Capítulo 44 - Gesto de amor

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Sarada estava observando seus irmãozinhos dormirem, enquanto Sakura tomava um banho. A vida de mãe de gêmeos não era fácil, então a primogênita tinha algumas responsabilidades para que a mãe pudesse fazer algumas atividades como um simples banho, comer e programar alguns posts pro blog, porque a vida não para.

Enquanto Indra e Ashura dormiam, Sarada pensava como era maravilhoso o dom da vida. Ela olhava para eles com certo fascínio. Queria ser a melhor irmã do mundo, queria protegê-los, amá-los. Então, Indra acordou, começou a chorar e Sarada logo o deu colo para que ele não acordasse Ashura. Ela o ninou, cantando uma canção qualquer, e o menino acalmou-se.

Os olhos curiosos de Indra passeavam pelo rosto de Sarada com grande admiração. Sarada sentia que ele já a reconhecia e a amava. Indra era mais enjoadinho que Ashura e sempre chorava no colo de estranhos. As únicas pessoas que podiam se gurar o garoto, além de Sakura e Sasuke, eram ela e Mikoto. Já Ashura era dado. Ia com qualquer um, o que fazia dele o bebê mais popular entre a família.

— Ouvi um choro. Ele estava com fome? Fez xixi? – Perguntou Sakura ainda secando os cabelos após o banho.

— Não, mãe. Ele só acordou meio manhoso, mas já tá tudo na paz. – Disse Sarada.

— Seu irmão te ama. Acho tão bonita a forma como você cuida dele. – Analisou Sakura.

— Mãe, eu quero ter a capacidade de fazer esse mundo um lugar melhor pra eles dois. Quero achar uma forma de fazer isso...

— Querida, você já faz isso... Às vezes, a gente pensa que só com coisas grandiosas podemos modificar o mundo, mas não é bem assim. Pequenas atitudes também são relevantes. Tenha certeza que você já faz esse mundo melhor para eles só com a sua presença. – Disse Sakura.

— Não é pouco?

— O pouco feito com amor vale muito. – Refletiu Sakura.

— Inojin pensa de forma parecida com a senhora. Ele me disse uma vez que me amava por eu tê-lo acolhido no momento difícil da separação dos pais dele. Ele me contou que esse único gesto fez com que ele nunca deixasse de me amar, mesmo quando Ino tentava coloca-lo contra mim.

— Viu só? Um único gesto importou mais que tudo!

[...]

Sai e Inojin estavam de volta à Konoha. Era temporário, mas o bastante para matar a saudade da antiga casa. Sai tinha que ir visitar seu afilhado que acabara de nascer. O primeiro contato com Indra foi complicado. Ele chorou. No entanto, a presença de Sarada fez com Indra acabasse sorrindo. Enquanto Sarada fazia caretas e os olhos do bebê se mantinham presos na irmã, Sai pode segurá-lo sem riscos de um novo berreiro. Sakura lhe disse que com o passar do tempo Indra se acostumaria com ele.

Inojin também ficou encantado com os gêmeos. Enquanto seu pai segurava Indra, ele fez questão de pegar Ashura no colo. O bebê, tão diferente do irmão no temperamento, ficou quietinho nos braços de Inojin que ficou falando o tempo todo com ele. Inojin prometeu que quando eles estivessem maiores iria ensiná-los a pintar.

— Seus irmãos são incríveis, Sarada! – Comentou Inojin.

— Eles deram sentido a minha vida sabe? Preencheram um vazio que eu tava sentindo desde que você sumiu. É como se tudo fosse feliz de novo sabe?

— Se você está tão feliz, por que seu olhar é triste? – reparou Inojin.

— Não to sabendo lidar com Boruto. Pensei que saberia, mas encontrei com ele na rua e me senti desconfortável, inadequada. – Revelou Sarada.

A Nova InfluênciaWhere stories live. Discover now