Capítulo 17 - Encontro desagradável

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Sarada se sentia bem nos braços de Shinki. Era como um casulo que a protegia das coisas a seu redor. Um dia antes da apresentação no festival de Julliard, ela pensou bem sobre o que aquele garoto significava para ela. Não sabia bem a resposta. Sarada tinha certeza que havia amado três garotos. A primeira vez foi tão inocente, que ela mal se deu conta de que aquilo era amor. Descobriu quando perdeu Boruto para Mirai e sentiu a dor. Quando teve a chance de viver aquele sentimento com Boruto, parecia errado. Inojin estava desaparecido e não era justo com seu namorado. Angustiada, demorou anos para assumir que gostaria de tentar. Foram felizes. Por pouco tempo, mas foram. Sarada pensava que havia sido o suficiente.

A segunda vez que amou foi com Inojin. Um amor completamente diferente do que ela sentia por Boruto. Com Inojin as coisas eram tão tranquilas. Parecia ter matado todas aquelas borboletas do estômago. Inojin era a paz que ela tinha pedido para a vida. No entanto, o perdeu sem nem ter chance de dizer adeus. Sarada pensou durante um bom tempo que jamais seria capaz de preencher o vazio que ele deixara. Até com Boruto sua impressão era de que sempre faltava alguma coisa. E foi aí que chegou Shinki.

Tinha algo nele que era doce, mesmo com o gênio forte e a pose autoritária. O olhar de Shinki a atraía, mas era sua pele encostada na dele que tinha o controle da situação. O toque era gentil e ao mesmo tempo tão urgente. Toda vez que Sarada fechava os olhos, poderia imaginar as mãos de Shinki sobre as suas, tocando-a, sentindo-a. Era como se ele tivesse poderes mágicos. E foi carregando esse sentimento que Sarada escreveu o primeiro texto na sua coluna semanal no blog La Haruno sobre seu namorado.

"Tão errado que parece certo

Eu queria ter o controle sobre as coisas. No entanto, não sou Deus e não tenho. Conformada com a sina de apenas escolher entre as opções que me são dadas, às vezes me pergunto se o livre-arbítrio funciona. Será que sou tão dona do meu caminho quanto penso? Escolhi Nova York. Escolhi Julliard. Escolhi a música. Escolhi a moda. Escolhi escrever neste blog. Escolhi meu namorado. E aí que tá... Será que eu realmente escolhi tudo isso?

Algumas vezes, a vida parece que escolhe pela gente. Meu primeiro namorado foi tirado de mim à força. Sumiu. Não sei o que foi feito dele até hoje. Então, eu fico me perguntando todo dia se minhas escolhas seriam diferentes caso esse fato não tivesse alterado a minha vida. Talvez sim. Talvez não. Talvez nunca encontre a droga da resposta.

Entretanto, eu sigo aqui vivendo e aprendendo a ver a vida com o olhar positivo que a minha mãe (Sakura Haruno Uchiha DIVA MASTER) tem. Ela me ensinou a não culpar os outros pelos meus problemas, mesmo quando eles são causados por terceiros. Admiro a sua forma de encarar as coisas ruins. Sei que ela já passou por muitos perrengues na vida. Inclusive, meu nascimento foi um deles.

Então, pegando o que de bom ela me deu (Só pode ser genética), eu recomecei a reconstruir minha vida em cima dos escombros da minha tragédia pessoal. Perder meu primeiro namorado não foi fácil. No entanto, três anos depois, acho que cresci alguma coisa com essa perda. E garanto que, se eu amadureci alguma coisa, foi graças ao amor que me foi ofertado.

Falando em amor, eu ganhei um presente especial neste ano e ele se chama Shinki. Esse é o nome do meu adorável namorado. É até engraçado conseguir chamá-lo assim. Até pouco tempo tinha uma trava terrível com essa nomenclatura. Trauma de minha perda.

Mesmo assim, Shinki me ensinou coisas novas. Melhor, me amou de uma forma diferente. Se me perguntarem como é diferente, não saberei responder. Amar tem essas coisas mesmo de não saber explicar. Vocês já devem ter passado por isso, certo? A única certeza que eu tenho hoje é que se amanhã meu mundo desabar, eu ainda terei amor para recomeçar. "

A Nova InfluênciaWhere stories live. Discover now