Capítulo 7

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Observou incrédulo quem eram os amigos da nova conquista de Christian. Dulce e Anahí estavam sentadas na areia e o encaravam também surpresas. Ele não era de acreditar nessas coisas, mas parecia que o destino estava gostando de colocar Dulce em seu caminho. Era a terceira vez na semana que se encontravam de maneira inusitada.

Para ela também foi um choque, jamais pensou que Maite estava se envolvendo com um amigo de seu chefe. Mas deu graças aos céus por isso, quando em outro momento ela poderia vê-lo sem camisa em sua praia preferida? Então se lembrou que também estava com roupas de banho e a vergonha logo lhe invadiu, disfarçadamente pegou sua saída de praia e vestiu.

- Não acredito que vocês estão aqui. Que coincidência!

- Espere ai. – Maite interferiu. - Christopher? Christopher seu chefe?

- Sim. – Annie respondeu. – Que coisa, não?

- Sinto que hoje é um dia de sorte para alguém. – olhou para Dulce, que desviou.

Ninguém entendeu o comentário de Maite. Mas Dulce logo desviou o olhar sabendo muito bem do que sua irmã falava. Foram todos apresentados e se sentaram em baixo do guarda sol.

Maite e Christian entraram em uma conversa particular onde nenhum dos quatro conseguia ouvir o que eles falavam e muito menos participar.

Dulce continuava com a saída de praia ao lado de Anahí no sol. Os quatro engataram em um assunto e comentavam sobre a coincidência de Christian e Maite se conheceram. Dulce lhe contou que eram irmãs, e ficou mais surpreendido ainda. Talvez fosse mesmo para eles se encontrarem de novo.

- Onde você comprou esse coco? Também estou a fim. – perguntou Poncho.

- Tem alguém vendendo ali atrás. – apontou.

- Beleza, vou lá. – se levantou.

- Eu também quero.

- Você odeia coco, Anahí. –disse ranzinza.

- Os gostos mudam Alfonso. Você devia saber disso. – saiu andando na frente dele.

Os dois se afastaram o grupo e Maite e Christian sem aviso saíram correndo para o mar. Dulce ficou apenas observando, sua irmã parecia muito feliz e isso a deixava feliz também.

Sobrou então somente Dulce e Christopher os dois encaravam o mar em silêncio. O nervosismo estava quase tomando conta dela novamente. Mal podia acreditar que estavam tão pertos outra vez.

Depois que não o viu na sexta-feira pensou mesmo que tudo o que houve foi apenas um sonho, coisa momentânea. Mas parecia que não. Ele estava novamente no caminho dela.

- Ér... Não vai ficar marcado? – ele disse de repente.

- O que?

- Não vai ficar com marcas a sua saída? – a olhou. Realmente iria ganhar uma marquinha da saída de praia que ia ate o meio de suas coxas e descia também sobre seus ombros.

- Ah é mesmo. – olhou para si e se afastou ficando ao lado dele na sombra.

- Não é melhor tirar? – sugeriu. Ela o olhou um pouco apreensivo e assentiu.

Tirou devagar e ele ficou a olhando. Apesar de estar sentada e com as costas curvadas, ele podia perceber o corpo dela. Ela era linda, cada vez constatava mais isso. Sua pele lisinha e branquinha. Sentiu uma vontade incontrolável de tocá-la, sentir sua pele. Estava a olhando quase hipnotizado, como poderia uma mulher que conheceu há poucos dias causar esse efeito, esse desejo?

Assim que percebeu que ela havia percebido seus olhares disfarçou voltando a se concentrar no mar e em sua água de coco.

- Já passou protetor? – perguntou sutilmente.

- Já... Quer dizer, quando cheguei. Você quer passar?

- Não. Já passei. Acho melhor passar mais, não acha? Você é tão branquinha.

- Eu? – riu. – Você é mais branco que eu, nem parece carioca.

- É porque não sou. – sorriu. – Não nasci aqui. Mas você como uma é bem branquinha.

- Tá legal, você venceu. Pode passar um pouco nas minhas costas?

Pegou o protetor na bolsa e lhe deu. Christopher aceitou de bom grado, estava doido para poder tocá-la. Sentou-se atrás dela, passou um pouco de protetor em sua mão e começou a espalhar pelas costas de Dulce.

Os dois só havia se tocado quando quase se beijaram, mas nada, além disso. Porém assim que ele tocou na pele dela, os dois sentiram simultaneamente um arrepio. Nunca estiveram tão próximos assim.

Ela fechou os olhos quando sentiu as mãos dele sobre suas costas. Poderia ficar sentindo sua mão ir e vir o dia todo.

Ele poderia dizer o mesmo, a pele de Dulce era tão macia, era impossível não querer tocar na extensão do corpo dela. Cada vez que sua mão descia ou subia sentia alguma coisa dentro de si. Não se lembrava de ter sentido algo assim antes.

Muitas vezes nosso corpo dar sinais antes mesmo de nossa mente raciocinar sobre o que pode ser aquilo. Mas os dois tinham certeza que aqueles arrepios e aquelas borboletas no estomago não estavam ali à toa.

Quando Christopher se deu conta estava a centímetros do corpo de Dulce, não conseguia se controlar estava a pouco de beijar o pescoço dela. Teria acontecido se ela não tivesse virado para trás estranhando os movimentos terem parado.

Os dois estavam cara a cara agora. Poderiam ver melhor um ao outro. Quantas vezes sonhou em estar assim tão perto de Christopher, poder ver cada centímetro de seu rosto, olhar no fundo de seus olhos.

Ele também poderia enxergar melhor o lindo rosto de Dulce, sua bochechas rosadas, seus lhos castanhos e sua deliciosa boca. Tinha que beija - lá, era isso que queria e estava quase lá se não fossem despertados por vozes.

- A água esta uma delicia, vocês precisam entrar. – Maite comentou enquanto pegava um pente.

Os dois se afastaram rápido e encararam os amigos.

- É?

- Sério, esta delicioso. – Christian sentou na areia enquanto olhava Maite.

Dulce estava quase imóvel, malmente piscava enquanto encarava o mar e torcia para não estar vermelha. Enquanto Christopher olhava os amigos, mas sem prestar muita atenção no que diziam, tentando disfarçar.

- Atrapalhamos alguma coisa? – Maite perguntou.

- Não, de jeito nenhum. – responderam quase juntos. 

Doce Paixão.Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon