Capítulo 31.

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— Eu disse que seria uma menina. — Louis cutuca Harry com o cotovelo. 

— Sim, você disse amor.  — Harry sorri para o marido. — Já sabe qual nome vai dar a ela? — se vira para Anna.

— Não. Ainda tenho tempo para discutir com Niall sobre isso.

— Sim. Tudo vai ficar bem.

—  Pelo menos tem uma novidade em meio esse caos. — Anna alisou a barriga. —  O filho de Liam e Cheryl nasceu hoje. 

— Isso é serio? —  a voz de Louis aumenta alguns decibéis. — Como sabe disso?

— Ele me encontrou e me contou.

—  É claro.  — Harry sorri. — Foi por isso que ele ligou para nós avisando. Ficamos tão alarmados que nem ligamos os pontos.

— Onde será que eles estão? Quero conhecer o bebê.

— É uma ótima ideia. — Harry passa o braço pelos ombros de Anna. — Assim podemos distrair um pouco a cabeça enquanto esperamos noticia.

— Vou ligar para Liam e ver onde eles estão. —  Louis diz e se afasta. 

— Vai me dizer com detalhes como é o bebe de Cheryl? — ela se aconchega nos braços de Harry. Qualquer coisa para se sentir acolhida.

—  Claro! Vou até te dizer se ele nasceu com o pinto pequeno ou grande, mas se ele tiver puxado o pai, vai ser pinto grande. — Anna começa a rir, imaginando como Harry conseguiu essa informação.

— Eles estão nesse andar. Cheryl saiu da sala de parto faz quatro horas. — Louis guarda o celular no bolso. A indignação estampada no rosto. — Quando ele iria nós contar.

— De tempo a eles. Dar a luz a um bebe deve ser muito cansativo e você nem se lembra de sair avisando os amigos. —  a pequena murmura, sendo conduzida por Harry e Louis pelo hospital. 

Anna fez um bilhete mental para si mesmo de nunca mais sair sem sua bengala ou Max. Estar tão dependente de outras pessoas era tão vergonhoso. Além disso estar naquele ambiente estava se tornando cansativo. O hospital estava gelado e ne, mesmo seu casaco esquentava seus dedos frios. A cabeça ainda latejava um pouco e ela sentia o nariz congestionado pelo choro. O pior era o barulho. Maquinas, pessoas andando por todos os lados e conversas paralelas, estava deixando Anna zonza. As vezes ela queria desligar seus sentidos mais agudos por alguns instantes. Sua habilidade de sentir as emoções estava a deixando doente. A maioria das coisas que sentia era a dor e tristeza de pessoas enfermas, somente algumas coisas boas.

— Olá papais. —  Harry saúda assim que adentram no quarto. — Fiquei sabendo que tem um anjinho por aqui.

— Como ele é pequeno. —  Louis se aproximou da cama, onde Cheryl estava deitada, com um sorriso brilhante no rosto e o bebe dormindo em seu colo. 

— Ele não é a coisa mais linda desse mundo? —  Cheryl podia ter passado pelo processo doloroso do parto a algumas horas, ter suado, chorado e se desmanchado por completa. Mas nada tirava o brilho avido de seus olhos quando olhava para seu filho. 

— Qual o nome? — Anna ainda estava agarrada ao braço de Harry, atenta as vozes do quarto.

—  Bear. — Liam sorria, olhando para o filho.

— É um nome lindo.  

— Quer segura-lo, Anna? — Cheryl a olhou, as mãos dela alisando a barriga já desatacada na roupa. — Sei que tem um bebê a caminho, mas deve estar ansiosa para ter em seus braços.

— Não sei se eu devo. —  sua voz falhou.  Realmente tinha noites que sonhava que estava segurando um bebe em seus braços e ele dormia tranquilamente.

—  Não seja boba. Sente-se aqui. — Harry a ajudou a se sentar nós pés da cama onde Cheryl estava.

