Capítulo 2 - Chá de sumiço

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De volta ao dia do desaparecimento de Inojin...

Inojin tinha acabado de enviar uma mensagem para Sarada avisando que estava quase saindo de casa, quando a campainha de sua casa tocou. Pensou que poderia ser seu pai, afinal Sai tinha saído para resolver um assunto, mas estranhou, pois o pai havia lhe dito que iria direto para a festa e o encontraria no clube. Quando abriu a porta, Inojin ficou surpreso ao ver Ino. Ela estava igual à anos atrás, quando o abandonou.

— Mãe? O que a senhora faz aqui? – Perguntou Inojin, enquanto Ino o abraçava.

— Meu filho, você está tão grande e tão bonito! Eu vim para lhe ver. – Disse a loira.

— Por que só agora? A senhora sumiu! Nunca mais tinha ligado. Papai pensou que havia me abandonado. – Disse Inojin ainda chocado ao ver a mãe ali.

— Estava ajeitando as coisas querido. Precisava de um tempo para me estabelecer na minha nova vida, numa vida que você vai fazer parte a partir de agora. – Sorriu.

— Mãe, hoje é a festa de 15 anos da Sarada. Eu já estou atrasado. Podemos conversar outro dia?

— Você não tem 10 minutos para conversar com a sua mãe? – fez drama fingindo chorar e Inojin amoleceu.

— Ok. Só 10 minutos está bem? A senhora quer um café? – Perguntou.

— Quero e, por favor, deixe que eu mesma me sirvo. Estou vendo que ainda está terminando de se arrumar. Sabe dar nó nessa gravata? – Perguntou Ino, enquanto já seguia até a cozinha e colocava café para ela e o filho. Em uma das xícaras, ela colocou algumas gotas de alguma coisa. Como Inojin estava ajeitando a gravata nem percebeu.

— Sei, mãe. O papai me ensinou. Onde a senhora esteve esse tempo todo? – Perguntou Inojin virando-se para encarar a mãe que agora lhe oferecia a xícara de café.

— Viajei pelo mundo, conheci pessoas, fiz contatos. – Disse bebendo do café e observando Inojin beber um pouco do dele também.

— A senhora está trabalhando? – Perguntou Inojin, mas seus olhos começaram a ficar pesados, ele bocejou e Ino vibrou ao ver que o remedinho estava fazendo efeito.

— Na verdade, não preciso mais trabalhar.

— Como não? – Perguntou, mas Inojin não teve nem tempo de ouvir a resposta, pois acabou caindo.

Ino então limpou o café que caiu no chão. Por sorte, a queda da xícara foi amortecida pelo corpo de Inojin que agora estava desacordado. Ino limpou tudo, tirou as suas digitais onde tinha tocado e então, com algum esforço, carregou Inojin até seu carro. A rua estava vazia, silenciosa e escura. Colocou o filho no banco de trás, colocou o cinto nele. Então, começou a dirigir.

— Filho, tudo que eu estou fazendo é para o nosso bem. – Disse Ino enquanto olhava para Inojin pelo retrovisor ainda apagado.

[...]

Quando Inojin acordou percebeu que estava em um lugar que não era sua casa. Era um quarto com paredes brancas, nenhuma janela, as luzes estavam apagadas e a única coisa que lhe dava alguma noção de tempo era o relógio digital em cima do criado mudo que marcava que eram 21h. Ou seja, ele tinha perdido a festa de Sarada e ela provavelmente estaria muito preocupada com ele assim como seu pai.

Lembrou-se de Ino falando que tinha vindo lhe ver, que tinha sumido para se estabelecer em uma nova vida. Que vida seria essa? Por que ela o apagara? Sua última lembrança era de beber café com ela. Certamente, sua mãe estaria naquela casa. Ainda meio atordoado, Inojin tentou abrir a porta do quarto, mas estava trancada. Ele era refém de sua própria mãe? Mas qual era o motivo? Por que Ino estaria fazendo isso com ele? Apenas uma vingança contra seu pai? Seria isso?

A Nova InfluênciaWhere stories live. Discover now