Capítulo 23 - Esclarecendo as coisas

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Shinki fechou a porta do escritório atrás de si e quando se virou deparou-se com Sarada ainda abraçada a Inojin e aos prantos. A menina soluçava de tanto chorar e nada que Inojin tentasse dizer para acalmá-la estava surtindo efeito. Shinki observou a cena com o coração partido. Ele sabia o que ela cena significava. Ele sabia, lá no fundo, que Sarada amava Inojin mais do que ele acreditava ser possível. Então, o rapaz ficou parado num canto da sala e esperou que Inojin e Sarada conversassem. Seria um mero observador dali para a frente até o momento em que fosse convidado a participar da conversa.

— Sarada, por favor, se acalme. – Clamava Inojin com uma voz preocupada. Estava estampado na cara do Yamanaka que ele se importava com a Uchiha.

— Você... você... – Sarada repetia a palavra ainda confusa e segurando os braços de Inojin com força.

— Eu to bem. Você quer uma água? – Perguntou Inojin e a menina assentiu.

— Shinki, poderia trazer uma água com açúcar para Sarada? – Pediu Inojin gentilmente.

— Posso. Já volto. – Disse Shinki.

Por um momento Shinki pensou que Inojin estava dizendo aquilo apenas para ficar a sós com Sarada, mas no segundo seguinte percebeu que o Yamanaka estava apenas tentando fazer a situação ser um pouco menos complicada do realmente era.

Quando ficaram a sós, Inojin ficou quieto esperando Sarada enxugar as lágrimas com um lenço que ele oferecera. A menina estava confusa. Era visível que ela estava tremendo, o que deixou Inojin com o coração partido. Teria que ser duro com ela, embora não quisesse. Então, optou por dizer as mentiras duras com um tom gentil.

— Quer esperar que Shinki volte com a água? – Perguntou Inojin, mas Sarada o respondeu com um novo abraço.

— Eu senti tanto a sua falta. Tanto. Tanto. Tanto. Tanto. Tanto. – Disse Sarada incessantemente.

— Sarada, eu... – Inojin queria dizer que também sentia a falta dela, mas não podia. Dizer a verdade a colocaria em perigo e isso ele não poderia fazer.

— Diz pra mim... O que você tá fazendo aqui?

— Minha mãe casou com o duque.

— Eu percebi isso, mas, Inojin como você sumiu? Eu não entendo... – Sarada disse encarando Inojin, mas ainda tremendo de nervoso.

— Eu vi você e o Boruto na festa. – Disse Inojin como havia ensaiado com Ino.

— O QUE? VOCÊ FOI A FESTA E NÃO TEVE CORAGEM DE FALAR COMIGO? COMO? – Gritou Sarada.

— Você me trocou, Sarada! Você estava lá com ele só porque eu me atrasei, então decidi ir embora. Decidi recomeçar ao lado de minha mãe.

— Quer dizer que você largou tudo pra trás por isso? Eu não traí você ok? E o seu pai? Você não pensou nele? Você condenou todos nós por ciúme Inojin? – Chocou-se Sarada.

— Ponha-se no meu lugar, Sarada! Eu vi vocês dois juntos!

— Nós só dançamos! Foi uma dança!

— E depois viraram namorados!

— DEPOIS DE DOIS ANOS! DOIS ANOS, INOJIN! E SÓ PORQUE EU PENSEI QUE VOCÊ ESTAVA MORTO!

Se antes Sarada estava confusa, agora estava com raiva. Como Inojin tinha coragem de dizê-la aquelas coisas? Mentiras. Muitas mentiras. Ela sabia que não era uma traidora. Se sentiu uma idiota por ter sofrido tanto tempo por alguém que esteve durante todo aquele tempo desdenhando de seus sentimentos.

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