Capitulo 12.

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Eufórica, Anna corre para o quarto meio desleixada, acabando por esbarrar na quina da mesa de cento, fazendo um corte na coxa.

— Droga! – a dor irradiar pelo local ferido e se apressa em passar a mão no local para ver a gravidade da situação. O liquido quente escorre devagar, manchando sua pele e seus dedos. — Anne! — meio mancando ela agora vai lentamente até o banheiro e verifica se a tampa do sanitário esta abaixada para então se sentar.

— O que foi? – a voz da irmã preenche o pequeno banheiro. – O que isso na sua perna?

Como explicar que estava correndo de empolgação por que ia ver Niall naquela noite?

— Nada demais. – mente fazendo careta pelo ardor. – Pode me ajudar?

— Claro! – Anne pega a pequena caixa de primeiro socorros no armário do banheiro e se ajoelha no chão. Segura a perna da irmã analisando o corte e a mesma respira fundo antes da caçula começar.

O gemido é inevitável quando o algodão com álcool passa por cima do ferimento, higienizando.

— O corte foi grande, mas não foi fundo, só está sangrando muito. – Anne diz, acabando de limpar. – Vou passar uma faixa pra cobrir o corte, até parar o sangramento, depois você pode tirar.

Antes de enfaixar ela passa uma pomada para ajudar coagular o sangue e amenizar a dor e depois finaliza.

— Obrigada, Anne. – se levanta e lava a mão suja de sangue na pia.

— De nada. Ainda quer sair? – assinte. – Tá bom, vou tomar um banho e me arrumo rapidinho. Que horas, Luke disse que vai passar aqui?

— Sete. – se retira do banheiro. Pensa em avisar que Niall também vai, mas a irmã demoraria horas se arrumando e obviamente não tinham esse tempo todo.

Chegando ao quarto ela para no meio do comodo. O que poderia vestir? O que a deixaria bonita, mas simples também? Como saberia se estava apresentável se nem se ver conseguia. Era totalmente dependente da irmã.

Por que se importar tanto com um passeio? Niall nem mesmo olharia para ela com intenções. Nem mesmo sabia se ele ainda conversava com ela por pena ou outra coisa. Se ela não fosse cega ele continuaria a trata-la mal, como naquele dia em que se conheceram no café. 

Antes que continuasse nessa torrente de pensamentos negativos a campainha soou, despertando a realidade. A vontade de sair tinha diminuído drasticamente, ter chamado Niall foi um erro, pois agora ela tinha que inventar uma desculpa além de boa para escapar desse passeio.

— Quem é? – pergunta antes de abrir a porta.

— O Superman. – rindo, abriu a porta.

— Oi Niall. – o recebe com um sorriso. Por que estava sorrindo? Ela nunca sorri. – Entre. – assim que ele dá passos até a sala eu fecha a porta. – Seu perfume é bom. – deixa escapar e assim que percebe a situação desfere um tapa em sua testa. Não consegue guardar os pensamentos para si mesmo, sua anta?

— Obrigado. – ele ri mais da reação dela em si do que do próprio elogio.

Vermelha e com vontade de desaparecer no ar, ela caminha até o sofá com a marca avermelhada na testa pelo tapa, que faz Niall segurar uma risada.

— Já está pronta? — ele tenta mudar de assunto para deixa-la mais confortável.

— Eu não vou mais. – abraça as pernas.

Queria saber como ele esta. De tantas coisas que a frustavam aquilo era uma delas. Niall cheirava maravilhosamente bem, um perfume amadeirado que fazia cocegas em seu nariz. Queria tanto saber como ele estava, qual sua aparência, seu visual, seu estilo seria mais casual ou juvenil?

A Importância dos MomentosWhere stories live. Discover now