Nicolas percebe meu silêncio e fica quieto. Com cada um de nós absorto em nossos próprios pensamentos.

– Chegamos amor! – ele me fita com seus lindos olhos assim que estaciona o automóvel – Vai ficar tudo bem okay?

– Obrigada – desço do carro em um tiro e corro em direção a minha casa sem espera-lo.

Entro em casa rapidamente e fico em choque com a cena que vejo. Nicolas vem logo atrás e para ao meu lado.

Minha mãe se encontra estirada no chão perto do sofá, com o celular ao seu lado e o abajur estilhaçado próximo a ela completamente inconsciente.

– Meu Deus! Mãe? – me aproximo dela e fico sob os joelhos na tentativa de acordá-la. Mas é em vão.

– Vamos para um hospital agora mesmo – Nicolas me levanta gentilmente e a pega no colo delicadamente sem nenhum esforço.

– Abra a porta – ordena e rapidamente o faço.

– Agora abra a porta do carro – sua expressão está bastante séria deixando nítida sua concentração.

Ele a coloca deitada no acento de trás e entra no carro. Faço o mesmo. Meu professor liga o automóvel e arranca em alta velocidade.

– Não se preocupe, ela vai ficar bem – sussurra depois de certo tempo no trânsito. Eu não paro de olhar para trás, vai que acontece algo e eu não vejo.

– Eu sei que vai.

Chegamos ao hospital mais próximo o mais rápido que pudemos e fomos atendidos no mesmo instante com uma equipe que já traziam consigo a maca para coloca-la.

– Senhorita você não pode nos acompanhar – um dos enfermeiros murmura quando tento acompanha-los.

– Mas...

– Mas nada, iremos esperar aqui – meu professor me interrompe.

O fulmino com o olhar.

– Preciso dos dados da paciente! – uma senhora rechonchuda vem até mim com uma prancheta nas mãos.

– Nome?

– Cecília Portella.

– A senhorita é o que dela?

– Sou filha.

– Tudo bem, aguardem naquela sala ai – aponta o dedo indicando o lugar – Logo o médico virá dar-lhes notícias.

– Okay – Nicolas responde por mim vendo meu estado de desolação.

Caminho em direção à sala indicada pela enfermeira e sento-me no sofá de couro na cor preta. Meu professor senta ao meu lado.

– Preciso ligar para o meu pai – murmuro.

– Se preferir, eu posso ligar para você – o olho – direi que sou um amigo.

– Tudo bem – lhe entrego meu celular.

– Já volto.

Nick sai deixando-me sozinha neste cômodo assustador. Nunca gostei de hospitais. Eles causam-me calafrios.

– Ele está vindo para cá. – Nicolas me devolve o celular e o agradeço imensamente por estar aqui comigo.

– Obrigada por tudo professor – sussurro e o abraço subitamente.

Ele retribui o abraço e acaricia meus cabelos.

– Não tem de quê minha linda, sempre estarei aqui para você.

– E você se tornou uma pessoa fundamental em minha vida – ele sorri e deposita um selinho em meus lábios.

Depois do nosso momento clichê, voltamos aos nossos lugares.

Passaram-se em torno de trinta minutos e nada. Já estou impaciente com essa eterna demora.

– Por que estão demorando tanto? – pergunto irritada.

– Calma logo alguém virá...

Nesse momento um homem muito bonito, na faixa dos 30 anos entra na sala.

– Parentes de Cecília Portella?

– O que ela tem doutor? – levanto e o olho de maneira suplicante. Ele, porém me encara sério e me dou conta de que boa coisa não é.

Continua...

NOTA: 

Primeiramente, desculpem-me pelo capítulo terrivelmente pequeno. Prometo melhorar.

E segundo, se gostaram, deixem aquela estrelinha para alegrar ainda mais minha noite e se amaram ou querem deixar alguma opinião ou crítica construtiva, comenteeem!!!!

E terceiro, o que vcs acham que a mãe da Ana tem? Será um câncer????? 

Enfim, até o proximo capítulo. 

Beijooooss. 

Ana Paula.

Conjugando o verbo Amar - [RETA FINAL]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora