pillowtalk | zylie

2. because i dont trust you

Ele me olha de forma fria e os seus olhos estão mais escuros. Suas mãos apertam o meu braço com força.

Com certeza vai ficar a marca.

- Você está me machucando...- minha voz saiu quase inaudível. Eu estou com muito medo.

- É o que?

- Você tá me machucando - falo mais alto.

Ele olha pro meu braço e afrouxa o aperto.

Ele passa um tempo pensando como se estivesse totalmente sem saber o que fazer.

- Te dou cinco minutos pra você ir na sua casa, pegar as suas coisas e vim comigo.

É o que?

-Pra onde eu vou?

- Não interessa, só vai pegar as suas coisas! - ele diz impaciente.

- Por que você quer me levar pra esse lugar misterioso? - pergunto e ele revira os olhos.

- Porque você viu demais. Agora entra na porra da sua casa e pega as suas coisas antes que eu me irrite mais e faça você ir sem elas - ele fala e eu corro pra casa, estamos perto.

Abro a porta e corro pro meu quarto. Pego as minhas roupas do armário e jogo todas dentro de uma mala. Coloco as minhas coisas da escola também, escovas de dentes e outras coisas.

Estou com tanto ódio por eu estar com tanto medo dele, estou fazendo tudo sem sequer reclamar.

Eu poderia chamar a polícia, não é? Mas e se os amigos deles viessem atrás de mim? Não quero arriscar.

Eu não sei pra que merda ele me quer lá. Ele acha que eu vou contar a alguém o que eu vi? Eu estou me cagando de medo.

Resmungando, eu pego meu celular, notebook e os carregadores de ambos e jogo na mochila. Pego a mochila e desço.

Malik está encostado na porta olhando pro lado de fora. Fico imaginando caso eu tivesse chamado a polícia. Ele ia subir em dois segundos e me matar kk

Me apresso em pegar as chaves de casa e ir até ele. Ele apenas me olha e faz um sinal pra eu sair da casa. Obedeço. Fecho a porta e sigo ele.

Vamos até o final da rua e tem um carro aqui. Ele destranca o carro e entra no lugar do motorista, então eu entrei no banco do passageiro ao seu lado.

O carro começa a andar e eu pego o meu celular pra mandar uma mensagem pro Niall.

- Nem pense em fazer isso, ou você quer que eu confisque o seu celular? - ele diz de forma rude e eu desisto de mandar a mensagem. Guardo o celular.

- Até quando eu vou ficar lá?

-Até quando eu quiser!

- E você acha que é assim? Você faz suas merdas, me vê na rua e me sequestra?

- Eu não te sequestrei, você veio com as suas pernas e entrou no carro, não te peguei a força, apenas te obriguei a fazer isso.

- E a escola?

-Você vai comigo, não é obvio? Você é burra ou algo do gênero? Você vai continuar com a mesma rotina - ótimo, quando eu sair da aula eu vou fugir - só que você vai ser vigiada a cada passo que você der, e invés de ir pra sua casa, você vem pra minha - ele para o carro.

Estamos em frente a uma mansão. Ele é rico assim? Ele coloca o dedo em algo do portão e logo ele se abriu. Malik sai do carro e eu repito o seu ato pegando a minha mochila e o seguindo pra dentro da casa.

Tem seguranças rodeando toda a casa e eles nem se deram ao trabalho de virar a cabeça pra me olhar, acho que é ordem do Malik. Eles são muito bons no que fazem.

Ele abriu a porta e entrou me deixando plantada ali fora. Ele jogou suas chaves do carro em cima de uma mesa que tinha lá e me olhou como se eu fosse uma retardada.

- Por que caralho você não entrou nessa porra ainda?

-Porque você não me avisou que era pra entrar! -resmunguei.

Ele revirou os olhos e fez um sinal pra que eu seguisse ele. Ele começou a subir umas escadas que tem aqui e eu vou logo atrás. Passamos por um corredor com várias portas e ele ignorou todas elas indo pra uma que era no final do corredor.

Ele abriu a porta e entrou no quarto, fui atrás.

-Você vai ficar aqui, arrume as suas coisas ali -ele apontou pra um armários - Eu vou sair! As janelas estão abertas, você deve esta pensando porque eu te deixaria tão livre? Simples, se você tentar fugir vai ser pior pra você! Tenho seguranças que estão autorizados a te matar caso tente algo, tem cachorros caso os seguranças não dêem conta, o portal da frente só abre com as minhas digitais ou com um cartão que somente os funcionários têm, e nem pense em roubar porque também pede as digitais e se tentar pular o muro...bem, vai morrer eletrocutada- ele abre um sorriso doentio e eu estremeci.

Eu estava paralisada de medo. Porque tudo isso? Porque ele não me deixa?

Eu até desconfio que tudo o que ele disse é mentira. É muito difícil uma casa assim ser tão protegida e não ter ninguém importante morando nela, ma eu não quero pagar pra ver.

- Eu não vou contar nada a ninguém, por que você não me deixa ir embora?

-Porque eu não confio em você. - ele disse simplesmente - e não fique zonzando pela casa, tem moveis que se detectar algum movimento estranho, vão disparar raio lazers que vão te matar! - ele diz serio e depois solta uma gargalhada ao ver a minha cara de assustada.

Isso é hora de fazer piada?

- Você é doente - falo e ele fica sério novamente. Ele se aproxima de mim com passos perigosos.

-Nunca mais se dirija a mim dessa forma! Eu fiz o favor de não te matar hoje e você ainda é mal agradecida? Quer que eu te mate agora? - ele puxa um revolver da cintura.

- Não! -falo rapidamente.

-Então para de reclamar e procura algo pra fazer! Ah, e cuidado com as mensagens que você manda, eu já sei o seu numero e posso hackear suas mensagens a qualquer momento, até as mensagens apagadas! E não entre no meu quarto, ele está trancado de qualquer forma! -ele pisca um olho e sai do quarto.

Me jogo na cama de solteiro que tem nesse quarto e começo a chorar. Choro até dar dor de cabeça e soluçar.

Eu não vou mais ver o meu irmão? Não vou mais na minha casa? Posso morrer a qualquer momento?

Por que a casa do Malik é tão grande e cara? Por que tem milhares de seguranças por ela? Será que ele tem algum tipo de inimigo psicopata que pensa em invadir a casa dele?

Em meio de lágrimas e soluços acabo dormindo.

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Revisado. 8 de março de 2020

Pena eu tenho da Kylie que acreditou que tinha isso tudo na casa dele