Capitulo 4.

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— O-o que? – sua voz sai trêmula, parando de andar no mesmo instante. – O que quer comigo? Por favor me deixe em paz. – pede.

— Fique calma, só quero conversar. – Niall para em sua frente.

— Não quero conversar com você. – Anna se abraça, constrangida. – E não quero que me siga seu maluco.

Claro, estou agora mesmo te perseguindo para descobrir onde mora e tacar fogo na sua casa. – Niall diz em tom de brincadeira, mas apenas deixou Anna com mais receio. – Estou brincando. Não sei se você também é maluca, você poderia muito bem mandar seu cachorro me morder.

Anna sorriu, ponderando sobre a ideia.

— Você tem um sorriso lindo. – Niall a admira, com um sorriso nos lábios, deixando Anna corada abruptamente.

Seu sorriso se fechou, abaixando a cabeça. Ela não estava acostumada com elogios e isso a deixava desconfortável. Seus lábios se abrem, pensando em alguma coisa para dizer, mas ela não era sociável, não tinha muitos amigos. O que dizer?

— Eu só queria te pedir desculpa, e dessa vez ser desculpado. – Niall se aproxima sorrateiramente.

Anna respira fundo, pensando na situação, quando Max começa a latir.

— Max! – ela o repreende, estranhando o comportamento do canino.

— Acho que ele não gostou muito de mim.  – Niall volta a se afastar, olhando para o cachorro com dentes a mostra.

— Sim, melhor eu ir, estou atrasada. – Anna mente, querendo fugir do loiro.

Estar perto dele só a deixava furiosa pela falta de respeito que ele tinha com as demais pessoas.

— Anna, por favor espera. – Niall caminha trás de Anna, querendo segurar o braço da mulher, mas com medo de ser repreendido.

— Para de me seguir! – Anna diz alto, os vindo o passos do homem atrás de si. – Me deixa em paz!

— Eu só quero fazer as coisas diferentes. – Niall ignora seus gritos e continua a caminhar do seu lado. – Por que não me desculpa e acabamos com isso?! Hum?

Anna ri, negando com a cabeça.

— Você é patético!

— O que? – o loiro para no lugar. Ele estava tentando se desculpar por sua grosseria, mas não estava tão disposto a se arrastar pelas ruas de Londres atrás de uma garota ranzinza.

Anna caminha mais alguma passos a frente, parando em seguida e se virando para trás. Ela tenta manter o rosto no dele, mas com tanto barulho na rua se torna difícil ouvir sua respiração e saber onde ele está.

— V-você é como as demais pessoas. – começa. – Me tratam as vezes sendo educados, as vezes mal educados, o que foi seu caso.

— Mas eu não sabia...

— Que eu era cega. É exatamente aí que eu quero chegar, assim que vocês descobrem que eu sou cega as pessoas mudam completamente. – as palavras queimam na língua. – Me tratam com pena, como se eu fosse uma doente, uma imprestável. Não quero ser tratada dessa forma, e você fez exatamente isso comigo, se não fosse o Harry te dizer continuaria a me tratar mal.

— Isso não é verdade. – sua voz e calma e Niall tenta se aproximar novamente.

— Sim, é! – sua voz é firme. – Agora me faz um favor e faz que nem todas as pessoas, se afasta e me esquece. – Anna se vira, cansada do assunto e ansiosa para chegar na sua casa, seu canto seguro, seu refúgio.

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