eu estava outrora, olhando fixamente pra água. Alec sentou ao meu lado me envolveu em seus braços fortes e quentes.
"É só você se casar comigo." Ele disse suavemente. Eu fiquei surpresa e o encarei para ler sua reação, se estava brincando comigo. Ele não estava! Eu vi seriedade e carinho em seus olhos verdes que acabaram de mudar de cor. Eu sorri e o beijei emocionada. Nossos lábios se tocavam em um ritmo tão belo. Seu lábios tão macios e doces tocavam os meus com um carinho profundo.
"Então, isso é um sim?" Ele disse ofegante quando nossos lábios se separaram.
"Sim." Eu falei alegre. E nos beijamos outra vez. E para nossa sorte começara a chover.
...
Alec me deixou na fente da minha propriedade e nos despedimos com um abraço. Nós concordamos que ele iria pedir minha mão ao meu pai no sábado após ao baile.
Eu entrei em casa, após deixar Tempestade no estábulo, e dei de cara com meus pais. O meu estado era precário, estava com meus cabelos soltos e ensopados, minha roupa molhada e na barra com lama. Eu tirei meu sorriso do rosto e os encarei séria.
"Filha! Olhe seu estado!" Minha mãe começou a reclamar.
"O que aconteceu? Cadê Howard? Por que você sumiu?" Papai perguntou exasperado. Eu realmente fiquei brava! Eles se importavam só com Howard?! A tempestade lá fora ficou mais agitada. Eu olhei pra eles com raiva e Angel apareceu de repente na porta.
"Tá legal, gente! Dêem espaço para ela! Deixe ela se acalmar e principalmente, ela tomar um banho. Vai ficar resfriada!" Disse Angel, limpando a minha barra. Eles assentiram, percebendo o erro de me deixar parada na chuva. Angel me pegou pelo braço, e me conduziu até meu quarto. Eu fiquei parada nele. Esperando ela chamar uma criada para preparar meu banho.
"Temos um tempinho..." Ela comentou.
"Eu sinto muito por Howard ter te chamado de bastarda." Ela contou.
"Você ouviu? Como?" Eu perguntei confusa.
"Eu sou bem silenciosa. É minha obrigação ficar de olho em você! Eu prometi pra sua mãe." Ela confessou. Oi? O que? Eu realmente estou confusa!
"Hã? Quando isso?" Eu perguntei intrigada.
"Quando você era recém-nascida. Eu prometi a ela que sempre cuidaria de você." Ela disse nostálgica. Hum?
"Por que?" Eu perguntei novamente.
"Por que é a minha função." Ela respondeu como se fosse óbvio. Tá! Entendi menos ainda!
"Por ser minha prima?" Eu perguntei mais uma vez.
Tá! Já tô me cansando de ficar perguntando tanto mas, eu estou reamente curiosa!
"Não sou sua guardiã!" Ela respondeu.

Continua...

...
Olá meio sangues!
Mais um capítulo bombástico para vocês! Espero que tenham curtido!
Gente! O que será que a Angel quer dizer?
Gostaram da briga da Maya e do Howard?
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Bjinhos!

Bela_lima