The Dinah's frustration

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N/A: O O GÁS!

Hallo loves, como estão nessa quarta-feira, que para mim parece mais um enterro que nunca?

Eu pensei aqui comigo, que eu até que não demorei, então não preciso me sentir culpada. Saibam que estou abrindo mão de uma vida social inexistente, com uma namorada inexistente, para poder escrever. Brincadeiras a parte, como vocês estão?

Alguém aqui já voltou das férias? Eu volto nessa segunda, e não estou nem um pouco preparada para isso, vai ser meu último ano, e eu nem direito o que quero para a vida. Mas okay.


Agora chega de falatório, e vamos ao capitulo?



Eu mantinha meus olhos presos na poltrona na minha frente, mordendo a ponta do meu polegar enquanto a mulher na minha frente me fita. Jesus, para que me encarar tanto assim?


— Você não disse quase nada, Camila. Estou te achando muito quieta. — Hailey, para meu azar, me conhecia bem demais, e por esse motivo me olhava daquela forma. Ter uma terapeuta tem seus contras. E ter uma terapeuta que lhe conhece bem pior ainda.


— Não há nada de novo acontecendo. Na verdade, eu gostaria de estar em casa. Preciso estrear meu novo jogo. — Dou de ombros, fazendo minha cara de palerma, aquela cara de garota sem vida social, que só quer saber de jogar e ver séries. O que é algo que eu sou, mas isso não vai entrar em discussão agora.


— É mesmo? Bom, se você se sente bem, acho que podemos finalizar, talvez?


Hailey fica passando sua caneta preta de ponta fina por seus dedos magros e longos, e bufo, porque aquilo me irritava. E ela faz isso sempre que quer arrancar algo de mim. E eu normalmente sedo, devido ao meu TOC, e digo o que há de errado.


Mas não hoje.


Eu me recuso a dizer qualquer palavra sobre o dia de hoje, porque preciso processar tudo, o que será algo nada fácil. Brad foi um completo nojento, mas não era algo que eu não sabia. O que eu não sabia, ou sabia, e fingia de sonsa, era meu completo interesse e queda por Lauren. Uma mulher totalmente desconhecida pra mim, com um trabalho que me deixava de bochechas coradas só imaginando ela em "ação". Ai boa parte pensa: "você mal a conhece, ela é uma prostituta, para de fantasiar. "


Eu não a conheço. Não sei seu sobrenome. Sua idade. Ela tem um emprego que causaria arrepios na nuca da minha governanta, mas era uma garota extremamente linda e que me atraía como nenhuma outra, e isso não acontecia faziam anos. Ela me fazia sonhar de olhos abertos, sonhar com suas galáxias verdes, com seu rosto de porcelana, sua voz rouca. E desde quando, para sentir desejo e atração por alguém, era necessário saber seu nome? Seu RG?


Então sim, estou desesperadamente e assustadoramente atraída por ela. E isso me assusta. Eu me sentia acuada, sem saber o que dizer ou fazer, cheia de dedos.


— Eu só quero jogar. Não venha com essa sua mania boba, eu quero ir pra casa.


Hailey faz um pequeno bico, mas anota algo em seu bloco, e relaxo meus ombros. Missão cumprida. Meu celular vibra em meu bolso, e pego ele, vendo uma mensagem de Dinah.

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