Com cuidado, a mamãe coloca Bear nos braços de Anna, onde ela a ajuda os manter firmes. Anna abre um sorriso, segurando o pequeno pacotinho com toda segurança que pode dar. O cheirinho de bebê preenche seu olfato e parece ser um novo aroma que entorpece os sentidos. O leve som da respiração, indicava para Anna que Bear estava dormindo. Ela se imaginou, quando fosse sua vez. Quando seria sua filha em seus braços, seria uma sensação ainda melhor do que estava sentindo? De ter o ser mais precioso em seus braços.

—  Você será uma ótima mãe! — era uma imagem bonita, ver Anna segurando um bebê.

— Obrigada. — isso aquecia seu coração de tal forma que não conseguia colocar em palavras. — Tenho certeza que você já é.

— Obrigada. Já sabe se é menino ou menina? — pergunta.

—  Uma menina. — sua princesa. — Fiz a ultrassom hoje, junto com o Niall.

—  Já tiveram notícias? — Liam pergunta.

—  O médico disse que ele está tomando medicação e fazendo uns exames. — Louis responde, tocando o ombro de Anna, em sinal de conforto.

— Tenho certeza que ele deve estar bem. Deve ser o estresse e a tensão de ser pai. — Liam diz. — Quando descobri, pensei que iria desmaiar também. 

—  Não acho que seja isso. — Anna suspira. 

Harry fez o favor de mudar de assunto perguntando como foi o parto de Cheryl e as proximas horas se passaram com o relato sobre o acontecido e com Bear chorando, e dormindo, e sendo amamentado e Louis o colocando para dormir e Harry indo buscar comida para todos. Até que tempo demais havia se passado e Cheryl pediu para descansar um pouco. Tirando Liam, os demais voltaram para a sala de espera, ainda aguardando noticias. Anna já estava implorando a Harry para que fosse atrás de um medico para saber como Niall estava, quando seu nome é chamado.

—  Anna Collins? — Pandalek se aproxima dos três, que já se levantaram, aflitos e ansiosos. — O resultados de alguns exames já ficaram prontos, porém Niall ainda não acordou.

Anna aperta a mão de Louis. Ele ainda não tinha acordado? Isso estava certo?

—  O que ele tem? — Anna se adianta. — Por que ele desmaiou?

—  Infelizmente as notícias não são muito boas. Niall sofre de uma doença cardíaca a um tempo.

—  Doença cardíaca? — Harry franze o cenho para o medico. — Que doença?

— Ele sofre de insuficiência cardíaca. É uma condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para suprir as necessidades de oxigênio e nutrientes do organismo. — explica.

Louis segurou Anna com mais firmeza. Tinha certeza de que ela estava fraquejando diante da noticia. Ele mesmo estava em choque e tentando processar o que estava acontecendo.

— Ele desenvolveu isso? —  Harry estava tomando a frente, fazendo as perguntas que Anna queria fazer, porém não conseguia. A garganta fechada e o peso em seu peito só aumentado ainda mais. 

— É uma doença crônica de longo prazo, embora as vezes ela possa se desenvolver repentinamente.

— E por que só fomos descobrir isso agora? — o cacheado estava passando as mãos pelos cabelos.

— Os sintomas normalmente começam devagar. — o medico parecia cansado e triste. — No inicio só aparece quando se está mais ativos. No entanto os sintomas também podem aparecer de forma repentina e há alguns casos que o paciente nem apresenta sintomas.

- E qual é o caso do Niall? É grave?

— Estamos esperando o restantes dos exames para ter uma clareza sobre a situação.

— Céus. — Anna havia começado a chorar de novo. Tola, patética e tão fraca por estar a chorar todo momento. Deveria ser forte e enfrentar isso, colocar a cabeça no lugar.

— Tudo bem. —  Louis a abraçou com mais afinco. — Vai ficar tudo bem.

—  Isso não pode estar acontecendo. — fungou.

A Importância dos MomentosWhere stories live. Discover now