É hora de enfrentar Jonathan!

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Leonardo: Jonathan? - ele me olha com certa dúvida, eu também tive receio em falar com ele por não ter certeza de que era realmente ele.

Jonathan: Léo? - uno as sobrancelhas. - Cara o que que 'cê' ta fazendo em Stanford? - pergunto dando um abraço de comprimento.

Leonardo: Voltei ontem de viagem, vou morar aqui novamente.

Jonathan: Agora você vai me explicar o porquê de você ter ido pro Canadá sem falar com ninguém?

Leonardo: A empresa do meu pai no Canadá estava quebrando aí tivemos que ir as pressas pra lá mas eu não sabia que iríamos morar lá se não tinha me despedido de todos. Mas agora, meu pai reergueu a empresa e inaugurou uma filial em Detroit e após um ano, eu voltei! - gesticula para si me fazendo rir.

Jonathan: E vai estudar na Stanford College?

Leonardo: Onde mais eu estudaria? Claro! - solta uma risada.

Leonardo Albuquerque era meu melhor amigo até do nada se mudar pro Canadá quando estávamos no segundo ano do ensino médio. Ele sempre foi o ''popular'' e o preferido das garotas, quando ele se mudou, seu posto foi automaticamente pra mim. Claro que ele é bem diferente, sempre foi o tipo de garoto que fazia as garotas se apaixonarem em três palavras.

Jonathan: Foi aprovado? - pergunto assim que saímos do mercado.

Leonardo: Sim, finalmente vou pro terceiro ano, mesmo que ainda não tenha começado a estudar. - explica.

Jonathan: Não perdeu muita coisa, ontem foi o baile de boas vindas.

Leonardo: Um pouco atrasado né?

Jonathan: Sempre atrasado. - rimos.

Leonardo: O diretor ainda faz aquela brincadeira?

Jonathan: É...Mais sério que nunca! - ri.

Leonardo: Eu lembro do ano passado, a gente estava no segundo ano e fui o rei do lado da Bruna, a aluna nova do primeiro ano na Stanford, foi aí que a conheci. Mas infelizmente, um tempo depois tive que viajar. - quando toca no nome da Bruna, fica cabisbaixo de imediato.

Eu sabia que ele e Bruna tiveram um romance, mas não ligava. Porém quando ele falou dela daquele jeito, me deu um incômodo muito desconfortável, eu não sei o que eu estou fazendo... Por quê sentir raiva de um amigo por ele ser ex da sua melhor amiga que você beijou no dia anterior? Não tem nem porquê me sentir incomodado com uma coisa dessa. Mas uma coisa que me irrita e bastante é não saber o que rolou entre os dois, ele foi o único cara que Bruna nunca me falou a respeito, meu melhor amigo. Sempre quando tocava no nome dele ou perguntava sobre, Bruna ficava desconfortável e irritada, porém, a mágoa era visível nos seus olhos, a mesma mágoa que vejo agora nos olhos do Leonardo.

Os olhos de Bruna denunciam tudo que ela sente, então, ela não mente muito bem.

Me despeço de Leonardo, que informou que começaria na escola na quarta e me pediu sigilo sobre sua volta, queria fazer uma surpresa ou algo assim, e fui pra casa em seguida.

***************

No outro dia minha rotina foi a mesma: levanto, me arrumo e vou pra praça.

Não tem nenhum sinal da Bru e das meninas na pracinha, só Luan, Gui, Mat e Henrique estão lá, e eu senti um clima tenso entre Luan e Guilherme, mas não ia perguntar. Eu ainda não gosto do Henrique mas tenho que atura-lo, na minha opção, ignora-lo.

As meninas deram um chá de sumiço e meu plano de conversar com a Bruna antes das aulas foi por água abaixo.

Embora fosse a mesma rotina, hoje seria um dia bem diferente, seria inevitável esbarrar com o olhar da Bruna na escola e eu não estou muito preparado pra saber o que ela sente.

P.O.V Bruna

Sabe aqueles dias que você não acorda de bom humor? Então, acordei assim hoje por motivos de: hoje é segunda, tem aula, vou ter que disfarçar meu incômodo na frente de todos e ter que ver Jona.

Não queria sair de casa, hoje seria um dia perfeito pra passar o dia inteiro na minha casinha aconchegante e tediosa.

Perto do meio dia João abre a porta do meu quarto com tudo me fazendo cair da cama.

Bruna: Meu Deus João! Não sabe bater na porta não? - pergunto me levantando lentamente com meu cobertor.

João: Você ainda ta na cama? - me olha espantado.

Bruna: Não, é que eu adoro me jogar no chão de uma certa altura. - respondo deitando novamente.

João: O que aconteceu com a menina que acordava as seis da manhã e ficava me enchendo?

Bruna: Ela viu uma maratona de filmes na madrugada.

João: Cala a boca! - diz rindo. - Vem levanta logo, vamos pra pista.

Bruna: Nem pensar! O Jonathan com certeza vai estar lá, vai você maninho.

João: Ta bom então ao menos desce pra almoçar né. - fala dando um beijo na minha testa e saindo do meu quarto.

Resmungo várias vezes, quero levantar mais estou com preguiça. De repente sou despertada por um cheiro de panquecas maravilhoso e desço correndo, quase rolando, e minha mãe perfeita está fazendo panquecas de chocolate.

Grito histericamente fazendo minha mãe levar um susto por não ter me visto.

Maury: Menina, você quer me matar? - pergunta com a mão no peito como se recuperasse fôlego. - Eu já tô velha pra essas coisas!

Bruna: Desculpa mãe, é que eu me empolguei de ver você no fogão, cadê a Sheila?

Maury: Ah é, tenho uma notícia boa: eu peguei férias! - diz animada.

Bruna: Que bom, agora vou poder comer as panquecas que só você sabe fazer.

Como o meu ''almoço'' e volto para o quarto, já era quase uma da tarde quando a campainha toca e como minha mãe havia saído para ir ao shopping com a vizinha (mãe do Henrique), vou atender.

Quando abro tenho uma grande surpresa: Sthefany, Casey, Karla, Zoey e Bianca sorrindo animadamente na minha porta. Lá vem!

Elas só querem me animar, vejo que a Zoey tem problemas em guardar segredos. Não que eu não fosse contar sobre o baile para as outras, eu ia porque confio nelas. Porém, Karla não é totalmente de confiança, ela é legal mas não sabemos muito sobre ela, vai que ela ainda é uma seguidora fiel da Rebecca e vai correndo ir contar a ela? Seria um desastre.

Mesmo eu não estando animada fiquei mais segura com minhas amigas ali, passamos a tarde inteira conversando e rindo de vários assuntos diferentes até dar cinco horas e elas irem pra casa pra se arrumar para a escola.

Tomo um banho relaxante, boto uma calça jeans colada preta, uma blusa de renda branca, um tênis roxo forte e minha fiel bolsa de alça preta com canetas e coisas pessoais.

Saio a pé e sozinha já que João nem passou em casa e vou rumo a escola.

Paro quando chego em frente ao portão, fiquei encarando a escola e as pessoas entrando. Tudo tão normal e quieto, mas dentro de mim é uma guerra, meu coração quase salta para fora em pedido de fugir correndo dali, mas é hora de enfrentar meu coração e tudo que eu estou sentindo, é hora de enfrentar Jonathan!

O Idiota Do Meu Melhor Amigo {Finalizado Em Edição}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora