Twenty Nine

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Isaac.

- Eu vou ser levado, Mal. - Eu digo e me dou conta de que essas foram as palavras mais difíceis que eu já disse.

Percebo a dor e a confusão em seus olhos e quase consigo vê- la lutando contra o que ela quer que seja mentira.

- Isso é algum tipo de brincandeira estúpida?

 Eu balanço minha cabeça negativamente, com os lábios pressionados.

- A gente... A gente precisa ligar pro Scott. Ele vai resolver isso.

- Não vamos contar pro Scott.

- Por que não? Porque vocês está apenas inventando uma maneira de me deixar? - E isso é a coisa mais estúpida que ela alguma vez disse.

- Mal...

- É isso, não é? - Ela começa a socar meu peito,  tentando se manter firme mas começa a chorar desesperadamente e perde as forças. - Você vai me deixar, assim como Stiles fez. Você disse que me amava!

Eu a puxo para meus braços e seguro aquela que se tornou meu pequeno e belo mundo.

- E eu amo. Amo muito. - Eu sussurro, em seu cabelo. - E eu não te deixaria se pudesse. Não há como escapar disso.

Eu nunca a deixaria e me machuca saber que isso sequer passa pela sua cabeça.

- Eu não quero te esquecer.

- Você vai dar um jeito de lembrar, eu acredito em você, lembra? - Ela balança a cabeça freneticamente e seus olhos refletem dor e medo, fazendo meu coração se rasgar em milhares de pedacinhos. Se ela soubesse como dói... - Escute, nesse tempo que passei contigo, você se tornou tudo pra mim. Quando voltei pra Beacon Hills isso não se parecia mais como minha casa, até te conhecer.

Eu paro quando vejo um cara de casaco escuro, chapéu e botas altas. Seu rosto é escondido pela noite escura. Ele me olha atentamente, medindo cada movimento meu.

- Eles estão aqui. - Digo, e a solto. Olho em seus olhos e seguro apenas a suas mãos. - Se esconda, e por favor, lembre-se de mim. Lembre-se que você é minha casa.

Eu me afasto porque sei o que vai acontecer e não quero que ela se machuque. Malia me olha como uma criança triste e eu tenho vontade de chroar.

- Eu sempre vou voltar pra casa, Mal. Corre! - Grito para ela quando a o cavaleiro aponta sua arma pra mim.

A bala me atinge queimando minha pele e vejo uma fumaça verde tomar conta de toda a minha visão. E então eu caio de joelhos, mas não estou no lugar de antes. Eu me levanto vagarosamente e olho ao redor. Minha respiração ainda está acelerada, quando percebo que lugar é esse.

É como uma estação de trem e todos os bancos estão ocupados por pessoas olhando para o vazio, como se nem tivessem me notado. Na parede a frente há um painel com nome de várias cidades próximas a Beacon Hills. Mas Beacon Hills não tem uma estação de trem.

Alguém me puxa pelo braço e eu cambaleio para trás de uma pilastra. O homem que me puxou está com o rosto virado, conferindo se alguém nos vê. Quando ele vira o rosto em minha direção eu tenho vontade de rir.

- Tá de brincadeira com a minha cara, né?  - Eu digo e tiro suas mãos do meu terno.

- O que você acha, panaca? - Peter diz, com um sorrisinho falso. - O que você está fazendo aqui?

- O que você acha, panaca? - Eu respondo usando suas palavras e ele rosna.

- Eu quis dizer: por que você estava em Beacon Hills, achei que tinha ido embora quando sua namoradinha morreu.

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