Capítulo 17

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— KENDRA EU NÃO TE AGUENTO MAIS, TE AGUENTAR É ALGUM TIPO DE CASTIGO DIVINO — eu disse me afastando dela o mais rápido que pude, mas infelizmente mesmo no salto a Dinossaura é bem rápida.

— Você não vira as costas pra mim quando eu estou falando da minha vida. Coisa imunda.

— Eu imundo? Amor se liga, você é a quarta Destiny's Child!

— Quem?

— Exatamente!

Eu disse pegando a minha bolsa e saindo de perto dela, enquanto eu passava pelo refeitório da faculdade eu acabei escorregando em uma poça de refrigerante que algum jugue manco deixou cair, moral da historia: Eu cai e meus livros voaram para todos os lados.

— Não podia acontecer isso quando eu não estivesse com esses papeis nas mãos? — eu fiquei olhando para todos os livros e papeis espalhados em minha volta.

Apenas ouvi os saltos da Kendra se aproximando.

— Isso que dá dar as costas para a rainha...

E foi ai que eu comecei a rir. Rir muito alto, mais alto do que as pessoas que estavam rindo de mim, isso eu meio que me acostumei, quando eu estou de mal humor eu jogo uns ácidos neles e os mesmos calam as bocas, mas quando eu estou de boa, nem ligo para eles grasnando nos meus ouvidos.

 — Você não é a Rainha, eu sou A rainha da porra toda.

  — Depois se diz homem... Mas eu sou a rainha sim. A rainha má.

— Claro, bem a sua cara mesmo ser decadente. A historia de uma mulher que só liga para a sua beleza, beleza essa que a leva para a sua própria ruína. Tenho dó de você, fico imaginando seu futuro e continuar com o Samuel vai ser a sua ruína!

— Não fala do Samuel.

— Estou preguiça dessa sua cara, tenho mais o que fazer. 

Eu disse pegando as minhas folhas e meus livros, organizando tudo certinho e saindo da universidade. Vi que Rafael não estava me esperando e eu já imaginava aquilo, desde que se tornou advogado, ele ficou bem chato, chato pra caralho.

— Vamos de táxi mesmo.

Eu disse ligando para o táxi quando o carro do David para na frente da faculdade.

— O que está fazendo aqui?

— Rafael teve um problema no escritório e pediu para buscar você.

— Eu amo o meu namorado, ele é tão legal — eu disse sorrindo e entrando no carro. — Já estou aqui, por que ainda estamos parados?

— Por que eu estou esperando a Kendra!

— Sério que aquilo vai junto?

— Tem certeza de que vocês são amigos? Me parece mais que se odeiam e que não suportavam a presença um do outro — ele disse e Kendra entrou no carro.

— Mas nós somos assim mesmo — ela disse sorrindo. — Diego tem uma coisa chamada doença mental, ou até mesmo pertubação espiritual. Ele nunca está satisfeito com nada, sempre está gritando, sempre quer estar certo, sempre acha que é o melhor... Ele é apenas burro, e tem alguma síndrome que acha que está acima de todos que estão a sua volta... É algo certamente engraçado.

— David, você parece ser um cara legal e não quero perder a sua amizade, por isso peço desculpas antecipadamente.

— Pelo quê?

Diego no País das Maravilhas!Onde histórias criam vida. Descubra agora