Let's start my revival,away from here

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N/A: hallo meus amores, como estão?

Peço desculpas pela demora, mas eu andava meio mal esses dias, e cheia de tarefas da escola e do trabalho. Me perdoem por esse capitulo merda, mas eu não queria deixar em hiatus tanto tempo. Esses capítulos iniciais são uma introdução, mas logo, logo, Camren irá engrenar, e todos irão cuspir arco-íris.

ENJOY


Se eu pudesse definir algo sobre Lauren, esse algo era que ela tem belos olhos. Eu sei que é uma coisa totalmente superficial e vazia pra se dizer de alguém, há muitas outras para poder se notar em uma pessoa, mas isso foi a única coisa que ela me permitiu saber de si. E quando digo isso, estou sendo sincera.


— Então, seu amigo, qual é mesmo o nome dele?


Lauren está sentada em seu sofá, seus olhos voltados para mim enquanto toma café em uma xícara. Já eu, estou sentada em uma poltrona que tem ali, e confesso que fiquei impressionada com a limpeza e organização do local. Eu imaginava que tudo seria desorganizado, sujo, e que ela seria uma mulher mais velha, amargurada, com quilos de maquiagem em seu rosto e mascando chicletes.


— O nome dele é Lucky. — respondo, olhando para os meus dedos. Um fato sobre mim: estou sempre movimentando minhas mãos, não importa de que forma. Estou com medo de olhar para os olhos de Lauren. Sou uma estúpida por isso, eu sei, posso até ouvir Lucky e Dinah rirem de mim, e Mason passar a mão em meus ombros, mas eu simplesmente não consigo encará-la por muito tempo.


— Nome interessante. Não é apelido?


— Não. Ele se chama assim mesmo. — há um tipo de questionário rolando entre nós. Diferente do que eu pensava, Lauren me fez perguntas normais, e um tanto curiosas. Perguntou sobre minha escola, sobre meus amigos, mas não falou sobre o que me levou até sua casa em um sábado à noite. Meu celular não vibrou até agora, mas sei que minha uma hora já passou. Me questiono se há alguém contando nosso tempo. Coço meus cabelos.


— Tudo bem, Camila? — levanto meu olhar, encarando a mulher em minha frente, cautelosa, e contenho a vontade de olhá-la como uma estúpida.


— Tudo bem. Eu só estava me questionando sobre tudo que você me perguntou. E o tempo. — falo sem graça. Evito ao máximo olhar em seus olhos. De uma maneira estranha, talvez minha maneira, não consigo encarar as pessoas nos olhos. Não as que acabei de conhecer. É algo desconfortável demais pra mim, e nesse momento, eu sentia como se estivesse recebendo vários alfinetes em meu corpo há cada vez que olhava nos olhos verdes faiscantes da mulher na minha frente.


— O seu tempo já acabou. — ela diz, em um tom, quem sabe impressão minha, de chateação. — Seu amigo está te esperando, né?


Confirmo com um gesto de cabeça, sem graça, e me levanto do sofá, colocando minhas mãos dentro do bolso do meu jeans. A noite de hoje não havia procedido da forma que eu e Lucky imaginávamos. Foi agradável e boa. Pela primeira vez alguém me escutou. Sem críticas ou palavras de pena, porque se há algo que eu odeio, são palavras de pena. Dizer a alguém palavras comuns como "sinto muito", ou olhar para ele como se essa pessoa fosse um cão abandonado, não ajuda.

My Sexy Listener | Intersexual Onde as histórias ganham vida. Descobre agora