Prólogo

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Dia 7 de Janeiro, 1676:

7 de Janeiro de 1676, Inglaterra:

Eu sou Elizabeth Hallford, a rainha da Inglaterra e mãe de Maya, a grande heroína dessa história. Vou contar pra vocês como nossa heroína foi concebida, tenho que confessar pra vocês que essa história é bem engraçada. Nessa trama errante que envolve um deus safado e uma humana ingênua, uma grande confusão gerou um amor que resistiu às eras e - é claro - gerou à nossa grande heroína.

Tudo começou quando uma rainha esperava seu rei para uma noite amorosa:

- Mas que coisa! Jonathan tinha que aceitar logo agora uma reunião do conselho?! – A rainha gritou, ela se levantou de sua enorme cama que estava arrumada para bela noite que teriam, ela foi até a parede e socou a mesma, fazendo com que a marca de sua punho ficasse sobre a mesma. Ao ver o que fizera ela soltou uma exclamação, ela passou a mão - de um modo quase agressivo – por seus belos cabelos loiros e levemente ondulados, que depois disso ficaram um pouco desgrenhados.

Ela tinha que se controlar, não podia perder a cabeça de novo. Mas, como controlar suas emoções, sendo que ela teve tanto trabalho para agradar o marido. Ela tinha se banhado, se perfumado, se arrumado para sua noite com o marido e ele lhe pagava assim? Deixando-a sozinha no quarto, enquanto ele cuidava dos negócios do reino a essa hora da noite?

- Será que essa maldita reunião não poderia esperar pela manhã? – Ela perguntou para si mesma não conseguindo se conter com sua situação.

A rainha começou a circular pelo quarto enraivecida, – tenho certeza que se essa história fosse um HQ sairia fumaça da cabeça dela – ela começou a falar mal, aos quatro ventos, do rei e seus conselheiros reais por a deixarem nesse estado. O rei sabia que ela ansiava por ele e por essa noite, depois das viagens que o rei fizera junto com o pequeno príncipe.

"Como ele pôde?" Ela sussurrou, bufando de raiva. Ela se sentou na cama desolada, a cama era enorme e ao vê-la tão vazia, a rainha se sentiu mais triste ainda.

De repente, seu marido irrompeu pela porta com um belo sorriso em seu rosto. Em um milésimo de segundo ela se esqueceu do que ele lhe fizera, ela se pôs de pé sobre a cama e se jogou em seus braços. Ele a recebeu de bom grado, eles se beijaram, então. Fazendo valer a pena as horas de espera por ele.

Eles se beijaram ardentemente, matando a saudade que tinham um do outro. Então, se amaram avidamente. A rainha começou a observar seu rosto para gravar todos os seus detalhes em sua mente. Apesar da única fonte de luz no quarto ser a luz prateada da lua, ela notou que seus olhos eram azuis de uma coloração tão incomum e tão intensa, que ao olhar para ele, ela se perdia naqueles olhos que tanto se assemelhavam ao cobalto. Sua pele era levemente bronzeada e tão macia como algodão, era de uma cor tão bonita que ela vira poucas vezes na sociedade. Seu rosto era tão másculo, mas continha certa suavidade em seus traços. Tinha cabelos castanhos escuros que eram como os meus levemente ondulados. Seus lábios eram rosados, macios e quentes. Ele era um homem lindo.

- Tão lindo. – Ela pensou consigo mesma, mas a realidade martelou em sua cabeça. – Esse não é John! – Ela pensou aterrorizada.

Ela se assustou ao constar que aquele não era seu marido e se afastou dele abruptamente. Jonathan tinha os olhos da cor castanho claro. Ela já iria gritar quando seu verdadeiro marido irrompeu pela porta e gritara ferozmente pelos guardas. O belo homem desapareceu em um jato de água pela janela afora, sem antes de lhe deixar um colar em seu pescoço e lhe dar uma piscadela que a fez corar.

