Capítulo 16 - Risco real

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Após o namoro completar um mês, Sarada se convenceu de que havia chegado a hora de Shinki conhecer Sasuke. Ela já havia avisado ao namorado inúmeras vezes que o pai não era a pessoa mais fácil de lidar no mundo, mas Shinki estava confiante.

— Você acha que todos são capazes de te amar. – Comentou Sarada.

— E não são? – Gabou-se e Sarada revirou os olhos.

— Meu pai não gosta de ninguém facilmente. Você vai ter que se esforçar um bocado, caso queira que algum dia na sua insignificante existência ele olhe para você com admiração. – Afirmou Sarada.

— Não acredito que seu pai seja tão difícil assim. Ele já sabe que eu sou de uma família nobre?

— Meu pai tá pouco se fodendo pra sua família. Desculpe pelo palavrão, mas só ele explicita o quanto ele não está nem aí para qualquer título. – Avisou Sarada.

— Já vi que você puxou muito mais a ele do que a sua adorável mãe.

— Shinki, eu tenho características dos dois.

— Bem, só me resta rezar para que seu pai vá com a minha cara.

— Mas ele já não foi.

— Como assim?

— Você acha que ele pode gostar de algum garoto que tenha segundas intenções com a princesinha dele? – Disse Sarada.

— Seu pai é tão ciumento assim? – Disse Shinki desanimado.

— Diga a ele, Obito. – Pediu Sarada ao primo, já que Shinki não acreditava no que ela estava falando.

— O tio Sasuke é o pai mais chato da face da terra. Ele pega no pé de QUALQUER cara que se envolva com a Sarada. Isso é algo que ele não supera. – Explicou Obito.

— Eu só quis te deixar avisado pro seu bem sabe? – Disse Sarada.

— Tudo bem, Sarada. Eu to pronto pra conhecer seu pai. – Sorriu.

[...]

Ainda em Konoha, Sasuke olhou para Sakura terminando de arrumar a mala e começou a lhe fazer perguntas sobre o novo genro. Ainda era estranho para Sasuke aceitar que a sua menininha havia se transformado em uma mulher adulta. O Uchiha ainda pensava em Sarada como uma criança indefesa que precisava de seus cuidados. Foi um golpe duro vê-la com o primeiro namorado aos 12 anos. Sasuke ainda lembra dela lhe contando que estava namorando Inojin.

Por sinal, esse garoto havia feito um belo estrago em Sarada. Não que o Yamanaka tivesse alguma culpa, mas Sasuke não gostava de pensar como um relacionamento poderia fragilizar tanto uma pessoa, ainda mais quando a pessoa em questão era a sua filha. Demorou um tempo até Sarada aceitar que Inojin não voltaria, que talvez nunca fossem conhecer o que havia sido feito dele e isso causou muitas dores de cabeça em Sasuke.

O segundo namorado da menina, seu afilhado Boruto, foi algo mais aceitável. Desde que os dois eram muito pequenininhos, Naruto brincava que Sarada algum dia seria sua nora. Embora aquilo tudo irritasse Sasuke, a ideia de ter Boruto como genro foi assimilada e bem digerida no decorrer dos anos. Quando se tornou um fato real, ele soube lidar. Ainda era estranho ver sua filha beijando Boruto, mas conseguia observar a cena sem querer vomitar. E, para sua sanidade mental ficar intacta, ele preferia acreditar que as coisas tinham parado nos beijos.

O diferencial desse terceiro namorado de Sarada era que Sasuke não o conhecia. Os dois anteriores tinham crescido junto com a menina. Sasuke sabia como eram, quais intenções tinham e de que famílias vinham. Era mais seguro. No entanto, o tal Shinki Sabaku no Akasuna era uma completa interrogação para ele. O que o rapaz teria com sua filha? Será que estaria enganando-a? Será que havia ultrapassado o sinal? Sasuke ainda morria de medo de que Sarada fosse mãe muito cedo como Sakura. Achava um perigo deixara menina solta, mas Sakura pedia calma ao marido e confiança para que ele não pirasse.

A Nova InfluênciaDove le storie prendono vita. Scoprilo ora