Desde pequenos somos ensinados a não aceitar algo de estranhos ou sempre a nos afastar quando a "esmola" é boa, pois quando ela é demais, até o santo desconfia, não é mesmo?
Foi justamente isso que Lauren pensou quando William, seu mais novo vizinho...
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Saímos e fomos comprar sorvetes. Eu como sempre escolhi de baunilha e ele escolheu de flocos.
- temos que ir naquele – ele fala apontando pra casa mal assombrada.
- Oque? Não!
Me desespero pois não gosto, aquele de todos os brinquedos era qual eu odiava. Além de irmos o trajeto todo andando, os manequins de corpos decepados era o que mais me assustava pois parecias corpos verdadeiros. Terminamos nossos sorvetes e fomos pra casa assombrada. Avisei William que não queria pois tinha medo, porem ele nem me escutou.
Além de nos dois, entraram mais três casais de jovens a nossa frente. Segurei o braço de William forte. Entramos e logo de cara vimos uma sala com alguns quadros assustadores de crianças deformadas, de pessoas com o semblante demoníacos. Levei um susto daqueles bem grandes e afinquei minhas unhas no braço de William quando um rapaz pulou de algum lugar em nossa frente
- Sejam bem vindos a casa do terror – o rapaz com a cara toda deformada nos cumprimenta – Aqui vocês conhecerão seus piores pesadelos. Não encostem neles que eles não encostarão em vocês.
Olho para William que não está nem um pouco surpreso ou com medo, diferente de mim que estou toda me tremendo. O rapaz que nos deu as boas vinda nos deixou passar e entramos em um corredor escuro logo a nossa frente. O lado direito era apenas a parede, já o lado esquerdo tinha grades. Luzes fracas se ascenderam e todos se encostaram na parede quando três pessoas se chocaram nas grades tentando nos pegar.
Gritei alto com o susto que levei apertando cada vez mais o braço de William que tentava se livrar de mim. Eram zumbis horrendos, gritei mais ainda quando vi seus rostos e William me puxando para andarmos para o próximo cômodo.
O primeiro casal abriu a porta do quarto e logo a moça gritou saindo correndo. No quarto era a réplica idêntica do filme o exorcista, na qual a menina é possuída e a cabeça dá um giro de 360 graus. Olhei William que estava rindo de mim, minha respiração estava pesada e eu estava com medo, o puxei para sairmos correndo e fomos pro próximo. A essa altura estávamos com mais um casal apenas. Chegamos no terceiro cômodo e sabia que aquele seria o pior de todos pois tinha um cenário como a do filme O chamado.
Tipo uma floresta e o poço no canto, de dentro dele saiu a Samara e eu gritei me encolhendo pra perto de William. Senti as mãos dele me puxar e fomos para o ultimo cômodo que era apenas uma sala grande vazia. Andamos devagar, minhas mãos estavam tremendo e esse era o motivo de nunca ter entrado aqui, por que sou muito medrosas pra essas coisas.
William estava em minha frente quando do nada as luzes começam a piscar freneticamente e um som muito alto de serra elétrica sendo ligada veio em nossa direção. Comecei a chorar com o coração acelerado quando senti alguém me puxar pra trás. Era o cara com a serra elétrica. Gritei e apenas vi William indo pra cima do cara fantasiado para lhe dar um soco.
Logo o som parou e as luzes se acenderam. Os três zumbis, a menina possuída e a moça caracterizada de Samara vieram em nossa direção. O rapaz que levou o soco do william continuava caído no chão.
- Por que você fez isso? – o rapaz que nos recebeu primeiro perguntou levantando o que estava caído.
- você disse que ninguém encostaria em ninguém.
- ninguém encostou em vocês.
- Ele puxou ela.
William estava calmo mais atento em tudo. Eu sinceramente não tinha percebido que ele tinha visto o outro me puxar, ainda mais com as luzes fracas. Ainda estava um pouco assustada e com medo de acontecer algo com William, um processo por agressão talvez. Ele se virou pra mim e me puxou até a saída, indo em direção ao seu carro.
- Você está bem? - ele pergunta.
- sim.
- Desculpa, eu não tinha ideia que você sentia medo desse tipo de coisa.
- Tudo bem.
Digo com o olhar baixo e sinto ele me abraçar. Um abraço forte no qual eu fico sem reação alguma.
