Capítulo 31

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Assim que os irmãos saíram da sala Anahí entrou. Deu um duro danado para conseguir encontrar a pulseirinha que tinha desde o nascimento. Precisou revirar suas coisas de crianças que estavam guardadas em uma grande caixa. Mas depois de tanto procurar enfim encontrou.

Era uma pulseira de ouro, tão pequena que quase não conseguia acreditar que um dia seu pulso foi daquele tamanho. Tinha alguma coisa escrita nela, mas estava raspada, não conseguia ver nada.

E foi isso que Anahí foi lhe mostrar no dia seguinte. Suas memorais sobre o passado eram poucas, não sabia ao certo o porque a pulseira estava toda raspada e nem o que significava o pingente que havia nela.

- Você trouxe a pulseirinha?

- Trouxe sim. – abriu uma caixinha e tirou a pulseira. – Estava escondida em casa, mas consegui achar.

Victor pegou a pulseira das mãos de Anahí e a observou melhor. A pulseirinha de ouro estava um pouco escura, e a parte onde deveria haver alguma coisa escrita fora toda raspada, não sendo possível entender o que era. Mas o que lhe chamou a atenção foi o pequeno pingentinho que havia nela.

- Isso já estava assim? – perguntou olhando fixamente o pingente.

- Sim, já estava. Engraçado não é? Para que colocar um frasco de perfume, poderia ser um coração, seria mais fofo. Não sei o que minha mãe pensou quando fez isso, não sei nada sobre ela não é? – suspirou tristonha.

Quase não ouviu a frase toda estava fissurado olhando aquele pingente. Ele se lembrava de algo assim, de pessoas que eram apaixonadas por perfume. Ele e Alexandra. Como tiveram dois filhos homens não poderiam ficar colocando pingentes em pulseirinhas de ouro, mas quando nasceu a única filha do casal que morreu, os dois logo tiveram a ideia de colocar vários pingentinhos na pulseira da garotinha e o primeiro era um frasco de perfume.

Não tiveram tempo de colocar mais, já que foi dada como morta em pouco tempo de vida. E olhando aquela pulseira agora só conseguia se lembrar de quando comprou aquele pingente, jamais se esqueceria de como era. E era exatamente assim.

- o senhor esta bem? – Victor estava pálido o olhar concentrado.

- Acho que não muito. – levou as mãos à cabeça. Anahí logo se levantou indo ajudar Victor.

- Foi à pulseira? Alguma cosia que eu fiz? O que posso fazer para o senhor melhorar, senhor Victor? – perguntou preocupada.

- Peça que alguém traga meus remédios acha que minha pressão subiu. – fechou os olhos buscando cessar o mal estar.

Anahí saiu rápido da sala atrás de ajuda a secretario logo veio para ajudar com os remédios, Victor tomou e encostou-se à cadeira. Carlos logo apareceu para saber o que acontecia.

- Não sei, a gente tava conversando e do nada ele começou a se sentir mal. – Anahí lhe explicou.

Ele olhou para o pai que ainda mantinha os olhos fechados e depois encarou Anahí. Estava sacando o que havia entre os dois a um bom tempo, sabia que Anhaí só tinha cara de santa, se a mãe dele descobrisse que o pai a trai com uma simples diretorazinha. Talvez ainda pudesse usar aquela informação mais a frente.

- É que ele não tem mais pique para fazer o que você quer com ele. – alfinetou.

Anahí arregalou os olhos incrédula com a audácia e falta de respeito de Carlos. Como poderia imaginar que tinha algo com um senhor como aquele? Victor era como um pai para Anahí, um homem pelo qual tinha muito respeito e admiração, nada, além disso.

- Vou fingir que não ouvi isso Carlos.

***

Todos que iriam para a viagem estavam esperando na frente da empresa. Um ônibus fretado iriam os levar ate São Paulo para o evento do final de semana, Dulce era uma das que iriam para a viagem estava conversando com o pessoal quando Christopher chegou.

Não sabia se deveria ou não ir cumprimentá-lo, apesar de dizer que estavam namorando, não tinha certeza se deveria levar essa afirmação adiante e na frente de todos da empresa. Ele veio lhe cumprimentar e ficou quase o tempo todo ao lado dela.

Assim que entraram no ônibus Christopher pediu para ela ir ao lado dele. A viagem não era muito longa, em poucas horas estariam em São Paulo e ainda poderiam se recuperar para na manhã seguinte participarem do evento.

Eram poucos funcionários, sobrando algumas poltronas no ônibus. Dulce e Christopher sentaram no final, afastado dos demais a pedido dele.

- Um final de semana só nosso. – cochicho ao ouvido dela.

Dulce sentiu um arrepio lhe percorrer o corpo inteiro. Quantas vezes desejou um final de semana só dos dois. Poderem curtir o amor que para ela era tão intenso. Mas não estavam ali a passeio e muito menos para curtirem o momento a dois.

- Estou aqui a trabalho senhor Christopher. – sorriu ao olhá-lo.

- Eu também, trabalho com diversão. – disse zombeteiro.

- Você quer mesmo que eu perca meu emprego não é? – riu

- Você não vai perder nada, só vai ganhar quando estivermos longe desse ônibus. – arqueou as sobrancelhas sugestivo.

- Pare com isso.

Dulce sentiu o rosto esquentar com as brincadeiras dele. Sabia que sua frase era de duplo sentindo e imaginou que no máximo iria ganhar alguns beijos. Mas para ela já seria o suficiente. 



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Genteee atingimos 1k de leituras uhuuuuuuuuuuuuuuuuuu, obrigadaaaa! Garanto que essa viagem a trabalho da Dul e do Ucker rendera boas coisas hahah

Doce Paixão.Onde histórias criam vida. Descubra agora