Capítulo 36

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Vou contar para vocês o que o Noah fez comigo com o passar dos anos. Foram os piores da minha vida e você pode estar achando que eu estou sendo dramático, mas só quem viveu isso sabe do que eu estou falando.

4 ANOS.

Eu estava sentando no metrô e Noah estava olhando de mais para a filha de uma mulher que estava sentada do nosso lado. Eu já tinha mandado ele parar com isso, mas estava vidrado, então meu celular apitou uma mensagem e vi que era a Kendra desesperada dizendo que esqueceu a Jade no metrô.

Quando estava prestes a responder.

— Que pouca sem-vergonhice.

Já procuro onde é o barraco, por que os barracos do metrô são os melhores, mas por alguma razão ela estava para nós dois, Noah e eu. 

— Algum problema senhora? — eu pergunto já com medo do que estar por vim.

— Todos — ela grita e eu me assusto. — Esse menino esta fazendo safadeza para minha menina.

— O quê?  

Eu pergunto confuso e olho para o Noah, ele estava olhando pela janela como se nada tivesse acontecido.

— Pergunta pra ele.

— Noah qual é o problema?

Ele me olhou com uma cara sonsa e disse na maior tranquilidade:

— Nada, é que o papai Rafael falou que quando nós vemos uma menina bonita, nós mandamos um beijinho e damos uma coçadinha no saco.

Foram alguns minutos até eu digerir as palavras saindo da boca de uma criança que estava seguindo concelhos de outra criança mais retardada ainda.

— O QUÊ? — eu grito assustado.  — Ele é louco? Tem algum problema? Desculpa minha senhora, isso não vai acontecer de novo.

Ela me olha de rabo de olho e depois volta a olhar pela janela. Eu olho para o Noah e digo.

— Você vai me pagar por passar essa vergonha seu gramlin.

— Desculpa — ele disse fazendo uma carinha de triste.

— Pode parar com essa carinha de bonzinho seu traste, dá ultima vez que você fez essa cara eu quase parar na cadeia por pegar uma coisa que não era sua. Quando chegar em casa eu vou te prender pelo pé e deixar o sangue todo ia para a sua cabeça.

5 ANOS.

Eu estava sentando na cadeira olhando para a diretora que não estava muito feliz. Na verdade ela não estava nada feliz.

— Tudo bom?

— Não está nada bom — ela disse rude e eu me assustei. — Noah bateu em um garoto.

— Tem razão, isso não é nada bom.

— Ele bateu em uma criança do tamanho dele, quem ensinou ele a dar socos e chutes? E ele ainda ficava gritando umas coisas sem sentindo. Eu não entendi nada, mas osa professores falaram que era a língua do Diabo.  

Tá marrado.

— Deve ser o Street Fighter... — eu disse sem graça.  

— Isso não é jogo para crianças.

— Eu sei... Quem foi que ele bateu?  

— No primo dele.

— GABE?

Diego no País das Maravilhas!Where stories live. Discover now