Um final diferente (a seleção)

6

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

O almoço do dia seguinte já havia acontecido e as famílias reais já estavam chegando.
Subi para meu quarto para me arrumar, tomei um banho longo e relaxante, com espumas e pétalas de rosas.
Coloquei um vestido preto no corpete em formato de coração com o sinto preto brilhante e a saia rosa bebê com um caimento que ia até o chão. O vestido se ajustava muito bem na cintura. O sapato de salto preto liso, meu cabelo preso em um coque não muito alto, com algumas mechas ruivas soltas e meio encaracoladas na pontas.
A maquiagem ficou um pouco pesada demais mas dando destaque para meus olhos azuis, e os brincos de pérolas.
Me olhei no espelho. Minhas criadas se superaram com esse vestido.
Desci as escadas e resolvi ficar ao lado de Nick e da família real. Celeste ainda não havia chegado, aonde será que ela estava?
Os carros começaram a parar em frente ao castelo. Várias pessoas entravam e eu nem sabia seus nomes, embora eu deveria estar sabendo, mas não me importei muito com isso.
Nick soltou um gritinho de empolgação quando viu uma menina morena de pele branca e olhos claros, muito bonita, com um vestido roxo claro saindo de um dos carros.
— Daphne!!Que saudades!!!
Eu a cumprimentei com uma reverência rápida e ela me olhou curiosa.
— Você deve ser America.- disse com um sorriso- Nicolleta me falou muito de você para mim.
Lancei um olhar para Nick que soltou uma risadinha nervosa.
Então essa é a Daphne. O rei Clarkson havia comentado sobre ela para mim durante a seleção só para me provocar ciúmes.
E falando em rei Clarkson, olhei para o lado de fora e o avistei subindo as escadas ao lado de Amberly. Gelei. Logo atrás Kriss e Maxon com os braços unidos.
Maxon me avistou e me encarou nos olhos.
— America!?
Fiz uma reverência magnífica. Deixando o rei Clarkson irritado. Ele até ficou vermelho.
— O QUE ESTA GAROTA ESTÁ FAZENDO AQUI???
Gritou cheio de ódio. Kriss me olhava de cima a baixo com a boca aberta, Amberly tentava esconder o sorrisinho e Maxon não desgrudava os olhos de mim.
— Ah rei Clarkson! - exclamou rei Wallace, pai de Nicolleta- há quanto tempo!
— Com todo respeito Wallace, o que está garota faz aqui em seu palácio?
Perguntou tentando manter a calma, mas estava muito claro que era totalmente ao contrário. Acho que o rei Wallace não gostou e sua expressão passou de um sorriso para um olhar desafiador.
— Ela é a dama de companhia de minha filha e ajudante de minha esposa. Algum problema Clarkson?
— Não.
Ele tentou se segurar mas fiquei até com medo de seu olhar direcionado para mim cheio de veneno.
Maxon se soltou dos braços de Kriss , que o observou com ódio enquanto ele começou a acariciar meus braços.
— Mas..... como....?
Com um gesto brusco separei suas mãos de meus braços e comecei de forma fria e grossa, endireitando a postura.
— É uma longa história alteza.
— America n......
Antes que Maxon pudesse terminar sua frase, Adam se aproximou de nós me dando um beijo na bochecha e segurou em minha mão, isso foi o bastante para que Maxon se afastasse.
— Príncipe Maxon. Que prazer em revê-lo.
Disse Adam tentando disfarçar e eu continuava calada.
— Queria poder dizer o mesmo.
Disse sendo frio. A rainha Adelaine se aproximou cumprimentando todos, percebendo que o clima estava bem pesado e disse:
— Por que não vamos para o salão nos divertir um pouco?
Todos que estavam naquele ambiente se direcionaram para o salão onde estava ocorrendo a festa. O DJ tocava músicas mais modernas onde poucos se encontravam na pista.
Maxon e sua família se afastaram deixando eu e Adam sozinhos. Me virei para ele e o vi estendendo sua mão.
— A senhorita gostaria de me acompanhar nesta dança?
Ele perguntou com um tom educado acima do normal, me fazendo rir e jogando a cabeça para trás.
— Alteza, para mim seria uma honra.
Disse no mesmo tom e pegando em sua mão.
Ele me conduziu até a pista e o DJ começou a tocar uma música lenta onde todos se abraçaram e nós fizemos o mesmo. Eu encostei minha cabeça em seu ombro, fechando os olhos por um instante.
— America, você é a melhor coisa que já me aconteceu. Antes de você meu mundo era simples, sem vida, sem cores, mas com você ao meu lado tudo fica melhor, eu me sinto diferente, especial. Por favor- ele implorou- diga que me ama, meu amor.
Ele sussurrou em meu ouvido me fazendo sorrir, e derrubar algumas lágrimas. Me senti amada. A sensação me lembrou dos tempos da seleção. Eu tinha que pensar no meu futuro, em outras pessoas não só em Maxon. Era como se estivéssemos sozinhos na pista, sem ninguém ao redor. Eu nunca estive tão certa.
— Eu sinto algo por você e.....
Depois dessas palavras ele me beijou, com pressa e urgência. Eu me senti amada, como se Ian pudesse me satisfazer por inteiro. Eu sabia que várias pessoas podiam estar nos olhando incluindo Maxon. Mas não me importei. Porque tudo que eu queria era ficar ali ao seu lado.
Eu me afastei para poder olhar seus olhos que brilhavam intensamente por causa da luz.
Eu o agarrei pela manga do paletó sabendo que deixaria amassados depois. E nos conduzi para fora do salão para poder desfrutar do novo sentimento que havíamos descoberto.
Nos beijamos intensamente. Começou a ficar bem mais sério. Ele me prensou contra a parede fria me fazendo sentir arrepios. E os dois estavam ofegantes. Ele passava as mãos por minha cintura e curvas descendo e subindo pelo meu corpo, enquanto eu bagunçava seus cabelos loiros. Eu sentia falta daquela sensação.
Interrompemos o beijo em busca de oxigênio e suspirei forte. Ele beijou meu queixo e pescoço para finalmente se afastar.
— Eu te amo.
— Também te amo.
Sussurramos um para o outro. Ele arrumava suas roupas e eu o vestido e o cabelo.
— Quer que eu pegue umas bebidas para nós?
Fiz que sim com a cabeça enquanto ele voltava para dentro satisfeito.
E adivinha quem apareceu na minha frente. Maxon.
— O que você quer?
Perguntei tentando me afastar mas ele não permitiu.
— Podemos conversar?
Perguntou como um cachorrinho abandonado.
— Não!
Gritei e tentei me afastar mas ele agarrou meu braço. Dessa um pouco mais feroz.
— Por favor?
Não tive como negar. Ele ameaçava a chorar naquele mesmo instante. Embora eu não quisesse falar nada com Maxon não consegui ressisrir. Revirei os olhos.
— Sem gracinhas Maxon.
Adverti. Sabia que isso não iria dar certo.
Ele sorriu satisfeito e saiu na frente todo alegre me guiando até uma sala ali perto.
O que eu estava fazendo?

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::