Viagem de uma última hora

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Narrador
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Desistiram de ir à praia do quando o sistema mostrou alguém mais dentro da casa. Os caseiros pareceram confusos; talvez fosse apenas um problema técnico.

- Já aconteceu antes? - Carlos pergunta, reabrindo a porta aos poucos ao olhar para a mulher, que nega.

- Não, mas não acho estranho. - Deu de ombros, respondendo com seu sotaque.

- Acredita em fantasmas? - Arya perguntou, naturalmente, porém olhando para Miguel e não para ela.

- Por que faz essa pergunta? - Ela devolve, franzindo o cenho - É ridículo, não existem - Ergueu uma sobrancelha.

Arya suspira lentamente, erguendo a cabeça aos poucos e dando Miguel para Jane, que se mantinha um tanto perturbada.

- Talvez não. - A menina disse, pedindo licença ao pai, entrando na casa enquanto olhava ao redor.

O casal e seus filhos a seguiram, intrigados.

- É apenas um problema técnico. Não é algo que deva nos preocupar. Nos resta apenas trancarmos a porta - O homem diz, em inglês.

- A chave está dando problema nessa porta, senhor Henri. Não acho tão seguro - Jane lembra.

- Ah... vamos, aqui é uma Praia movimentada. O que demais poderia acontecer? - Franziu o cenho, mas parecia incomodado - Isso já estava dando problemas antes - Resmungou, mais para si mesmo - Terei de trocar de novo. Mas garanto que não há ninguém na casa. Deve ser um defeito, olharei pela manhã.

- Sabe que é ilógico o sistema apontar que há alguém em algum dos aposentos sem ter realmente alguém, não? - Carlos insinua.

- Não é impossível, senhor. Acredito que, impossível é realmente ter algo sobrenatural, como sua filha acusa. - O dono da casa responde, afastando a porta e entrando sem relutância.

**

É madrugada quando Logan acorda do pesadelo. Não lembra de muito; apenas de uma sala. Sabia que estava estranhando nela e que pessoas falavam com ele. Talvez gritavam.

Olhava aturdido pelo teto do quarto, sem perceber Sam em um sono agitado.

De certa forma, o garoto já estava acostumado com os sonhos estranhos, mesmo que não lembrasse de tantos com exatidão. Ultimamente tinham abaixado muito a frequência; era a primeira vez que voltava a ter depois de semanas.

Suspira, balançando de leve a cabeça e se sentando, aturdido de mais para pensar em algo. Tudo de estranho que ia acontecendo o fazia se questionar se realmente estavam fora de perigo. Mas talvez fosse besteira; Talvez simplesmente deveriam recomeçar de outra forma.

Levanta pensando nos sonhos e nos acontecimentos de outrora. Tinha um pressentimento tão ruim, mas estava tão feliz por um momento; estavam em uma viagem, aquilo não poderia acontecer.

Sam, do outro lado do quarto, presencia a história mais hedionda de se contar e ouvir por pesadelos. A visão do fogo, o coração descompassado, o pânico de não estar entendendo e pensar que, talvez, tivesse relação com seus pais, fez a menina gritar ao ver a figura mais nova de uma pequena Alyce com total clareza perante ela.

Tem Alguém Ai? - Volume 3Where stories live. Discover now