Capitulo 14.

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— Anna! – Niall grita e vai atras dela. – Anna espera!

As pessoas ao redor começar a prestar atenção na gritaria, porém o loiro ignora e continua a ir atrás dela. 

— Anna! – finalmente a alcança e agarra seu braço. – Nunca mais faça isso. — ela permanecia com a cabeça baixa. — Eu ficaria maluco se te perdesse depois do que aconteceu. — Niall segurou suas mãos. — Vem, vamos para um lugar seguro e mais calmo.

Ele os guia até a parte de trás de uma barraca de comida, onde tem menos movimenta e então se vira para ela, que se abraça.

— Ei. — se aproxima um pouco mais e segura seu queixo, a fazendo levantar o rosto. Niall não gostava quando ela usava seus óculos escuros, impedia que ele observasse seu rosto melhor e ocultava a coisa mais bonita que ela tinha, seus olhos. A cor era fascinante.

Com parcimônia ele retira os óculos, colocando pendurado em seu moletom e Anna franze o nariz com o gesto, porém permanece calada. Assim que Niall consegue ver seus olhos percebe que eles estão cheios. 

— Está tudo bem agora. — ele limpa o acumulo de lagrimas no canto do olho. — Estou aqui.

— Não gosto que vejam meus olhos. — coloca as mãos sobre eles, acabando de secar as lágrimas. Gostava menos ainda que a vissem chorar.

O loiro segura suas mãos com carinho e as abaixa.

— Pare de bobeira. — ele continua admirando a cor azul acinzentada dos olhos.

— Eu esqueci como você é irritante. — estala a língua e o cutuca nas costelas para se afastar. Era constrangedor ficar tão próximo assim e com ele a tocando.

Anna fecha sua bengala e exala longamente, jogando a cabeça para trás, clareando melhor a cabeça. Os minutos se passavam e ambos permaneciam em silêncio. Ela sem saber o que dizer e ele escolhendo as palavras certas.

— Não estou em sua companhia por pena. – Niall começa. – Não ligo se já me perdoou pela forma que tratei você. Pode me expulsar a hora que quiser, no entanto saiba que quero ficar. — se aproxima e Anna tenta focalizar seu olhar na direção da voz dele. — Não por que você é divertida e engraçada. Na verdade você tem um péssimo senso de humor. — sorri quando ela se finge de ofendida. — Quero ficar por que gostei de você. Admiro a forma como enfrenta o mundo e mesmo sendo cega tem seu próprio jeito de ver o mundo. Isso me intriga e me faz querer conhecer você ainda mais. — molha os lábios. — Além disso você me deve uma pelo favor de ter ido na sua casa ver sua irmã.

— Ah, você sabe mesmo estragar o momento. – Anna revira os olhos sorridente.

— Eu jamais esqueço uma divida e já sei qual a forma de pagamento. — sorri sapeca.

— E o que é? — franze o cenho.

— Você tem que ir em um brinquedo comigo. — propõe.

— Não, não, não, não e não! – ela nega com a cabeça e fecha o sorriso.

— Ah por favor, Anna! – ele a agarra pelos braços e balança com cuidado.

— Não Niall! – ela segura seus braços para faze-lo parar. – Você sabe que eu tenho trauma desse lugar e além disso sou cega e não gosto desses brinquedos malucos.

Um parque de diversões não era exatamente um ambiente para uma pessoa cega. A maioria dos brinquedos ou das barracas de brincadeiras necessitavam da visão ou pelo menos não teriam graça sem ela. A única coisa boa que conseguia aproveitar ali era a comida.

— Primeiro, você precisa superar isso, parque de diversões é um dos melhores lugares do mundo. Segundo, eu estou com você e vou te proteger dos caras malvados e terceiro, não tem só brinquedo maluco nesse parque. — depois de jogar todos os seus argumentos ele estava triunfante.

A Importância dos MomentosDonde viven las historias. Descúbrelo ahora