Stalker

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Maury: Não acredito na cena que estou vendo!

Saímos do carro e fomos em direção a ela.

Bruna: Mãe, para.

Maury: Jonathan, por onde andou que não veio mais aqui em casa? - fuzilei ela com os olhos.

Jonathan: Arrumei um serviço finalmente. - ok vamos fingir que foi por isso.

Maury: Quem diria vocês assumindo responsabilidades, um tempo atrás era só curtição. Mas vocês estão bem?

Mães, pra que ter não é mesmo?

Bruna: Sim mãe, Jonathan só veio te cumprimentar não se empolga. Ele...já vai indo.

Jonathan: É. Isso. Eu tenho que resolver umas coisas no trabalho. Foi bom te ver Maury, diz pra sua filha me convidar que venho visitar. - olhei pra ele como se tivesse falado algo idiota.

Maury: Claro, mas não espere pela Bruna, venha quando quiser, você sabe que é de casa. Até mais! Vou entrar que preciso ver minha torta no forno.

Jonathan: Até mais!

Minha mãe me olhou com um sorrisinho besta e entrou em casa.

Bruna: Ok virei a vilã então.

Jonathan: Claro que não! - diz rindo. - Tenho saudade da Maury, eu era acostumado com ela.

Bruna: E eu também tenho da sua família, diz pra eles que mandei lembranças.

Jonathan: Pode deixar. - ele ri sem graça e em um ato de disfarçar olha para a casa do Leonardo quase sem querer. - E você e o Leonardo... vocês estão juntos?

Aquela pergunta fez meu coração saltitar talvez por não estar esperando.

Bruna: An... não. Sempre fomos só amigos.

Jonathan: Desculpa a pergunta por mim estaria tudo bem se estivessem...

Bruna: Ok, ta certo.

Jonathan: Bom, eu vou indo, realmente tenho coisas pra resolver.

Bruna: Ta bom, até mais tarde!

Jonathan: Te vejo no baile!

Ele sai indo em direção a seu carro e eu entro em casa.
Minha mãe está na janela.

Maury: Era só isso? Nem um beijinho?

Bruna: Ai mãe, não enche! - me jogo no sofá e pego meu celular.

Maury: Vou te dizer, na minha época não tinha essa enrolação não. Eu pegava mesmo sem cerimônia.

Bruna: Olha, acho que esse cheirinho de queimado ta vindo da sua cozinha.

Maury: Minha torta cacete! - corre para a cozinha.

Bom agora é seis horas. O baile começa as nove, o que significa que logo vou ter que ir pra casa da Bianca pra me arrumar.

Vou esperar pra ver se a torta da minha mãe da pra ingerir e comer antes de ir.

Enquanto isso, fiquei no twitter vendo o pessoal falar bem do discurso do Léo e parabenizar os formandos. Hoje o dia é deles e estou louca pra ver o que Zoey preparou nesse baile.

Minha mãe vem da cozinha com as chaves do seu carro na mão.

Maury: Por conta de acidentes, vou ir na padaria comprar torta.

Bruna: Isso se o carro ligar. Esse carro ta mais parado que a minha vida.

Maury: Não fala mal do meu neném.

Bruna: Compra uns pães de queijo pra mim levar pra casa da Bianca por favor.

Maury: Ta bom.

Ela sai e fico sozinha em casa, bastante triste.

Ligo a TV só pra escutar alguma voz e continuo mexendo no celular.

Não sei porque tive um sentimento diferente, como se eu estivesse sendo observada... Mas ignorei e tratei como se fosse a falta de costume de ficar sozinha.

Mas o sentimento de estar sendo observada começou a ficar desconfortável e eu evitava olhar para a janela do lado esquerdo da sala, sentia que algo estava incomum.

Me levantei cautelosa e andei até a janela. Foi quando escutei passos rápidos como se alguém estivesse do lado de fora fugindo nesse exato momento.
Tranquei a janela assustada e corri para conferir a porta. Minha mãe havia trancado.

Vejo as outras janelas do primeiro andar e também estão trancadas. Sem saber o que fazer, volto para a primeira janela e observo atentamente o lado de fora. Essa é a janela da sala de estar que da de frente com o lado da casa do Leonardo. Não vejo nada mas sei que aquilo não foi imaginação... tinha alguém aqui.

Eu devia chamar a polícia?
Nesse exato momento a maçaneta da porta gira, quase me fazendo gritar.
Minha atenção é voltada para a porta e meu coração está a mil.
Logo em seguida, batidas.
Tem alguém batendo na minha porta! Ai meu Deus eu vou chamar a polícia...

''Tem alguém nessa casa? Abre aí Bruna!" - é o João! Nunca agradeci tanto por escutar a voz desse tolão.

Caminho em direção a porta.

Bruna: João, é você mesmo?

João: Abre logo!

Peguei a chave reserva da gaveta e abri a porta.

João: Finalmente! - diz entrando.

Saio na varanda e observo meu bairro, nenhuma movimentação.
Entro novamente trancando a porta.

Bruna: Ah, então era você fazendo aquilo? Você me assustou de verdade!

João: Fazendo o que? - perguntou já sentado no sofá.

Bruna: Você sabe do que estou falando...

João: Eu acabei de chegar.

Bruna: Então não era você?

João: O que aconteceu?

Bruna: An... Nada. Eu tive a impressão de que estava sendo observada e escutei passos lá fora.

João: Provavelmente foi algum otário do colégio dando uma de pervertido. Todo mundo sabe aonde a gente mora.

Bruna: Bom esse otário me deu um baita susto.

João: Você ta sozinha?

Bruna: Sim, a mãe foi na padaria.

João: Ficar sozinha atrai adolescentes perseguidores, não se cuida não.

Bruna: Ok deixa isso quieto. Por quê você não está com a Bianca?

João: Deixei ela em casa e vim porque não sou obrigado a aturar a demora de vocês então vou me arrumar aqui e aliás ela deve estar te esperando.

Bruna: Eu só to esperando a Maury chegar com meus pãezinhos de queijo. - escuto barulho de carro - Deve ser ela.

Pouco tempo depois minha mãe entra em casa e me entrega os pães de queijo.

Bruna: Beijo família, to indo nessa.

Maury: Quer que eu te leve?

Bruna: Não se preocupe, ja pedi um uber.

Saio de casa com minha bolsa cheia do que eu ia precisar, vestido, acessórios, etc, enquanto os dois se preparam para comer.
Caminho até a frente da minha casa onde um carro ja está estacionado. Então lá vamos nós, espero que sem ser seguida por nenhum perseguidor esquisito.

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Twitter: Mandywtt

O Idiota Do Meu Melhor Amigo {Finalizado Em Edição}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora