83 - Welcome to the jungle

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— Tom... Seja bem-vindo... — cumprimentou Jean em francês.

— Obrigado... — respondeu Tom em português.

— Meu Deus! Tu estás tão magra! — Helena olhou a filha de cima a baixo. — Mas a barriguinha já está aparecendo — sorriu. — Finalmente tirou aquele gesso! E os enjoos? Continuam? Está comendo direito? Como está sua glicemia e a pressão? — encheu-a de perguntas.

— Estou bem, mãe... — Amandy mentiu. — Pai! — exclamou e o abraçou.

— Olá Helena... — Tom se limitou a sorrir. Não conseguiu acompanhar a velocidade das perguntas de sua sogra em uma língua que ainda era inciante.

— Olá meu filho! — Helena abraçou-o. — É melhor irmos... Vocês precisam descansar! Principalmente tu! — olhou para a filha.

Ao chegarem à parte externa do aeroporto o ar abafado e úmido atingiu Thomas mais uma vez. Enquanto ouvia Helena e Jean discutirem com a filha sobre algo que apenas entendeu a palavra "carro", ele observou o trânsito peculiar dali. Em uma rua sem saída, que terminava em um muro de obras do aeroporto. Carros estacionavam onde não havia vagas, buzinavam e formavam filas duplas e até triplas.

— Vocês ficam aqui e eu vou buscar o carro — a mãe franziu o cenho. — Tu estás tão pálida... — apenou-se da filha.

— Eu posso andar até o carro, mãe... Não estou inválida! — bufou Amandy. — A senhora não vai conseguir estacionar aqui... Olhe esse caos... — apontou.

— Está chovendo muito e o carro está longe... — Jean olhou adiante. — Ali... Depois daquela área coberta — apontou.

Pessoas chegavam e saíam do local. Dificilmente uma aeronave pernoitava naquele aeroporto, então sempre que chegava um voo, havia uma partida. A aglomeração estava maior neste momento, pois um voo de outra empresa chegara meia hora depois do voo do casal. Mandy, vendo toda aquela agitação, começou a respirar rapidamente e sentir seu coração acelerar. Precisava sair dali.

— Não sou tapioca para ter medo de água... — disse em português para os pais e se virou na direção do marido. — Vamos Tommy... O carro está lá do outro lado — explicou no idioma dele.

— Não acha melhor comprarmos um guarda-chuva naquela loja? — ele indicou a cabeça na direção da perfumaria. — Você pode ficar resfriada...

Nada no mundo a faria voltar para aquele cubículo que parecia a cada minuto mais abarrotado de pessoas.

— A chuva daqui não é gelada... — ela disse e podia-se notar o nervosismo em sua voz. — Se eu sobrevivi às inúmeras chuvas de Londres e não adoeci, não será aqui que isso vai acontecer. Vamos! — puxou sua mala e saiu caminhando na direção da faixa de pedestre.

— Menina teimosa! — resmungou Helena. — Espere! Dividimos minha sombrinha!

Tom percebeu o que estava acontecendo e se apressou em puxar suas malas e segui-la. Devido às más condições das calçadas, seu espaço estreito e, em alguns trechos, à ausência total delas, ele ficou para trás, enquanto via a esposa seguir a passos rápidos. Desistindo de caminhar pelas calçadas, ele fez como a maioria dos transeuntes que via, foi para o asfalto disputar lugar com os carros e finalmente parou de brigar para deslocar sua bagagem.

Quando ele e a sogra chegaram ao lado do carro, seu moletom estava ensopado e encontrou sua mulher no mesmo estado, contudo ela parecia lutar para se acalmar.

— Oh, filha... — Helena a encarou apenada. — Desculpe-me... Eu... Eu realmente tinha esquecido do seu medo de aglomerações... — destrancou o carro.

The Unlikely (Tom Hiddleston Fanfiction)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora