Nós entramos pela casa de banho e a Bo entrou para dentro da banheira fechando a cortina, enquanto que eu me sentava na tampa da sanita fechada. Eu não consegui resistir a sorrir para mim próprio, lembrando-me dos acontecimentos de algum tempo atrás no meu quarto. A sensação dos lábios da Bo eram uma coisa indescritível. A primeira vez dela tinha sido ligeiramente trapalhona, o que era de se esperar, mas isso foi o que a tornou ainda mais adorável.
"Harry?"
"Mmm." A minha cabeça virou-se na direção da cortina de banho fechada que escondia a Bo.
Houve silêncio por alguns segundos. Só se conseguindo ouvir o som da água a escorrer.
"Estás bem?" Eu perguntei, levantando-me no meu lugar.
"C-Com quem é que falas ao telefone?" Bo perguntou timidamente.
O lado corajoso dela só se tinha tornado aparente devido à barreira que a cortina lhe proporcionava, não sendo capaz de me perguntar cara à cara. Eu esperava sinceramente que a razão disso não fosse por ela ter medo de mim. Mas eu tinha uma sensação que essa era exatamente a razão. Acho que a Bo não se deve aperceber do quanto fácil seria para mim abrir a cortina e destruir essa tal barreira.
"Já acabaste?" Eu perguntei, ignorando a pergunta.
"Oh, hmm, sim." Ela gaguejou.
A água foi desligada enquanto eu pegava numa enorme toalha. Os dedos dela alcançaram o material das minhas mãos enquanto que se escondia atrás da cortina da casa de banho enquanto esticava tornando apenas a cabeça visível. Longos cabelos escuros caiam pelos ombros dela. Eu elevei a toalha para conseguir embrulhá-la.
"Fecha os olhos." Ela murmurou.
"Bo, eu já te vi nua antes. Anda lá, sai lá." Eu gozei.
"Não, fecha os olhos."
Eu ri-me antes de obedecer às ordens da Bo. Quando a ouvi subir para o lado da banheira os meus braços embrulharam a toalha à volta do corpo pequeno dela. Abrindo os meus olhos encontrei-a a olhar para mim enquanto a toalha a tapava. As minhas mãos massajaram-lhe os braços através do material na tentativa de a secar. Eu observei-a a descer da banheira indo até à porta, tentando ajustar a toalha, segurando-a por de baixo das axilas.
Eu não consegui resistir a sorrir enquanto a observava a remexer numa das minhas gavetas antes de rapidamente tirar um par de boxers pretos. Ela olhou para mim uma segunda vez, tentando esconder-se por de trás do armário aberto enquanto puxava os boxers pelas pernas acima. Quando ela reapareceu a toalha estava a ser segurada na mão dela. Ela tinha de certeza encontrado uma t-shirt no meu armário, o fundo da t-shirt só lhe tapava até ao meio das coxas. Ela estava linda. Eu nunca fui de deixar outras raparigas usarem a minha roupa, mas a Bo era diferente. Ela era minha. Eu adorava vê-la a andar pelo meu quarto só com uma blusa larga.
A Bo conseguia sentir os meus olhos a explorarem o corpo dela. Olhos azuis rapidamente encontraram os meus desejosos. Eu andei até ela, pegando nas mãos pequenas dela enquanto ela olhava para mim. Os meus lábios pressionaram um beijo na bochecha corada dela enquanto eu a guiava de costas para a cama, onde a deitei colocando-me por cima dela. O riso mágico da Bo preencheu o quarto enquanto eu gemia de forma brincalhona, mordiscando-lhe o pescoço. Foi quando os nossos peitos se pressionaram juntos que eu me percebi que ela não tinha sutiã. Eu sorri para ela, a minha mão a empurrar lentamente para cima o t-shirt que ela tinha colocado recentemente. Os olhos dela arregalaram-se quando ela percebeu o que eu ia fazer.
"Não." Ela falou nervosamente.
A mão dela viajou rapidamente para agarrar o material, não querendo que ele fosse puxado mais para cima. As ações urgentes nervosas deixaram-me confuso. Eu inclinei a minha cabeça, o meu nariz raspou contra a mão que estava a apertar a blusa enrugada. Quando ela não removeu a mão, eu pressionei um beijo leve contra a pele dela.