Os guardas apareceram e a rainha continuou com sua expressão de perplexidade e confusão. Ainda sem entender o que lhe tinha acontecido, até que seu marido gritou em plenos pulmões:

- Poseidon!

Por mais confusa e estranha que se sentia ela nunca poderia esquecer aqueles olhos, o seu belo rosto e a forma suave de lhe tocar.

- Poseidon? – Ela sussurrou inaudível.

14 de Janeiro de 1677, Inglaterra:

12 meses depois

Eu estava com essa criança linda em meu colo esperando casal de nobres que eu confio de olhos fechados, entrarem na sala que eu estava. Eu estava com medo. Eu sabia o que estava propondo era muito mas, era preciso. Pra deixá-la a salvo! Por mais que partisse meu coração. Era preciso!

Ela é tão linda e tão parecida comigo menos, os olhos. Eles eram iguais aos do pai. Azuis, intensos e incomuns. Meu marido, sabendo que nem eu nem a criança tinha culpa, deixou eu tê-la em um lugar pacato onde ninguém sabia quem eu era. Enquanto estava naquela casa gestando, o pai apareceu e ficou comigo até a criança nascer, depois desapareceu da mesma forma que veio, deixando uma menina, filha de Ares, dizendo que ela era sua protetora. Ele teve que partir pra nos deixar seguras, senão a fúria dos deuses cairia sobre nós. 

O casal finalmente entram. E olham pra criança que tanto se parece comigo.

"Elizabeth, eu sinto muito que você tenha que fazer isso." Diz Annabeth Miller que parece que sente a minha dor.

"Eu sei." Eu disse com a voz embargada.

"Não se preocupe ela vai ficar bem. Nós cuidaremos dela como se fosse nossa." Disse Anthony Miller. 

Eu dou o bebê para Annabeth e uma dor imensa em meu peito se instala.

"Obrigada pelo o que vocês estão fazendo por mim." Eu disse com a voz embargada.

"É o nosso dever como súditos." Ele respondeu.

"Ela é tão parecida com você." Minha Annabeth sussurrou com um olhar amoroso para meu bebê, e nesse momento eu soube que fiz a escolha certa.

"Eu irei busca-la assim que fizer 17. Quando ela estiver crescida e já souber se defender. Obrigada mais uma vez." Eu falei. Anthony ele era general do exército inglês, ele a ensinará a se proteger.

"É um prazer rainha." Ele respondeu e fez uma reverência.

"Eu sinto muito fazer vocês se mudarem de sua pátria. Eu vou enviar uma ajuda mensal para vocês e vou deixar Evangeline para protegê-los. Por mais que vocês pensem que não vão precisar de uma garotinha pra protegê-los, ela é capaz de fazer isso e vocês vão precisar." Eu falei. Essa menina era uma caçadora de Ártemis, filha de Ares, outra gentileza de Poseidon.

"Não precisamos de dinheiro. E a sua menina só tem 6 anos." Anthony disse com um sorriso zombeteiro.

 Evangeline que estava presente se levantou rapidamente e tirou sua pesada espada que estava do seu lado e pôs no pescoço de Anthony antes que ele percebesse. Eu ri da cena, apesar de estar triste.

"Está bem. Nada a declarar." Disse Anthony ao perceber sua situação. Evangeline colocou a espada na bainha e sentou quieta e séria em seu lugar.

Eu peguei minha pequenina Maya pela ultima vez e pus em seu pescoço o colar que seu pai deixou comigo para da-la, quando não pudesse ficar mais com ela.

"Nunca tirem esse colar dela. E por favor não contem nada. A criem como se fosse uma filha. Cuidem bem dela!" Eu disse a entregando novamente para Annabeth e dando um beijo na pequenina pela última vez.

...
Oi gente!
Esse é meu novo livro! Espero que vocês curtam bastante! Eu vou postar dois capítulo por semana gente. 
Pra quem nunca leu um livro meu eu sugiro que leiam O Clã.
Bjinhos! Não esqueçam de curtir e comentar.

Bela_lima

A Filha de PoseidonWhere stories live. Discover now