Capítulo 18

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Domingo de manha, Carlos achou um ótimo momento para contar a seu pai que viu o irmão beijando uma mulher. Carlos tinha certeza que a mulher é à mesma da empresa. E se convencesse seu pai disso estaria feito. Christopher estaria muito atrás da competição.

Seu irmão foi um tolo, conseguiu se destruir sozinho. Estava pensando em tantas coisas para colocar seu pai contra Christopher, mas no final sem precisaria, havia feito isso sozinho.

- Pai, estou falando a verdade vi Christopher beijando aquela garota da empresa. Esta vendo só, ele mistura trabalho com relações pessoais, não sabe separa as coisas. Não tem ética, papai.

Victor olhou para o filho, no momento da dança as luzes estavam baixas, Christopher poderia ter dançado com qualquer pessoa. A festa estava cheia de mulheres atraentes e a maioria eram pessoas de fora da empresa.

- Como você sabe que é alguém da empresa, Carlos? Pode ter se confundido.

- Não me confundi. Eu vi ele conversando com essa mulher, ela é da empresa seu nome é...

- É? Carlos pare com isso. Não há nada de errado nessa dança que viu, não é ninguém da empresa, seu irmão tem muito respeito por todos os funcionários. Ele é profissional assim como você. Para de implicar.

Carlos bufou e saiu da sala. O plano era perfeito, mas como sempre o favoritismo por seu irmão havia atrapalhado tudo. Christopher já deveria estar fora da competição há muito tempo, na visão de Carlos ele não tinha nada para acrescentar aquele lugar. Era bonzinho demais, querido demais, bonito demais, perspicaz demais. Tudo em Christopher era demais, e Carlos detestava isso.

A competição sempre existiu. Christopher era o irmão mais novo e assim que ele nasceu Carlos perdeu toda a atenção que tinha dos pais. Ele se sentia no direito de ser melhor que Christopher e poder esfregar na cara de todos o quanto eles escolheram o filho errado para mimar.

Mas essa obsessão absurda por atenção e reconhecimento estava o levando a um caminho sombrio, uma estrada sem volta e perigosa. Porém Carlos parecia não se importar, iria conseguir o que queria custasse o que fosse.

Fechou a porta de seu quarto e sorriu presunçoso com a ideia que acabara de ter. Iria mostrar a seu pai que estava certo, nem que para isso, Dulce tivesse que sofrer.

***

Dulce ainda não tinha saído do quarto quando Anahí lhe ligou para contar as ultimas novidades. Havia passado a noite de sábado quase inteira procurando algum vestígio sobre sua mãe, mas não encontrou quase nada. O nome da mulher junto com o sobrenome parecia não existir. Isso encheu Anahí de duvidas, não era possível que a mulher havia sumido de repente. Contou também sobre estar interessada a ir ate a maternidade onde nasceu talvez alguém soubesse alguma coisa. Dulce lhe deu o maior incentivo e disse que iria ajudá-la no que fosse necessário.

Sabia que poderia contar com a amiga, Dulce sempre esteve ajudando e tentando mostrar o melhor caminho para Annie. E isso deixava a amizade delas cada vez mais forte, uma sempre ajudando a outra em tudo o que precisasse.

Aproveitaram e conversaram também sobre a noite de sexta-feira e Dulce jura que estava vivendo um conto de fadas. Sua dança com Christopher foi como o príncipe dançando com a Cinderela sem precisar ir embora à meia-noite. Estava tudo tão perfeito entre os dois que temeu acontecer algo e estragar tudo.

Nunca havia experimentado uma felicidade como aquela. Nunca tinha se apaixonado por alguém como era apaixonada por ele. Sabia que ainda tinha obstáculos a frente, e um deles era a presidência da empresa. Dulce já havia percebido que essa competição não iria acabar muito bem, os dois estavam sendo movidos pelo poder, e quando a ganância fala mais alta as conseqüências podem ser maiores. E seu maior medo era perder Christopher para ela, ou perder Christopher por causa dela.

Doce Paixão.Where stories live. Discover now