Twenty Five

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- Scott, quantos quartos tem na sua casa? - Eu pergunto, de repente.

Allison ia jantar com o pai e Stiles e Lydia queriam passar um tempo juntos, então Scott e eu resolvemos ir a uma lanchonete qualquer.

Depois da minha discussão com Stiles, eu continuei explicando as coisas que descobri para os dois, mas resolvi ocultar algumas coisas e dizer apenas para o Scott.

- Dois. - Ele responde com a boca cheia e engole antes de continuar. - Só o meu e da minha mãe.

- Sempre foram apenas dois quartos? - Eu insisto.

- Que eu me lembre, sim. - Ele me olha intrigado. - Por que?

Eu dou mais um gole no meu refrigerante e olho para o estacionamento através da grande parede de vidro.

- Ontem quando estive na sua casa...- Eu começo, hesitante. - Eu vi uma porta e eu a abri. Era um quarto, estava vazio, e tinha um banheiro...Parece loucura.

Termino de falar quando um carro no estacionamento chama minha atenção. Um cara de cabelo loiro queimado desce do SUV. Ele veste uma jaqueta de couro e seu cheiro transborda confiança.

O rapaz entra na lanchonete, faz seu pedido no balcão e anda, distraído, pelo corredor que leva às mesas enquanto digita algo no celular. Ele guarda o celular na bolsa, seu olhar cai sobre nós e ele franze a testa, caminhando em nossa direção.

- Ei, Scott! - Ele sorri para o Scott.

- Hey. - Scott responde, também sorrindo. - Malia, esse é o Camden; Camden essa é a Malia. Ele é o meu vizinho.

Camden estende sua mão pra mim e eu a aperto, hesitante. - É um prazer conhecê-la.

- Então, o que faz aqui? - Scott pergunta.

- É uma história engraçada. - Ele solta um risadinha e passa a mão pelo cabelo curto. - Minha tia estava na minha casa quando eu saí para assinar alguns papéis com o comprador da casa do meu pai. Eu disse que voltaria logo e ela disse que me esperaria. Quando voltei pra casa, a porta estava trancada, então liguei para a tia May e ela me disse que estava em um clube de crochê para idosos. Então eu vim pra cá, porque estou faminto.

Scott ri, e abana a cabeça. - Quer sentar com a gente?

- Hum...Desculpe, mas não posso. - Ele responde, fazendo uma careta. Ele aponta para uma mochila nas costas. - Tenho uma palestra segunda de manhã e preciso dar uma revisada. Mas obrigada pelo convite.

- Por nada. - Scott responde e Camden acena, caminhando para uma mesa fora do meu campo de visão.

- É impressão minha ou ele é bem mais velho que a gente? - Eu pergunto.

- Um pouco. - Scott reponde, depois de uma mordida no seu cheeseburger. - Ele tem 26, eu acho. Serviu no Exército Americano, mas foi dispensado depois de um acidente com uma bomba há alguns anos.

Eu perco o interesse na história e termino de comer. Scott ainda me faz algumas perguntas sobre o assunto anterior e decide que precisamos pedir a ajuda de Lydia.

Scott me deixa em casa algumas horas depois e me pede para ir a casa dele amanhã de manhã para que possamos conversar mais com os outros sobre esse assunto.

Eu entro em casa e dou de cara com meu pai, me olhando de cara feia. Eu simplesmente passo por ele e começo a subir às escadas.

- Onde você estava? - Ele me pergunta. Me viro e vejo seus braços cruzados sobre o peito.

- Ah, você percebeu que eu saí?

- O que você quer dizer? - Ele parece desconfortável.

- Bom. - Eu começo. - Primeiramente, você nunca está em casa. E quando está não dá a mínima pra mim nem procura saber como ou com quem estou. Por exemplo, há algumas horas haviam dois meninos no meu quarto, sem contar que o Scott sempre está aqui. Eu poderia fazer o que quiser e você nem saberia.

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